Capítulo único.

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One-shot Hoseok

"Duvide que o sol queime, duvide que as estrelas são fogo, duvide que a verdade seja mentirosa, mas... não duvide do meu amor."

[coloque a música da multimídia]





A música alta ecoava pelos meus ouvidos e o ritmo era refletido nos batimentos cardíacos, as luzes de neon que se moviam para todos os lados daquele ambiente escuro presenteava a sensação de que poderíamos dançar da forma que quiséssemos e jamais seriamos o centro das atenções. Meu corpo balançava à medida que os compasses da melodia envolvente e quente acalentava nossos corpos.

Apesar de toda agitação, meus olhos estavam fixos nas suas orbes negras como a noite, as cores refletidas traziam as recordações intocáveis e as transformavam numa contradição errada mas que se você as pronunciasse, instantaneamente pareceriam certas. Tantas coisas que mesmo aparentemente clichês, faziam de nossa história única. Havíamos dado tudo de nós um ao outro, investimos todo nosso sangue, suor e lágrimas naquele turbilhão de pensamentos, emoções, atitudes e sentimentos, os quais eu poderia afirmar com clareza que jamais fui capaz de compreender.

Mas ali agora encarando seus olhos como se fossem a verdade mais concreta que minha vida poderia afirmar, tudo parecia levemente compreensível. Você era como uma bebida da qual não podia beber, mas já era tarde e eu já havia experimentado do cálice envenenado.

Ah, e quem diria? Eu havia ficado viciado em você. Tão viciado que aquela noite seria o maior sacrifício que faria. Eu teria que te deixar ir seguir seu sonho. E te apoiava por completo. Era apenas doloroso ver que eu não fazia parte dele. Simultaneamente à esse pensamento, colamos nossos corpos, à fim de me fazer lembrar que eu era o seu sonho vivido. Mas que infelizmente teria de partir. Te rodopiei com as mãos e me lembrei que o carrossel jamais parava de girar. Teria de seguir em frente mesmo que meus passos não caminhassem sem sua presença, teria que acordar todos os dias pela manhã mesmo que meu raio de sol estivesse escondido entre as nuvens cinzentas.

Lancei-te em meus braços e recordei-me das vezes em que eu fui seu apoio tanto quanto você foi o meu por inúmeras e inúmeras incontáveis vezes. Quando tudo estava difícil sempre tínhamos um ao outro, fazíamos um do outro a nossa própria fortaleza.

E agora o que aconteceria se meu porto seguro estava indo ao nascer do sol?

Céus. Eu não fazia ideia.

O tempo estava acabando.

A música que nos marcou avisava que estava próxima a se encerrar.

E se ela terminasse e levasse toda a magia e todos juntos?

Me conceda essa última dança, querida.

Dançávamos com mais envolvimento como se estivéssemos próximos à explodir.

E talvez, estivéssemos.

Estávamos no último minuto.

Não queria ter que te soltar.

Você me encarou com os olhos marejados.

Eu sorri já sentindo sua falta.

A batida estava por segundos próxima de encerrar juntamente com nossa história.

Um segundo.

Tempo suficiente para te puxar para mim e beijar-te como se fosse nosso último beijo, nosso último suspiro. Infelizmente, fatalmente era.

A música se encerrou. Estávamos ofegantes e nossas línguas ainda dançavam uma com a outra.

Seria uma pena dizer que ali foi o nosso adeus.

E graças ao tempo que não espera por ninguém...

Ali foi.

Restou-me então a breve certeza de que nosso amor estava gravado na intacta história, no momento em que nossos olhos se fecharam e o tempo esteve congelado para sempre.

Blood, Sweat and Tears | jhsOnde histórias criam vida. Descubra agora