Capítulo 7

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Pietro e eu resolvemos terminar os cinco capítulos de Stranger Things.

— Sabia que a terceira temporada só vai sair em 2019? — olhou-me.

— Sério? Caramba. Não acredito. Merda. — revirei os olhos.

— Sabia que você é linda? — sorriu.

— Claro. — mordi meu lábio inferior.

— Nossa, que humildade! — apertou a ponta do meu nariz.

— Ue, só confimei os fatos. — pisco.

— De 10 a 10 quanto eu sou lindo? — aproximou seu rosto do meu, e me beijou.

— Pietro! — a voz de Flavia. Paramos o beijo. Que saco! — Viemos te chamar para assistir... Um filme. — olhei para elas. — Hm. Estamos atrapalhando algo?

— Não. — assim que ele diz isso, a Flavia se senta na cama, a Ana continua lá em pé com cara de bunda.

— Vamos, Pietro, por favor... — pediu, balançando pé dele.

— Vu tomar um banho. — levantou.

— Pietro! — Flavia o chama, antes de ir atrás dele. E Ana continua lá, me olhando.

— O que você quer? — perguntei, me levantando.

— Leticia, meu bem... — arqueio uma sobrancelha. — Percebi que você e o Pietro estão se envolvendo. Mas, eu como sua amiga... — corto ela.

— Amiga? Desde que quando? — ela sorriu.

— Devo alertar sobre o Pietro. Ele não é um garoto que gosta de namorar, só pegar e tchau! E eu vejo que você é para namorar. Depois de um tempo Pietro vai se enojar de você e te deixar de lado. — cruzou os braços. — Como ele fez comigo... Pode fazer com você.  — reviro os olhos.

Que tipo de jogo é esse? Primeiro ameaça e depois vem se fazer de amiga?

— Eu não preciso de sua "ajuda", você sabe que não é, e nunca foi "minha amiga". —  faço aspas com as mãos. 

— Quem avisa ami...

— Tchau, Ana. — interrompi ela.

  Após ela sair, voltei a me deitar na cama. Suprimi um grito. A confiança que eu tinha minutos atrás, sumiu. Será que a Ana está certa? O Pietro só que me usar? Ou eu estou confundido as coisas entre a gente? 

— Droga! — murmuro, jogando a almofada que estava em meu colo contra a parede.

    ***

Ontem eu arrumei minhas coisas, para ir a Ilha Grande. Dormi o suficiente para acordar 06h da manhã. Pego minha bolsa, da minha irmã e de minha mãe, são essas bolsas de escola; o necessário para os três dias lá. Desço as escadas, pondo as bolsas no sofá, indo até a cozinha onde já estavam minha mãe, minha irmã e Carla.

— Bom dia, Letícia. Finalmente um adolescente acordou! — riu.

— Bom dia! — peguei uma maçã.

Na mesma hora Pietro aparece. Ele vêm até mim, — que estou em pé, apoiada no balcão. — e me abraça, no mesmo instante, me afasto dele. Ele ia perguntar algo, só que a Flavia chega, abraçando-o.

— Bom dia, irmãozinho. — pegou uvas e passou na cobertura do bolo de chocolate.

— Flavia, onde estão estão seus modos?! — sua mãe chamou atenção dela.

— Bom dia, gente. Bom dia, Pietro! — ouço Ana cantarolar.

— Já arrumaram suas coisas? — Carla pergunta.

— Sim. Vamos que horas mesmo? — ele me encarava.

— Às 08h vamos para Angras dos Reis e de lá embarcamos para Ilha Grande. — bebeu um pouco de suco.

     ***

  Estamos em um barco indo para Ilha Grande. Chegaremos daqui 1h30min. A paisagem é linda. Desembarcamos na Vila do Abraão e vamos andando até a pousada, que não é muito longe. — quem disse foi a Carla. — O distrito de Angras dos Reis, é lindo!
Ok, ok. Eu fiz algumas pesquisas, antes de vir, mas só por cima. Aqui na Vila, pode-se dizer que é o principal da Ilha, por ter mais pousadas, restaurantes, essas coisas.
Como é final de ano, está cheio.

— Chegamos! — exclamou apontando para uma pousada à sua frente. É simples, mas pelo que parece muito confortável. Uma senhora, aparentemente de meia idade, vem até nós.

— Beatriz! Querida, como vai? — disse abraçando a própria.

— Muito bem, tia. — ela sorri. — Flavia e Pietro, peçam bênção a Tia Madrinha de vocês.

— Meus afilhados queridos!— e ela os abraça.

— Tia, essa é minha amiga, aquela que eu te falei, a Cristiane. — apontou para minha mãe. — Essas são as filhas dela, Leticia a mais velha e a Vitória a mais nova. — como se isso não fosse óbvio!

Prazer em conhecê-las! — abraçou a mim, minha irmã e por último minha mãe. Gosta de abraços, pelo jeito! — Eu me chamo Luzia. Vamos, entrem. — e entrou na pequena, reconfortante, pousada da Luzia.

Ela nos direciona para os quartos. Minha mãe, minha irmã e Beatriz dormiram no mesmo quarto; no quarto delas tem uma cama de casal  e uma de solteiro. Eu, Pietro, Flavia e Ana no mesmo quarto. No quarto em que dormiremos duas camas de casais. Estou até imaginando a merda que vai dar! Quero só ver, com quem eu vou dormir. Carla entra no cômodo.

— Queridos, vocês viram que o quarto tem apenas duas camas de casal. Então, eu acho melhor... Ana e a Letícia dormirem em uma,  Flavia e Pietro em outra. — como é que é?

— Por que eu e Letícia temos que dormir na mesma cama? — cruzou os braços.

Eu não quero dormir com a Ana e nem a Flávia.

— Porque aqui só tem duas camas, como já disse. Bom, agora se arrumem com roupas de praia, porque nós vamos aproveitar o máximo esses três dias! — disse alegre e saiu do quarto.

— Era só o que me faltava. — murmuro.

  Ana bufa de raiva, igualmente a Flavia. Pietro fica lá parado, sem falar nada. Eu pego meu biquíni e entro no banheiro. Após vestir o biquíni, ponho meu short e blusa por cima.  Saio do banheiro e quarto, fico na porta da pousada, esperando os outros. Até que alguém põe a mão em meu ombro.

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