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Apenas me deixe te amar
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Na minha opinião, todo mundo tem seu milagre. Por exemplo, muito provavelmente eu nunca serei rei de uma grande nação, nem ao menos serei servo de um. Mas se você levar em conta a situação, só o mais sortudo, ou não, tem tal chance. Eu tive a chance de escolher viver em Moscou, até mesmo em Londres. Poderia ter ido a lua, assim teria colhido sua valiosa poeira. Mas meu milagre foi diferente. Meu milagre foi o seguinte: de todas as casas em todos os bairros de Seul, eu era vizinho de Park JiMin.


JiMin e eu tínhamos dois anos quando nossos pais mudaram-se de cidade, meus pais saíram de Daegu e os dele de Busan, buscando ter contatos mais influentes para suas empresas.

Nossos pais contam que antes de virmos para Seul, muitas empresas, tanto em D-Town quanto em B-Town estavam indo a falência, o que causou medo em muitas famílias.
Pesquisas mostravam que a Capital era o refúgio de todos os empresários naquele momento.


E então JiMin e eu tínhamos 12 anos, nossos pais filiaram-se um a empresa do outro, por esse motivo estavam sempre juntos. Todos os dias eu passava na casa dos Park para irmos a escola juntos na nossa 'biclicleta de quatro pedais', como chamavamos.
A ida e volta da escola nunca foi tão divertida quanto a nossa.


Já no ensino médio, ele passou a me buscar em casa. Quando descobria que JiMin estava prestes a chegar eu sempre ficava nervoso, pois ele era a criatura mais fascinantemente linda que Deus já havia criado. Nó dia em questão ele aparecia com a camisa impecavelmente branca e passada, calças sempre apertadas, marcando suas coxas e nádegas fartas. É difícil explicar que na época eu achava que iria morrer de amor por Park JiMin.

JiMin, como sempre, pedalava em pé, os braços rígidos enquanto se inclinava sobre o guidom, me obrigando a olhar para tudo menos para o que havia a minha frente, porque se caso eu olhasse cairiamos feio na avenida principal.



Na época eu gostava de imaginar que eu e JiMin namoravamos. Depois que chegavamos na escola e trancavamos a bicicleta iniciavamos uma curta caminhada até a sala de aula, fazíamos todo o trajeto de mãos dadas. Os outros alunos já não estranhavam, acostumaram com aquilo, lógico que haviam muitas pessoas que não entendiam o nosso relacionamento, mas nós também não entendiamos.

Já preparados para voltar pra casa, num dia nublado, JiMin não me esperou e saiu na frente, rápido demais para ser alcançado.
Comecei a sentir que algo havia acontecido, embora não soubesse de imediato o que estava diferente.

— JiMin — chamei baixinho, devagar.
Ele apenas continuou a me ignorar. Foi aí que eu percebi o que havia de diferente.

Menos de três quadras para chegarmos em nossa respectivas casas ele pediu para parar.
A poucos metros de nós havia uma Sakura. Grossa e retorcida e com jeito de antiga. O parquinho a nossa esquerda. Também não era novidade. Já o JiMin de braços cruzados e olhos lacrimejados... aquilo era novidade.

— O que aconteceu, ChimChim? — pergunto, como se não fizesse ideia.

— Eu vi você e o HoSeok no intervalo — disse.

— Eu só fui comprar nosso lanche e ele me acompanhou.

— Eu não sabia que você gostava dele.

— JiMin, eu sou colega de classe dele também.

E ele deu um passo em minha direção. Perto bastante para que um abraço acontecesse.

— Não gosto que fale com outros garotos — faz bico. — YoonGi, você gosta, tipo, gosta mesmo do HoSeok?

Eu não queria que JiMin ficasse triste por eu ser amigo de um garoto. Mas também não estava afim de ficar ali 'conversando' sobre aquilo. Tomei coragem e dei um passo à frente para abraçar e beijar sua bochecha rubra.

— ChimChim, vamos para minha casa!

— Tá — disse segurando minha mão.

Corremos até nossa bike, e eu sentia um frio na barriga exatamente como o de empolgação, mas não era. Montamos na bicicleta e deixei que JiMin fosse no meu lugar porque eu estava chorando e não queria que me visse. Tinha um bico em seu rosto, um bico e olhos vermelhos. Vermelhos de chorar e isso me causa profunda tristeza.

Então chegamos em minha casa. Meus pais ainda estavam na empresa e só HaeSoo, nossa cozinheira estava em casa. Pedi para que não nos chamasse por nada que pudesse acontecer, ela concordou.
Subimos para o meu mundo.

Quando entramos no quarto, jogamos nossas mochilas na poltrona amarela que JiMin ama e tiramos nossos tênis.
Então nos sentamos na cama, de frente um para o outro.

— Eu sou apaixonado por você — declarou meu pequeno.

Mesmo muito perto, ele mantinha os olhos nos dedinhos, que brincavam uns com os outros.

— Por que não me olha nos olhos? — como resposta, rapidamente ele me olhou, ainda que  timidamente. — Um monte de amigos se apaixonam um pelo outro, ChimChim.

— Eu sei — falou com a voz embargada — por isso que perguntei se gosta do HoSeok.

— Acho que você não está entendendo as coisas.

— Entendi sim! — afirmou num susto.

— E qual é? — questionei curioso.

— Você só está está pensando sobre o pedido do seu, por enquanto, amiguinho.

— Não existe nada do que você está pensando.

— Tá legal, eu não vi os sorrisos, YoonGi.

— Amor, o HoSeok é engraçado. É um tanto óbvio que eu sorria de algo vindo dele.

— YoonGi... — os olhos brilhavam intensamente.

— O que?

— Você me chamou de a-amor!

— JiMin, você é meu anjo, meu mundo. Você é o meu sim, meu não. Você é meu amor, único e verdadeiro.

— M-mas...

Shiu, apenas me deixe te amar — sussurrei.





Obrigada por ter lido,
ARMYoonMins!



Linnie^^ Unnie,
저는 노무 사랑해요

Just Let Me Love You [MYG+PJM]Onde histórias criam vida. Descubra agora