Eu costumava estar sozinho sempre, durante a minha adolescência eu era muito fechado, reservado e extremamente tímido, até me apaixonar por um par de olhos brilhantes e um sorriso encantador. Eu tinha quinze anos quando me apaixonei por Kai, o alfa mais bonito e desejado de toda a escola, sempre fui um nerd e por ser tímido demais eu nunca tive coragem de me declarar para ele, o cara mais popular da escola, aquilo me assustava e eu achava que ele sequer tinha noção da minha existência, mas ele me notava.
Aos quinze anos eu era um garoto bonito (hoje eu sei disso), apesar de me apagar ao máximo para não chamar a atenção. Eu gostava de cuidar do meu corpo, pois meu sonho sempre foi ser um dançarino, então eu fazia exercícios físicos, dietas saudáveis e me cuidava direito o que fazia de mim um garoto de corpo bonito e desenvolvido, mesmo que eu não visse beleza alguma em mim, eu era ingênuo e tinha problemas com a minha autoestima, por esta razão eu me escondia sempre.
Um dia durante o intervalo da aula, eu estava indo ao banheiro e dois alfas começaram a mexer comigo no corredor vazio, eles estavam prestes a abusar sexualmente do meu corpo quando ele apareceu. Kai me salvou daqueles dois caras e desde esse dia não nos afastamos mais. Meu relacionamento com ele me ajudou em alguns pontos, ele fazia com que eu me sentisse desejado como se fosse o ômega mais precioso do universo, Kai fazia todo o meu ser parecer significante e importante, lindo e valioso, isso era o que me encantava nele.
Aos dezessete anos ele finalmente me deu sua marca, e eu nunca tinha me sentido mais importante em toda a minha vida, exibindo a marca do meu alfa como se fosse o maior troféu de todos, e para mim realmente era, me tornava completamente dele. Aos dezenove nós nos casamos, assim que a escola terminou, uma linda festa de casamento e ele fazia por mim tudo o que eu queria, desde que eu fosse submisso a ele, o que não era difícil porque eu realmente amava ser o ômega dele e não percebia que aquilo era um relacionamento abusivo porque para mim parecia prefeito, ele me fazia pensar que sem ele eu não era nada e eu acreditava tanto nisso que não fui capaz de deixá-lo, mesmo depois do primeiro tapa.
Nos primeiros dois anos do casamento, eu sempre colocava a culpa em mim, porque realmente acreditava que fazia as coisas erradas, que não estava sendo um bom marido, toda a vez que ele gritava comigo eu sentia todo o peso de uma culpa que não era minha. Eu não tinha culpa se outro alfa me olhava quando andava na rua, não tinha culpa de não conseguir terminar o jantar antes que ele chegasse em casa porque tinha passado o dia todo limpando coisas que nem estavam sujas de fato, porque até se Kai me dissesse que o céu era verde, eu acreditaria mesmo vendo o azul sobre minha cabeça, eu realmente não tinha culpa, mas ele me batia sempre que algo não lhe agradava e me fazia sentir a pior pessoa do mundo.
Então veio a primeira traição, a segunda e a terceira e mesmo assim eu me recusava a deixá-lo porque eu não era nada sem ele, eu dizia para mim mesmo que era normal ele querer ter sexo com outra pessoa, e tudo bem porque ele amava somente a mim, eu o tinha por inteiro e os outros apenas uma transa.
Não tinha permissão para ver meus amigos, mas para mim estava tudo bem porque eu tinha Kai, e, como ele dizia, eu não precisava de mais ninguém na minha vida, nós dois eramos felizes, a nossa vida era boa e ele me amava, sempre repetia isso, e eu acreditava porque o amava.
Quando chegamos ao terceiro ano de casamento, Kai começou a ficar violento porque eu ainda não tinha lhe dado um filho e o fato de eu não engravidar o deixava frustrado.
As agressões verbais se intensificaram, assim como as físicas, quando ele transava comigo, parecia que estava me estuprando, era insano, e me deixava machucado por dias, até que eu consegui engravidar, então tudo começou a melhorar outra vez, ele me tratava como se fosse um rei, como se tivesse voltado a ser a coisa mais importante da vida dele, fazia parecer que eu era especial e único.
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Sweetheart
FanfictionPark Jimin é um ômega solteiro e com um filho para criar Jeon Jungkook é um alfa lúpus com um passado misterioso Quando ambos se encontram, é como se suas almas estivessem destinadas a ficarem juntas. Início: 25.02.2020