AVISO PRÉVIO DA AUTORA
Este livro possui conteúdo adulto e estigma forte.
A história foi feita para retratar esses conteúdos de forma mais real possível.
Então se estiver passando por algum motivo difícil, emocional, psicológico, qualquer que seja, aconselho não ler o livro por agora, ou ler acompanhado por alguém com suporte.
Podendo assim causar desconforto no leitor.
Eu não concordo com as ações de alguns personagens aqui, e quero deixar claro que não escrevi esse livro para afrontar ninguém. Repudio de quaisquer ações contidas na história.Segue...
Está escuro, e cheirando mal. Eu não consigo me mover, estou presa com correntes? Algo está cobrindo minha visão, onde estou? Minha cabeça está doendo muito, e não para de girar, estou drogada?
Ouço passos firmes vindo em minha direção, não tenho coragem de me encolher, então permaneço imóvel onde estou.- Acordou docinho? - A voz de um homem, uma voz aguda, familiar? Sim, mas não lembro quem era o dono dela. - Deve estar se perguntando o que faz em um lugar desconhecido, há essa hora. - Bom, eu não sei que horas são, nem sei onde estávamos, não tinha como ter noção se estava de dia, ou de noite. - Você vai ficar bem Seline. - O que? Ele disse meu nome, disso eu me lembro, me chamo Seline, claro que me lembro disso, então ele me conhece? Tem mais pessoas aqui?
- Onde... - Minha voz falha. - Onde estamos? - Minha voz soa tão baixa que mal consigo me ouvir.
- Não precisa saber onde estamos docinho, isso é irrelevante aqui. - Algo na sua voz era enjoativo, não sei, meu estômago revirou ao ouvir as suas palavras. - Você só precisa se preocupar com o que vai acontecer aqui. - Isso me deixou ainda mais enojada. O que iria acontecer ali? Não sei, mas pressentia que não seria algo bom. E por que eu estava ali, eu não entendo.
- Por que estou aqui? - As palavras saltam para fora da minha boca, antes que notasse.
- Você faz muitas perguntas docinho, não se preocupe, tudo vai sair naturalmente. - Eu estava assustada demais para fazer outra pergunta, e continuar sem respostas. Um sono profundo me invade, eu estava começando a ficar sonolenta demais, o que estava acontecendo?
- Eu... - Tento falar. - Eu não estou me sentindo muito bem. - Minha cabeça tomba para o lado, tento permanecer acordada, mas falho miseravelmente, meus olhos se fecham lentamente, cada vez mais.
- Próxima rodada! - Apenas ouço isso e uma escuridão me engole.
***
- Oi docinho, acordou? - A mesma voz aguda me invade. - Demorou mais para acordar dessa vez. - Sinto o chão frio, e noto que não estou com minhas calças, o que está acontecendo? Céus! O que está havendo Senhor?!
- O que você quer comigo? - Dessa vez minha voz sai com firmeza, porém ainda baixa. Estou com medo.
- Agora quero você acordada, fica quietinha e não vai se arrepender. - Os passos se aproximam cada vez mais de onde estou, até que sinto duas mãos pesadas me segurar e me por de pé, não sinto minhas pernas, elas fraquejam e logo desabo no chão.
- Não consegue ao menos ficar em pé? Não é pra tanto! - O homem fala alto e cuspindo próximo ao meu rosto. - Vamos tentar outra vez, hum? - Ele me segura de novo e me coloca de pé, me seguro firmemente para não cair, minhas pernas estão doloridas, consigo sentir as dores por todas as partes do meu corpo, o ar gélido bate nas minhas pernas e nos meus braços, tento mover as mãos, mas elas estão presas. - Vamos! - Sou empurrada, e dou alguns passos pra frente, então sou empurrada novamente e desabo em algo macio, um colchão.
Sinto as mãos dele em mim, o homem me coloca deitada, permaneço quieta, eu estou com muito medo para me mover, sinto seu corpo se mover para cima do meu, meu coração acelera, sinto como se estivesse prestes a sair pela boca, ouço o som de um zíper de abrindo, e lentamente o peso do seu corpo cai sobre mim, uma risada exagerada sai de sua boca, aquilo me assusta, não consigo me debater, não consigo fazer nada, eu estou fraca, sem forças, o que houve comigo?
Estou lenta, estou fora de mim, eu não sei.
Sinto minha peça íntima ser retirada brutalmente, não!- Não! Para com isso! - Minha voz sai como um sussurro desesperado. Estou com muito medo, o que vai acontecer comigo? Socorro!
- Relaxa docinho, vou ser cuidadoso. - Aquela voz me dava repulsa. Eu queria bater muito em quer que esteja fazendo isso comigo, queria machucá-lo, queria ver sangue saindo dele, queria lhe causar dor e sofrimento, por que é isso que sinto agora, não sei explicar o ferimento que isso está me causando. - Não vai doer. - Ouço sua voz queimar próximo ao meu ouvido, aquilo já estava doendo o bastante.
Ele me contrai sobre o colchão, que já não era tão macio assim, e me chama de docinho varias vezes, diz o quanto aquilo era importante para ele, novo, lindo.
Eu já não suportava mais ficar ali, sendo esmagada por alguém que queria sangrando, não sei por que esses pensamentos me invadiram, mas eu estava com raiva, com dor, com medo.
Sinto algo gelado roçar em mim, e quando me dou conta do que está realmente acontecendo, tento gritar, mas não percebo que já estou gritando a muito tempo.
Segue...
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Sequestrada por você
EspiritualEla conseguiu o que queria, ela ganhou a bolsa de estudos de psicologia, ela vai estudar fora e realizar seu sonho em ajudar as pessoas, ela está tão feliz, ela conheceu tantas pessoas, ela fez muitos amigos, mas ela se feriu, algo aconteceu com a b...