A Cidade da Escuridão

Capítulo 14

Mais guardas tinham desaparecido. Ninguém sabia o que estava acontecendo. E a cada dia que passava mais guardas misteriosamente desapareciam.

Martin pediu para Sor dispensá-lo dos serviços. Ele hesitou, mas acabou cedendo a folga para Martin que foi pesquisar mais livros sobre os lendários magos de Greenhills. Andar até seus aposentos parecia uma eternidade, principalmente quando sua mente não estava presente. A canção estava tirando seu sono nas ultimas noites.

Achar respostas era tudo em que ele estava focado. Ao chegar a seus aposentos ele pegou o livro de seu avô, lendo-o o jovem guarda descobriu que Arristhest Jarthah no antigo idioma significava Fortaleza dos Magos.

Martin precisava ir até lá. Precisava ter respostas. O jovem guarda correu para fora dos aposentos com o livro de seu avô nos braços, seguindo em direção à Fortaleza dos magos, pois sabia que somente lá poderia encontra o que procurava.

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Lady Nymeria havia saído de uma reunião extremamente cansativa com a elite de Greenhills. Ela caminhava pelos jardins primaveris do castelo com os guardas pessoais, até que se deparou com Lorde Morrison no centro. O lorde sorriu para a bela dama assim que a viu.

- Bom dia milady. É um prazer vê-la caminhando pelos jardins de meu castelo. Gosta das flores primaveris?

- Bom dia Lorde. Gosto muito, principalmente como as rosas vermelhas tornam esse lugar especial! É um dos jardins mais lindos que já vi. - disse a dama sorrindo.

Morrison pegou uma das belas rosas do jardim e a estendeu para Nymeria.

- Aceite esse presente, milady, é uma bela flor para uma bela dama.

Nymeria se aproximou do lorde de Greenhills e sussurrou ao ouvido dele:

- Estranho um lorde de aparência tão bruta presentear damas.

- O que um bruto como eu deve fazer então?

Os dois se olharam por um longo momento, Nymeria não sabia o que responder, até que as bocas se encontraram e Morrison Highlard e Nymeria Qwanie se beijaram.

O beijo durou por um minuto quando Nymeria se afastou, envergonhada.

- Milorde, você é casado! Que vergonha!

- Sou casado, mas nunca quis minha mulher. Ela também não me ama.

- Ainda assim é errado, milorde, isso não vai acabar bem...

- Quando a vi pela primeira vez, Lady Nymeria, senti algo diferente por você. É atraente, inteligente e independente. Acho que me apaixonei assim que a cumprimentei aquele dia, na entrada da cidade.

Nymeria suspirou e respondeu:

- Confesso que também tenho sentimentos por você, milorde, embora, eles sejam proibidos, não consigo simplesmente parar... não há um botão que desligue esse sentimento.

- Podemos nos encontrar... escondidos, como amantes. - disse Morrison, sorrindo.

Nymeria estava mais vermelha que as rosas do jardin. Seus olhos brilhavam em culpa e vergonha, ela precisava sair dali. O sorriso de Morrison dizia que ele realmente queria aquilo, seus olhos revelavam pura malicia. A Lady recuou mais um passo dando as costas ao Lorde e sem se despedir saiu do jardim. Logo seus guardas se mostraram presente e a seguiram.

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A floresta densa estava escura mesmo ao meio dia. As folhas caídas das árvores estalavam sob os pés calçados de Martin conforme ele andava, com um mapa nas mãos, até a Fortaleza dos Magos. O jovem guarda estava tenso, aquela parte da floresta, de alguma forma, lhe causava arrepios. Era como se tivesse algo perto e longe ao mesmo tempo que o estava observando.