⌜⌞ Capítulo Trinta e Sete ⌟⌝

637 114 45
                                    

ChenLe esbanjava um sorriso vitorioso ao sair do laboratório de química junto com os outros alunos. Achava-se excepcionalmente extraordinário e insistia em alimentar o seu ego.

— Mark deveria é se casar comigo. Quem é que não vai querer se casar com essa "beleza-pura-dinheiro-sim"? — ia comentando, enquanto andava pelos corredores.

— Eu poderia até me casar com você, mas me apeguei ao meu escravo — Renjun disse, olhando para Haechan que tentava passar de fase no jogo de Renjun.

— Eu já nasci destinado a Jeno — contou Jaemin.

— Gente, eu sou bonito e talentoso. A professora me deu nota máxima no experimento que eu não fiz porra nenhuma e não sabia nem sobre o que era, por falta de atenção, é claro. Mas, como sempre, sou ilustre! — praticamente gritava, feliz consigo mesmo.

Quando faziam uma curva no corredor, SungBee apareceu repentinamente, com seu caderno amarelo na mão e vestindo uma jaqueta preta. Ele sorriu timidamente ao ver Chenle.

— Oi, Chen-hyung. Eu queria lhe parabenizar pelo o que fez... no laboratório — tentou não gaguejar — Foi legal. Tchau — virou-se rapidamente e entrou no banheiro masculino, como quem estivesse fugindo de alguém.

— Viu? Até o Abelha Ambulante quer casar comigo! — riu Chenle.

— Até parece. — Jaemin revirou os olhos — Ele só falou uma besteirinha.

Jeno olhou de soslaio para Mark, um pouco incomodado com aquela conversa.

— Como seria se eu casasse com o Melzinho? Seria mel no café da manhã, no almoço e jantar? E como seria atura-lo falar sobre abelhas e mel o dia inteiro? — Chenle falava.

— Ele não conversa só disso e nem come só isso — Mark defendeu-o.

— Mark, por que você está com a gente? — Renjun perguntou, notando algo de errado — Normalmente você está com o Abelha, ao invés de estar conosco. Você anda tão longe ultimamente que nem percebeu que Chenle está estudando.

Mark ia se opor à afirmação do amigo, mas a última frase roubou-lhe a atenção.

— Chenle está estudando? — virou-se para o chinês, surpreso.

— Sim, sim. Como vou ensinar o dever para os nossos filhos? — Chenle sorriu — E ontem eu descobri que falar "estou com frio" é um equívoco. Dizer que a energia térmica do seu corpo está baixa é mais apropriado.

— Jesus Cristo... — Mark resmungou, parando à frente do seu armário e abrindo-o.

O sinal tocou para a próxima aula. ChenLe puxou Renjun e Haechan para juntos faltarem a aula, enfurnados no banheiro trancado. Jisung passou por Mark e sorriu para o hyung, que simplesmente fingiu estar olhando para outra pessoa.

— Jeno, sobre a minha promessa... — virou-se para o amigo logo depois que Jisung se afastara — Ela pode ser meio flexível, certo?

— O que quer dizer? — Jeno fechou o seu armário e encostou-se para escutar Mark,  que também fechava o seu.

— Bem... eu tenho uma carta aqui na minha mochila. Eu ia entregar para Jisung, mas você me fez prometer...

— Eu não te obriguei a prometer — Jeno o interrompeu — E, se você quiser entregar, entregue, Mark. Eu vou ficar pistola e não confiarei tanto nas suas promessas, mas, se você quer fazer isso, faça.

— Você soou muito maduro falando assim — o canadense percebeu — Mas eu te dou a minha palavra de que essa será a última carta. Ela já está escrita, Jeno. Depois dessa, mais nenhuma.

Jeno segurou a alça da sua mochila e respirou fundo.

— Tudo bem, Mark, mas não se esqueça da sua promessa — Jeno balançou a cabeça positivamente.

— Não irei — o mais velho sorriu.

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora