Capitulo II

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Amo meus pais, Dona Nice e Seu Francisco. São as pessoas que NUNCA ME ABANDONARAM e nem IRÃO.
Nesta manha, desci do meu quarto para tomar café, acordei muito feliz como sempre ( pelo ao menos na minha casa!) , Como sou uma pessoa que gosto de ouvir o outro, pergunto como foi o dia dos meus pais :
-- Bem... Foi meio cansativo. Ontem eu entreguei mil e setecentas e cinquenta e nove caixas de encomendas! Sem parar. Depois tive de resolver uma coisa. - papai trabalhava muito. O dia todo na empresa de encomendas rápidas, de qualquer coisa.
-- Mãe, você não nos disse o seu .
-- Bom... É que... Bem, o meu foi como o do seu pai, duro. É difícil dar conta de uma enorme empresa, cuidar de cada detalhe, sabe? - não sei por que, mas achei minha mãe meio estranha, desconfiada e com um sorriso para disfarçar. E o papai não foi diferente. Eles estão aprontando alguma coisa talvez. Mas não vou me preocupar com isso, confio neles!
A tarde vou pra escola escola ( lugar que eu menos gosto de estar, o pior da minha vida, parece que estou sendo obrigada por uma por uma pessoa má a eu ir lá passar horas e horas. Sabe, isso cansa, e quando cansa me dá vontade de chorar e me magoa tanto, tanto, tanto... É como se meu coração estivesse sendo apertado com muita força, uma dor que só eu sei. Só eu. Mas como diz alguns "filósofos", sempre erguer a cabeça e seguir em frente, pra... Fingir que nada aconteceu? Sinceramente... Não acredito nisso).
Gabriel, Gabriel... Quem vê diz que é um santo, o melhor aluno da sala ou "hmmm... Esse tira boas notas ! Orgulho da família". Como que é aquela famosa frase... " As aparências enganam", e como enganam, enganam feio.
Quando ouço falar isso de Gabriel eu começo a rir, gargalhadas. Mas que é esse garoto de quem está falando menina? Ah, Gabriel é um menino que infelizmente estuda na mesma sala que eu , e não é o melhor ( o mais ou menos) ele é a pessoa que me tira do sério é que me deixa chateada , daqueles que não se cansa de implicar com os outros . Foi o que eu disse " eu sou diferente dos outros " . Ninguém de sala fala comigo , nem pra brincar, comer juntas, fazer um passeio fora da escola, nem nada. Eu sou uma pessoa que vive sozinha de tudo .

Semana passada escutei meus pais discutindo por minha causa, eu mesma me engano com isso pra não me sentir culpada pelas coisas, mas acho que quando eles estavam gritando um com o outro, meu pai brigou com minha mãe dizendo que eu sou uma doente mental. Às vezes, acho que nem devia ter nascido . Até meu pai disse isso de mim, na verdade, ele nunca gostou de mim,muito menos minha mae, ela já até tentou, mas não consegue sentir esse " amor infinito de mãe ". Sabe , mas até que estou me acostumando com isso! Espera só eu poder ser maior de idade, vou deixar todos para trás e vou para bem longe, longe dos meus pais .

No meu segundo dia de aula da semana , eu chego casa, e na porta de casa eu vejo uma mine van parada. E várias pessoas na minha casa , parecia que estava minha espera :

-- Mãe , que são essas pessoas ?

-- Minha querida , você vai para um lugar melhor... É um lugar pra você se recuperar, está bem? Vai passar as férias lá! Não se preocupe , eu volto pra te buscar. - ela estava quase chorando, eu não entendia nada .
Eu perguntava: " aonde esta o papai para me despedir"?

-- Mamãe, onde está o papai ? Ele não vem? Eu quero me despedir dele! Aonde está ele? Mamãe... - eu estava chorando porque isso era triste não se despedir dos seu pai, nem ao menos dá um tchau ou... Quer saber , vou logo.:

-- Espera só um minuto ok? Vou fazer minhas malas.

Logo minha mãe me interrompeu dizendo que não precisava.

Mas que esquisito , ah! Mas talvez lá tenha roupas para mim. Será?

Adivinha, eu nunca mais voltei pra casa . Para onde você foi? Praticamente para o inferno, eu preferia está na escola do que num HOSPÍCIO. Poxa , nunca imaginei que meus pais fossem me apunhalar pelas costas! Me por num num hospício? Hoje estou mais madura , melhor do que antes. Já não estou mais no manicômio, tenho vinte e dois agora. Como será que estão meus pais? Não tenho pai nem mãe, nunca tive . Era tudo uma farsa. Também nem faço questão de saber deles não .

Lá no hospício, eu era maltratada , as vezes eu ficava numa sala fechada sem luz do sol e sem janela, e a comida de la era pior que comida de lixo.

Agora isso tudo já passou, refazer minha vida , do zero. Após sair daquele " presídio" , vou à procura de um lugar para morar nem que seja um muquifo para passar a noite e depois ir trabalhar . Num bairro muito familiar existia um hotel bem pequeno , o Hotel Paraíso, que na verdade é bem baratinho ( afinal , não tinha tanta grana pra bancar um hotel de luxo, ) ah, e de paraíso não tinha nada, era só o nome mesmo. As camas eram pequenas e empoeiradas, o banheiro não era dos melhores e cheirava mal, bom, pelo menos não tinha ratos.

Mas dei um jeito nesse meu quarto , arrumei , lavei, limpei direitinho, aspirei o colchão com o aspirador do vizinho , e deixei o meu quarto o mais limpo daquele lugar.

No dia seguinte saio às procura de emprego, quando desço as escadas para ir direto à calçada, eu vejo uma pessoa muito familiar para mim do outro lado da rua com uma bonita jovem e uma criança que parecia está aprendendo a andar, a pessoa que me parecia ter visto antes tinha cara de sessenta e poucos anos , mas também não me importei , tinha coisas mais importantes para fazer.

O primeiro lugar onde vou é numa loja de discos bem legal e elegante. Eles gostaram muito do meu perfil e acabaram me aceitando . Yes! De primeira!

Frutos da minha imaginaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora