XXIII

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Oooi meus amores, tudo bem com vocês? Eu espero que sim... entãoooo, cá estou eu novamente com mais um capítulo, eu acabei não postando no outro dia pq o capítulo anterior não tinha tido um retorno tão bom quanto os outros, então acabei ficando meio receosa... MAAAAAS, voltamos! E só tenho a dizer que esse capítulo vai deixar vocês com gostinho de quero mais😂...
Não se esqueçam de votar(⭐️) muuuuito e comentar tudo o que vocês estão achando da história...ahhh e vamos indicar pros coleguinhas tbm(😂)...
Aproveitem!
XOXO😘








Era uma erupção de sentimentos e sensações. De fato eu não me sentira assim com Henrique. Com ele havia sido apenas um beijo, era bom, mas era apenas um beijo. E com Guilherme era diferente. Nossos lábios se pertenciam, como peças de um quebra-cabeça. Ali, eu sentia, além do desejo, eu sentia necessidade, ele parecia querer mostrar não só para mim, mas para si mesmo, o valor do nosso beijo.

Guilherme terminou o beijo, mas não se afastou, ou retirou suas mãos que descansavam uma em minha nuca e a outra no fim das minhas costas. Ele permanecia com os olhos fechados e nossas testas estavam ainda coladas. Eu o pude observar. Ele permanecia ofegante e seus lábios estavam rosados, pela recente pressão dos meus sobre eles. Algumas solitárias gostas escorriam de seu cabelo. Guilherme parecia tranquilo, mas simultaneamente ansioso. Claro! Ele ainda estava arredio pelos acontecidos anteriores e pela forma que eu estava reagindo a eles.

-Vem. Você precisa se secar, ou ficará resfriado.- Eu disse o fazendo me encarar. Retribui o olhar e retirei sua mão que estava em ainda repousando em minhas costas e ele retirou a outra que tocava minha nuca e se afastou moderadamente. Entrelacei meus dedos aos seus e ele pareceu entender o que com o olhar eu havia dito, porque quando comecei a caminhar, ele me seguiu sem resistência.

GUILHERME

Nós estávamos parados em frente ao seu sofá, voltados um para o outro, ela não havia soltado nossas mãos e eu também não o faria. Eu sabia que precisava ser cuidadoso. Ela estava chateada e continuaria a ser rude e fugir se eu não recuasse. Eu não queria tê-la em outro lugar que não fosse comigo, então cedi.

-Vou pegar uma toalha para você.- Ela disse e desapareceu pelo corredor que havia ali. Eu não podia me sentar, pois estava com a roupa ainda úmida e também não conhecia a casa, então acabei me distraindo com o tecido da minha camiseta que estava colado ao meu corpo enquanto minha mente se concentrava em pensamentos distantes.

-Aqui está. Eu encontrei esse roupão, acho que... pensei que talvez você pudesse colocar sua camisa para secar... quer dizer, se você quiser pode usá-lo... ou não. Enfim, tem um banheiro no fim do corredor, à esquerda. Fique à vontade. Vou aquecer um pouco de chá enquanto se seca.- Ela disse um pouco sem jeito, me entregando a toalha acompanhada de um roupão e logo se virou para seguir em direção à cozinha.

-Acha que podemos conversar?- Eu disse um pouco mais alto para chamar sua atenção e para que ela pudesse ouvir mesmo distante.

-Claro. Conversamos durante o chá.- Ela disse se virando e voltando a caminhar novamente.

Quando cheguei ao banheiro, um sorriso involuntário surgiu em meu rosto. Tudo estava em seu devido lugar, e exalava limpeza. Era exatamente como eu achei que seria pelo que eu conhecia de Serena. Ela não deixava que nada fugisse de seu controle e organização, e aqui não seria diferente. Coloquei minha camisa para secar e vesti o roupão que ela havia me entregado. Ele não era exatamente do meu tamanho, as mangas estavam um pouco curtas e ele estava justo ao meu corpo, mas por hora estava ótimo. Sai do banheiro e fui em direção à cozinha. Cheguei silenciosamente, me sentei em um banco que estava em frente ao bancão e fiquei observando uma Serena pensativa, que mantinha seus olhos perdidos, observando a noite através da janela. Ela estava de costas, esperando seu chá, que estava a ferver no fogão, então ainda não havia me visto.

-No que está pensando?- Eu disse baixo chamando sua atenção. Ela pareceu se assustar brevemente com a, mas logo se comediu.

-Em muitas coisas e em nada.- Ela falou sorrindo suavemente, o que me fez encarar e admirar seus lábios por um instante, antes de voltar minha atenção novamente para seus olhos. Ela agora colocava os chás em duas canecas.

-Eu queria conversar.- Eu disse observando seus movimentos. Ela me entregou uma xícara e se sentou à minha frente com a sua em mãos.

-Estamos conversando, Guilherme.- Ela disse com humor encarando sua bebida.

-Não dificulta, Serena.- Eu falei e ela percebendo que eu estava falando sério, passou a me olhar.

-Estou te ouvindo.- Ela disse com o olhar no meu.

-Não sei como falar sobre isso, por que mesmo eu, não consigo entender. Mas eu estava pensando, e... eu pensei que talvez nós podíamos... não sei, tentar fazer isso... a gente, dar certo. Se você quiser, eu quero tentar.- Eu disse gesticulando. Eu estava extremamente nervoso. Ela soltou sua bebida sobre a mesa e pareceu quase se engasgar com o chá que estava bebendo, mas logo respirou fundo e se recompôs .

-Você quer dizer um relacionamento?Tipo tornar isso público?- Ela disse apontando para nós.

-Acho que isso faz parte de estar em um relacionamento, Serena.- Eu disse como se fosse óbvio o fato de as pessoas saberem, ou pelo menos perceberem.

-Eu sei... é só que...você sabe que isso abrange algumas coisas além de nós, não sabe?! Quer dizer, significa que... você vai ter que abrir mão das outras várias garotas esculturais e populares que você também se relaciona.- Ela disse, e era perceptível pela forma como ela falava, o quanto aquilo a incomodava e o quanto ela parecia cultivar um sentimento que oscilava entre o ciúmes e o nojo em relação aquela situação. -E tem os seus amigos... você sabe que eles também vão acabar sabendo e...- Ela continuou. Eu via em seus olhos e sua forma de gesticular o quanto ela parecia assustada. Aquilo de fato não estava em seus planos, e como tudo que fugia dos seus planos, aquilo também estava a fazendo surtar. Me levantei ainda sem parar de a encarar, quando em sua frente, girei sua cadeira a fazendo estar voltada para mim. Encaixei suas pernas entre as minhas e me aproximei ligeiramente. Mesmo a cadeira sendo mais alta, Serena ainda estava um pouco mais baixa, agora que eu estava de pé, então suavemente levantei seu queixo trazendo seus olhos para os meus.

-E você está surtando. Eu sei disso, sei de todos esses poréns que você citou, e também sei que se você quiser, eu quero tentar. Não tem que se complicar algo tão simples. O que me diz menina encrenca?- Eu falei sorrindo levemente, ao chamá-la por seu apelido.

-Tudo bem.- Ela disse baixo, quase sem som, mas também sorrindo ao ouvir seu apelido, que era uma parte do nosso "nós".

SERENA

Guilherme colocou uma de suas mãos sobre minha coxa e meu corpo se acendeu.

-Isso significa que agora eu posso te tocar assim?- Ele disse espalmando a mão e em seguida apertando uma generosa parcela da minha perna coberta pelo meu pijama de flanela nada atraente. Eu apenas concordei com um aceno. Ele então passeou com sua outra mão por minhas costas e eu senti quando ele tocou com o gélido de seus dedos em minha pele por baixo da minha camiseta. Suas mãos continuavam a traçar uma rota, mapeando todo o meu tronco.

Nós estávamos em um posição que se parecia com um abraço. Eu estava com minhas pernas cruzadas ao redor de Guilherme, meus braços estavam em seu pescoço acariciando ali e minha cabeça estava apenas apoiada em seus ombros apreciando o momento. Ele por sua vez estava com o rosto em meu pescoço e eu podia sentir o calor de sua respiração tocar meus pelos finos e os arrepiar, enquanto uma continuava a acariciar minhas costas e a outra apertava cada vez mais firme minha coxa.

-E assim...- Ele disse e desceu sua mão das minhas costas, para topo da minha calça e continuou a desliza-la para dentro e quando tocou meu quadril, pele à pele, ele apertou e me puxou, me fazendo estar sentada apenas na ponta da cadeira e com o corpo grudado ao seu. Fôra uma sequência de movimentos rápidos, que provavelmente durara uma fração de segundos, mas ali, o nosso nós parecia acontecer em câmera lenta.

O IMPROVÁVEL AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora