PARTE 3
Assim que nos separamos, minha vontade era de jogar fogos de artifício por toda a cidade. O beijo com Kihyun fora gostoso, calmo. Ficamos um tempo apenas sentindo a respiração um do outro com nossas testas encostadas. Eu sentia borboletas em meu estômago.
—Você quer fingir que isso não aconteceu? —Sua pergunta saiu baixa, parecia que Kihyun estava fraco.
—Não. Beijar você foi uma das melhores coisas desse ano, deixa eu colocar em um outdoor? —Perguntei vendo aquele mesmo sorriso seco aparecer.
—Eu tenho que ir embora. —Se soltou de mim, se afastando indo em direção a sala de jogos, o segui.
Sua mochila estava jogada em algum canto e junto com ela seu moletom, os braços de Kihyun eram fortes, porém viviam escondidos pelo seu moletom.
—O que você faz? —Perguntei vendo seu rosto se tornar confuso. Kihyun nunca participava das aulas de educação física, ninguém o escolhia, nossa turma era impar então ele sempre ficava de fora e nunca reclamou. —Seus braços. —Mostrei para ele que ainda estava confuso, colocando seu moletom mais rápido. —Apenas reparei agora, mas seus braços são fortes.
Ele havia entendido e sabia disso, mas ele me ignorou, ou pelo menos não me respondeu por um bom tempo, saiu da sala de jogos encostando a porta, novamente eu o segui.
—Eu fiz academia, parei com ela tem um tempo, mas eu ainda faço alguns exercícios. —Falou desligando o carrossel.
Kihyun depois desligou a alavanca e eu fiquei esperando ele do lado de fora do parquinho, passei meu braço pelo seu pescoço começando a caminhar com ele ao meu lado depois que ele fechou o portão do parque.
—Vou te acompanhar até sua casa. —Ele se assustou com a minha fala, eu percebi isso, eu realmente queria conhecer sua casa, quem sabe até entrar, porém Kihyun estava disposto a negar.
—Não, por favor. —Kihyun parou no meio do caminho, implorando com seus olhinhos, mas eu não conseguia levar à sério.
—Eu afirmei, vamos logo.
Durante o caminho ele não falou nada, ficamos quietos, eu apenas estava aproveitando sua companhia, imaginei que ele estivesse fazendo isso também, ele me guiava, eu apenas o seguia, assim como fiz durante o dia todo praticamente, caminhamos por cerca de vinte minutos antes de finalmente pararmos.
—Ok, você abusou demais vai embora Changkyun. —Ele se soltou do meu abraço virando para a casa dele.
Era uma casa de dois andares, normais que víamos por aí, branca, uma pequena varanda na frente, normal.
—Vou embora se você me der um beijo na bochecha e me chamar do apelidinho que criou. —Sorri, mas Kihyun estava apreensivo, puxei ele pela mão, o abraçando, sua respiração estava acelerada.
—Kkukkungie, vai embora por favor. —Falou manso se afastando deixando apenas nossas mãos enlaçadas, me deu um beijo na bochecha tão rápido que não pude nem fazer a tática da virada para dar um beijo em sua boca.
Meu medo mesmo foi quando Kihyun virou para abrir o portão e travou, ele olhava em direção à sua casa, olhei também, mas não vi nada.
—Kihyun? —Avancei em sua direção o fazendo despertar do transe que entrou.
—Vai embora Changkyun. —Sua voz saiu ríspida e eu apenas queria saber o que havia acontecido com o Kihyun que a poucos minutos me abraçava.
Ele entrou sem me dirigir nenhuma palavra e sumiu do meu campo de visão assim que passou pela porta, virei para o outro lado e fui em direção à minha casa.
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Nossa, que clichê | CHANGKI
FanfictionIm Changkyun, o mais popular da escola, tem todos ao seus pés e se acha o máximo e assim como todo clichê ele é desafiado a conquistar Yoo Kihyun, o nerd da escola. O que ele não esperava era que Kihyun poderia ser bem surpreendente. Tentativa de co...