Anaaa", eu a repreendo. "Nós já discutimos antes. Preciso fazer isso sozinho." Ela cruza os braços e ergue as sobrancelhas de uma maneira inquiridora. "Pense nisso como uma das minhas conversas pessoais com Grace. Essa tem que ser uma conversa pessoal com Ella. In absentia... (NT - Na ausência.) Como uma das minhas sessões com Flynn," adiciono, levantando as sobrancelhas. Eu realmente não sei o que essa visita do local da sepultura iria realizar. No entanto, eu sei que tenho que fazer isso. "Sim, mas você não tem problemas não resolvidos com Grace," ela responde. "Não é como se Ella fosse me responder quando eu colocar para fora as minhas queixas contra ela." Ela deixa cair os braços abandonando sua posição defensiva. "Eu só quero estabelecer alguma forma de encerramento. Quando fizer outra visita ao túmulo dela, quando resolver esse problema que tenho com ela, vamos voltar lá juntos. Eu prometo." Minhas mãos lentamente esfregam seus braços para acalmá-la. "Christian, eu quero estar lá com você, para se precisar de mim," sua voz suaviza-se com preocupação. "E você estará. Vamos, vou falar com um túmulo num cemitério para indigentes. Eu só preciso estar sozinho. Esta será a primeira conversa que vou ter com minha mãe biológica... talvez unilateral. Eu acho que isso merece privacidade," acrescento. Com isso, seus olhos se ampliam. Ela quer me dizer algo. Ela abre a boca e depois a fecha. Então, lentamente, exala deixando para lá o que estava pensando em dizer. Agita a cabeça e fala comigo gentilmente como se estivesse falando com Teddy. "Oh, Christian! Sinto muito! Não queria invadir sua privacidade. Eu só quero ser seu apoio." "Baby", levanto seu queixo para ela me olhar. "Se não fosse por você, eu não teria chegado tão longe. Você já fez a diferença. Eu preciso atravessar a porta sozinho. Esta parte é minha. OK?" "Sim." Ela balança a cabeça concordando. Seus braços estão cruzados. Eu me aproximo dela. "Alguns caminhos eu preciso cruzar sozinho." Pego sua mão e a levo para a espaçosa sala de estar da nossa suite. Ela sutilmente puxa a mão e olha para mim. "Mas eu prometi estar ao seu lado! Eu apenas sinto que estou falhando. Isso é tudo," lembrando-me dos nossos votos de casamento. Ela parece desapontada. "Você está sempre aqui," eu bato no meu peito. "Eu não estou fazendo isso sozinho. Eu apenas vou sozinho." Ela morde seu lábio inferior mais do que o habitual, como se ela estivesse tentando impedir que rasgasse. "Ana," eu busco seu rosto. "Deus! Você é tão fodidamente irresistível! Moça, se eu não estivesse saindo em poucos minutos, eu foderia o inferno para fora de você agora mesmo!" Seus olhos se arregalam e sua boca abre, seu olhar se move na direção de um pigarro. Taylor. E daí? "Não se preocupe com Taylor! Ele sabe que fodo minha esposa!" Eu sei o impacto que minhas palavras têm em Ana. "Meu Deus! Você é incorrigível, Sr. Grey! Bem! Vá e resolva isso," ela me expulsa vagarosamente. "Sra. Grey, se eu não a conhecesse bem, eu sentiria meus sentimentos feridos pensando que você estava tentando se livrar de mim agora." "Sr. Grey! Não há como agradar você! Você não quer me levar, mas você fica ofendido se estou acelerando seu retorno expulsando você," ela sorri de forma divertida desta vez. Então, sua cabeça gira para o som de balbuciar vindo da porta aberta da suite adjacente, conectada à nossa. Então, é o sorriso de milhões de megawatt que ilumina seu rosto. "Ah, os homens Grey na minha vida! Ambos irritantes," ela pisca um olho para mim, "irresistíveis, adoráveis e totalmente meus
Se eu pegar meu filho em meus braços, não conseguirei sair." A Sra. Taylor traz Teddy para a sala de estar e seus bracinhos já estão estendidos para mim. Nunca pensei que o amor de uma pessoa minúscula me envolvesse completamente. Ele se tornou meu mundo. Esta pequena pessoa, que eu achava que iria tirar minha esposa de mim, agora está, sozinha, controlando minhas emoções, o modo como meu coração bate e assumindo meus pensamentos e sonhos. Ele é um dos que mais contribui para os meus esforços hoje em dia. Se fodido como eu era, sou capaz de amar meu filho talvez tivesse sido possível para Ella ter me amado. Ana está segura disso. Eu acho que também estou. ***** ❦ ♡ ❧ ***** No caminho para o cemitério, Taylor está quieto. Eu estou respondendo alguns e-mails relacionados a negócios, então me deparo com um e-mail da Grace. Tem um grande anexo. "Nós sabemos que você vai visitar Ella hoje e você tem nossa total benção para esta visita. Nós tínhamos essas fotos recolhidas dos pais de Ella, anonimamente, através de um detetive particular, há alguns anos atrás. Por favor, não fique zangado conosco por fazer isso sem a sua permissão expressa. Mas, por outro lado, você era um adolescente então, e dentro e fora de problemas diariamente. Ela tinha muito poucos parentes, mas agora suspeitamos que apenas a mãe dela permaneceu viva. Se soubéssemos que isso ajudaria você a conseguir o encerramento, teríamos dado essas fotos a você mais cedo. Você estava tão zangado com o mundo. Perturbado o tempo todo, entrando em brigas, até mesmo quebrou o nariz de um assistente do diretor quando ele estava tentando separar você de outro aluno. Nós pensamos que se pudéssemos provar a você que sua mãe biológica o amava, então você deixaria de ter raiva do mundo. Apesar de todos os nossos esforços, não pudemos fazer você acreditar que nós o amávamos. Mas seu psiquiatra na época nos disse que isso só machucaria mais você. Causaria uma sobrecarga. Confusão. Adicione isso aos já existentes problemas de raiva que você tinha. Você poderia ter tomado o caminho errado, como não desejávamos. Oh querido, nós queríamos você! Nós só queríamos tirá-lo dessa raiva e fúria ilimitadas. Encontrar uma maneira de abrir seu coração para que você pudesse sentir nosso amor
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50 tons de liberdade (versão grey) parte 5
Romancecontinuação da postagem de Eminé Fougner e da tradução de Neusa Reis