Chapter 16

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     Louis P.O.V

         Moonlight do Chase Atlantic tocava no último volume da van, abafando quase totalmente o barulho das buzinas que dominava todo o cenário à volta, apesar disso, eu não me sentia estressado como era todas as vezes que eu ficava preso em um engarrafamento, me sentia feliz e completo, talvez pelo simples fato em que meia hora atrás, eu me encontrava com um cacheado de olhos verdes, com um par de covinhas.

         Sempre ouvi dizer como era formidável o sentimento de se sentir amado e desejado por alguém, mas eu nunca acreditei, só por nunca ter me sentido assim. Porém, depois te ter conhecido o cacheado, eu havia descoberto essa nova sensação, e tudo que conseguia fazer era sorrir igual um bobo, pelo simples fato, de saber que há alguém que gosta de mim, mesmo sabendo das minhas imperfeições, que sente minha falta quando não estou por perto, e que sorri pelas coisas mais bobas que digo, até mesmo de apelidos carinhosos que lhe chamo.

         Fiquei o trajeto todo de volta para a loja, cantarolando e sorrindo, mas isso rapidamente mudou, quando avistei minha mãe Johanna à frente do portão com uma carranca enorme e de braços cruzados, se apoiando numa perna e batendo a outra, diria que é nestes momentos que nós sabemos que estamos bem encrecados, que começamos a lembrar de todos momentos aleatórios da nossa vida.

         Antes de sair da van, respiro fundo, e ajeito minha roupa, saindo logo em seguida. A cada passo que eu dava, sentia que estava indo à minha própria morte, alguns diriam que é só drama da minha parte, mas é porque definitivamente não conheciam a fera que era a minha mãe quando a deixava desavisada sobre aonde ia, e não avisasse que chegaria tarde.

- Louis William Tomlinson, posso saber por aonde esteve até agora? - Disse desfazendo sua carranca, e suspirando pesadamente - Estive preocupada, menino.

- Desculpe mãe... Fui fazer algumas entregas, e acabei perdendo noção do tempo - Me aproximei da mesma e deixei um beijo estralado em sua bochecha, te abraçando em seguida.

- Entregas? Uhum, sei Louis... Depois pode me contar essa história direito - Ótimo, agora eu precisaria contar para minha mãe, o que para mim era vergonhoso demais, por mais que eu fosse bastante aberto com ela, não tinha tanta facilidade para contar sobre alguns assuntos.

         Continuei andando até a porta da loja, podendo avistar rapidamente um ser de cabelos loiros sentado e apoiado em seus braços logo à frente. Passo pela porta, escutando o tilintar, e vendo o rosto de Niall se levantar e formar um bico enorme e cruzar seus pequenos braços.

- "Eu não irei demorar" - Niall tentou imitar minha voz com aquele seu leve sotaque irlandês dele - Por que demorou tanto?

- Hã... É.. Sabe a última entrega era na empresa do Harry, e ai, eu acabei perdendo noção do tempo.. - Sorrio de lado.

- Já entendi tudo, me abandonou aqui, só pra ficar com ele - Dramatizou Niall.

- Oh meu Deus, venha cá meu pequeno Leprechaun - Fui em sua direção e lhe abracei fortemente, bagunçando seu cabelo loiro - Que tal uma caixa de donuts, hum? Eu sei que você gosta.

- Se você está tentando me comprar, você está conseguindo.. - Rio e o puxo.

****

         Mais um dia se iniciava, e o cotidiano frio da manhã de Cheshire se fazia presente, com uma leve geada que caía lá fora e borrava a paisagem que era vista pela varanda do meu apartamento. Minha caneca de yorkshire tea se fazia presente como sempre, me acompanhando enquanto assistia à um anime qualquer. Me sentia frustado, só pelo fato que no dia seguinte seria Valentine's day, e eu não havia tido nenhuma idéia para fazer pro cacheado.

         Filmes, vídeos, pesquisas e nada me vinha a cabeça, tudo parecia ser simples demais, e a cada hora que se passava me sentia mais estressado, minha cabeça doía pelo tempo que eu havia passado em frente do notebook, e minha barriga roncava por não ter engerido nada desde manhã. Já estava perdendo as esperanças, quando alguém tocou a campainha incessantemente.

- Já vou... Já vou - Caminho até a porta, abrindo-a, e me supreendendo com Zayn ao planto, que vem ao meu encontro, me abraçando.

- Z, o que houve? - Digo visivelmente preocupado, e o levo até o sofá para se sentar, enquanto pego um copo d'água para ele. Suspiro vendo-o se acalmar mais, e respirar fundo, como se tivesse pensando em quais palavras usar.

- Você não viu o que passou na TV? - Zayn diz ainda com a voz embargada e visivelmente com os olhos lagrimejados, enquanto o olho em confusão sem entender e negando, esperando que ele prossiga - Houve um furto na empresa dos meninos, de quase 35milhões, e não há suspeitos... O pior é que não consigo falar com o Liam. E eu estou com medo de que tenha acontecido algo, e as informações que deram foi que haviam pessoas feridas, e nenhum dos representantes da empresa havia se declarado sobre nada até agora.

         Respiro fundo, tentando dirigir tudo que Zayn havia dito, e deixo algumas lágrimas escaparem. Eu queria muito acreditar que tudo estava bem, e que isso tudo só deveria ser pela privacidade da empresa, mas minha cabeça voava, imaginando coisas piores que poderia ter acontecido com eles.

- Eu... Eu não sabia, passei a tarde toda tentando ter idéias para amanhã, que nem tive tempo de olhar a TV - Respiro fundo tentando acalmar qualquer pensamento ruim, pegando rapidamente o celular jogado no sofá.

         Ligo a tela do celular, me surpreendendo com as várias notificações sobre o furto da tão renomada empresa, e comentários de que não se havia informações sobre os representantes, como Zayn havia dito. Ignorei todas elas, indo direto para agenda e discando o número do cacheado, uma, duas, três vezes e nada, todas caíam para caixa postal.

         Meu desespero e ansiedade crescia gradativamente a cada toque que ele não atendia, minha cabeça doía pela preocupação, e pela má alimentação. Zayn me olhava preocupado, e tentava me confortar ou afimar para si mesmo, dizendo que nada havia acontecido e que a qualquer momento eles apareceriam, e eu me forçava a acreditar naquilo.

****

         O dia já começava a dar seu primeiro indício do crepúsculo vespertino, e as notícias sobre a empresa do Harry, se propagava a todo momento na TV. Zayn e eu, tentávamos pensar positivo, mas a cada segundo que se passava essa tarefa se tornava mais difícil.

- Tommo, saia desse celular e venha comer algo, por favor.. - Z pedia pela trigésima vez no dia, enquanto eu continuava sentado, encarando o celular - Pequeno, você precisa se alimentar, não comeu nada desde que cheguei, assim vai acabar passando mal.. - Suspiro vendo-o se agachar a minha frente e dar um sorriso mínimo.

- Não estou com f-... - Antes de terminar sou interrompido por Zayn que me põe em seu ombro, me carregando até a cozinha. Cansado demais para espernear, fico em silêncio deixando ser levado, logo sendo posto sentado na bancada.

- Não me venha com essa de "não estou com fome", você vai comer querendo ou não - Z diz sério, virando-se para prestar atenção no macarrão em que ele havia colocado no fogão.

         Aproveito sua distração, e desço silenciosamente da bancada, caminhando para fora da cozinha, mas paro abruptamente ao sentir minhas pernas fraquejarem, e minha visão escurecer, sentindo meu corpo ceder ao chão com um barulho alto, e rapidamente a única coisa que escuto é Zayn me chamando pela última vez, enquanto sinto meus olhos pesarem, e tudo se escurecer.

****

   Olha a sumida aqui dnv, juro que eu to tentando atualizar logo, mas eu realmente tô tendo problemas com bloqueio criativo, e falta de tempo. Não irei prometer nada como sempre, pq certamente não irei cumprir. Mas vou tentar ai essa semana começar uma rotina, e vê se me animo para escrever um pouco mais em horas vagas q eu conseguir arrumar.

  Então é isso, esperem q gostem do capítulo, e é previsto que agora a fic saia do monótono ai. (Pelo menos eu espero q eu consiga tirá-la)

  Bjs e Boas férias xx ٩(^ᴗ^)۶

 A Forbidden Passion (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora