- Alícia on-
Como numa balança, Tae está de um lado e o Mark de outro, o lado do Tae está muito pesado com provas que o incriminam e Mark está com leves suspeitas sobre ele, mas eu não tenho como provar sua culpa, afinal não tenho certeza totalmente de que ele é culpado, afinal ele não estava aqui em Helltown quando ocorreu o quarto assassinato, porém mesmo assim ele ainda pode ter armado tudo nos mínimos detalhes. E pelo fato de ser um psicopata, isso me deixava ainda mais intrigada.
- Tae como aconteceu a briga de vocês? - Perguntei batendo a borracha do lápis de forma ritmada na mesa, e ele tirou os olhos de cima da Mallya que se mantinha sentada na cadeira ao seu lado e olhou pra mim.
- Estávamos na praia, na frente da minha casa. - Tae contou - Eu queria que ele me devolvesse minhas memórias, eu ainda não me lembrei de todas, só de uma que foi o motivo de ter caído do céu. Então saímos na mão, brigando pra valer até o Mark tirar uma faca do bolso e me esfaquear na barriga - Disse Tae apontando em seu abdômen a região que tinha sido atingido - Depois eu tomei a faca dele e esfaqueei o ombro dele. Depois paramos de brigar, conversamos mais um pouco e então fomos atrás de vocês porque vimos um brasão no céu, do nascimento do Dragão da Mallya.
- O Mark poderia te devolver as memórias? - Perguntei anotando as últimas informações no meu caderno de anotações e Tae negou com a cabeça.
- A única pessoa que pode me devolver é a mãe dele ou a minha própria memória. - Respondeu e então pegou o lanche que a Mallya tinha comprado pra ele há alguns minutos atrás na lanchonete aqui da delegacia e começou a comer.
- Você... - Começei a dizer, mas Taehyung não me deixou terminar a pergunta.
- O Mark não é o Gap Dong Alícia, - Disse Tae e eu soltei o lápis e coçei os olhos num impulso nervoso. Ainda não tinha me acostumado com essa ideia.
- Como você pode saber Tae? O Mark pode muito bem ter fingido viajar pra poder te incriminar. - Falou a Mallya e Tae deu mais uma mordida em seu lanche, eu me limitei em pegar meu copo de café e tomar o conteúdo enquanto esperava ele responder.
- Mas não é ele, o Mark tem a energia de um cavaleiro do apocalipse, eu pude sentir a energia dele em todos os lugares onde vocês iam quando tinha acabado de acontecer o terceiro assassinato, na escola, na casa abandonada, por isso eu ficava seguindo vocês duas para protegê-las dele, mas o Mark não era o problema principal, nunca foi já que ele só apareceu depois da terceira vítima, e eu só senti a energia dele nesse tempo. Já o Gap Dong é diferente, o Gap Dong tem uma energia muito forte porém pura ao mesmo tempo que sombria, não é como a do Mark que é inteiramente sombria por causa da morte. Além disso o Mark mudou desde a época em que eu vivia na masmorra do castelo dele, ele ainda é um verme desgraçado, mas não um assassino.
Engoli em seco e peguei meu café de novo.
- Meninas - Tae retomou o assunto já que eu tinha ficado quieta e a Mallya também - Por que vocês estão suspeitando dele? O que o Mark fez pra ser suspeito?
- Essa é a questão, - Falei suspirando pesadamente - Nada. Por isso eu suspeitei dele.
- Sem fundamento nenhum? - Tae perguntou confuso e a Mallya colocou a mão no ombro dele para que não dissesse aquilo que qualquer um já estaria pensando, que talvez eu só estivesse tentando achar um culpado pra poder tirar o peso da morte da minha mãe das minhas costas.
- Eu tenho uma teoria, como você e o Mark tem uma richa antiga, talvez o Mark te incriminou para limpar a própria barra. - Falei e Tae passou a língua nos lábios umidecendo-os.
- É, faz sentido. - Tae concordou, e depois de tomar um pouco de seu refrigerante acrescentou - Mas o Mark mudou muito, eu não acho que ele realmente possa ter matado mulheres inocentes só pra saciar os gostos estranhos dele. Pelo que o conheço ele é um justiceiro, sempre gostou de torturar e matar, mas apenas aqueles que realmente merecem, e eu conhecia aquelas mulheres o suficiente para saber que elas não tinham pelo que pagar.
Depois dessa tive até que fechar meu caderno de anotações.
- Ok. Você venceu. - Levantei as mãos em rendição - Eu não suspeito mais do Mark, mas eu ainda vou conferir se ele realmente foi viajar. - Avisei e então a Mallya que já havia terminado seu sorvete se manifestou.
- Acho que você está precisando descansar, e de se alimentar direito, você tomou muito café nas últimas horas. - Me repreendeu Mallya e eu coçei os olhos olhando para os oito copos de café na mesa.
- É o meu vício em cafeína. - Falei e então tomei o que faltava para acabar de beber meu último café, e então me levantei da cadeira.
- Vou ao aeroporto, e depois pra casa descansar, vocês dois se comportem em! - Brinquei com Tae e Mallya e ela deu risada, enquanto Tae ainda se ocupava com seu lanche.
- Me liga se descobrir algo. - Pediu a Mallya e eu assenti indo pra porta.
- Sem hesitar. - E então sai da sala de visitas.
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PRISON I
Fiksi PenggemarAlícia desde pequena tem muitos pesadelos, é uma menina curiosa que investiga todos os crimes que ocorrem em sua cidade( o que ela acha que causa seus pesadelos). E as investigações sempre são feitas junto de Mallya, sua melhor amiga. Porém, no caso...