Perdida Em Teus Braços

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Ele era lindo confirmou quando abriu seus olhos, ouviu-o chamando seu nome repetidas vezes, parecia que ele cantava para ela. Havia uma música dentro da alma deles dois. Uma música que só eles conseguiam ouvir ou passar um para o outro. E por mais que um deles tentasse escrever outra, não adiantava essa música era o que os conectava. O que os fortalecia.

—Graças a Deus! –Exclamou sorrindo ao vê-la tornar. Seus olhos úmidos e sua pele rosada denotavam seu estado aflito. Eles estavam num quarto de hospital.

Ela estava acordada no frio infinito, aqueles momentos conflitantes a estavam atormentando. Então ela abaixou sua cabeça, não sabia por que exatamente, estava envergonhada de si e do que ocorrera...

—Kate, vai ficar tudo bem. –Afirmou o homem.

—Via embora, Léo. Não quero complicar a sua vida! –Disse em um tom quase inaudível. Mas ele sentia que seu lugar ela ali junto dela.

—Não, Sweetheart, você é o amor da minha vida. É a única pessoa para quem tem olhos e que desperta o melhor de mim. –Declara com seriedade e atilamento, tocando-lhe a mão. Os dois se miram fixamente e com destreza aproximam-se. Pouco a pouco o coração de Kate recupera a fé e a voz. Seu pulsar entra num ritmo acelerado ao sentir o toque suave dos lábios de DiCaprio nos seus. Uma lágrima escorre pelo seu rosto apesar de tudo, essa na verdade, era de jucundidade.

—Eu te amo, Léo. –Segreda ao pé do ouvido do homem e os dois se abraçam acalentando-se.

{De repente um ruído de palmas invade a habitação}

—Lindos! –Diz satírico. Trazia os filhos deles consigo.  As crianças os olharam confusas, a cena da mãe beijando o amigo na boca era constrangedora e impactante. Richard já havia plantado a sementinha da discórdia nos filhos e os usaria contra ela.

—O que faz aqui, Richard? –Perguntou desgostoso, aquele miserável havia feito mal a Kate e agora vinha atrás dela?

—Léo?! –Chamou tentando trazê-lo de volta a si. O homem calou-se.

—Venham cá! –Disse a loira esboçando um pequeno sorriso aos filhos e eles se recusaram. A menina se escondeu atrás do pai e o menino ficou de birra na porta.

—Richard? –Titubeou incrédula diante da reação das crianças. Sabia que tinha o dedo podre do seu esposo naquilo.

—O que? Eles não queriam vir, mas eu os trouxe. Não posso obrigá-los, Kate! –Articulou com singeleza.  Leonardo evitava olhar para a cara do sujeito, pressionava uma mão na outra como se estivesse preparando um bom soco.

—A mamãe ama vocês! –Declara lacrimosa e o casal de irmãos apenas a olha.

—Vamos! –Chamou o homem precavido e arguto.

—E a mamãe? –Indagou o menino curioso e encafifado.

—Eu vou mais tarde, querido. –Avisou mais aliviada. E agradecia aos deuses por as crianças não serem como os adultos: rancorosos, amargurados e constantemente injustos.

A mulher apenas acenou para as crianças e lançou um olhar reprovador ao marido. Eles com certeza teriam contas que acertar e em breve o faria. Leonardo voltou e prostrou-se ao seu lado.

—Eu vou ajudar você com eles. –Afirmou com um olhar apaixonado e dedicado.

—Eu sei! –Disse e seus olhos brilharam esperançosos. Ela sabia que o amor deles era verdadeiro, Kate sabia disso por que estar ao lado dele a fazia sentir como se estivesse em outra galáxia dançando, rindo e quando sentia que seus sonhos estavam longe de serem alcançados, ele lhe cantava aquela canção silenciosa que só ela ouvia, que só ela interpretava e sua esperança renascia. E novos planos, novos encantos surgiam na mente daquela estrela humana. Muitos pensavam {ainda que negassem} que Kate era perfeita por ser linda, rica e ter fama, mas a verdade, a verdade é que ela era um ser humano que constantemente buscava fazer ao seu próximo feliz. Rótulos podiam garantir o seu sustento, podiam elevar uma imagem que ela realmente necessitara, mas eles não definiam sua essência. —Eu te dou o meu destino, a minha vida inteira, Léo.

Amor InebrianteOnde histórias criam vida. Descubra agora