Conflito

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João

Assim que chegamos em casa, espero que ela saia do carro,  desligo e saio mais ao invés de ir para casa, decido caminhar um pouco e por os pensamentos em ordem. Começo a pensar em tudo o que esta acontecendo.

“Eu não sei porque mas quando penso no jeito de Anne e como ela estava bonita hoje, sinto meu coração disparar, sinto uma alegria infinitamente grande quando estou ao seu lado”

Começo a entender o que tem acontecido comigo, eu sempre busquei proteger Anne de tudo, e agora com a chegada desse Andrew, algo dentro do meu peito começou a gritar, eu comecei a senti ciúmes no momento em que ele olhou para Anne, e algo me diz que ele não é confiável.

Sei que somos primos, mas tenho medo que esse sentimento cresça mais dentro de mim, decido então deixar de lado, pois não quero que Anne se sinta mal com isso.

[...]

Entro em casa após uma caminhada, vejo ela na sala vendo televisão juntamente com minha mãe, – elas estão vendo um filme sobre vampiro. São os filmes favoritos delas, acho que é a única coisa que elas tem em comum. Dou um beijo na testa de minha mãe, digo boa noite e então me sento ao lado de Anne e no mesmo instante ela encosta a cabeça em meu ombro.

– Como você está?  – ela me pergunta em vós baixa.

– Estou bem Anne, porquê ? – perguntei curioso.

– Notei que você ficou distante, depois que voltamos da praça hoje. – ela diz.

Nesse momento me lembrei do encontro que tivemos com aquele cara, o tal de Andrew. – penso no que vou dizer a ela.

– Impressão sua, somente não tinha assunto e afinal sempre que conversamos é sempre o mesmo.

– Como assim, João?– ela pergunta

– Anne?

– Oi. – ela murmura

– Vamos sair,  precisamos conversar. – digo a ela.

– Tudo bem,  vou me vestir.

– Não precisa,  você  está bem assim. – digo.

– ok. Então,  aonde vamos?

– Primeiro vou tirar o carro da garagem, depois decidimos.  Ok – digo já  me levantando do sofá.

Assim que entramos no carro pergunto a ela,  se tem algum lugar especifico que gostaria de ir,  ela então  me disse que existe sim,  é  o lugar aonde sua mãe gostava de ir quando ela era pequena.

– Sabe aonde fica?  – pergunto

– Sim, fica em Bienville.

– ok. Então, acho que fica umas meia hora de carro.

Saímos de carro e dirigimos até o nosso destino, no caminho como sempre Anne coloca uma música para tocar, ela sempre escolhe a mesma parece que essa letra mexe muito com ela.

Ficamos em silêncio somente ouvindo a música e prestando atenção na letra, depois de meia hora chegamos. Estacionei o carro e começamos a caminhar até a entrada que da para a lagoa. Realmente é um lugar lindo e hoje com certeza a noite está mais ainda especial.
Quero dizer a Anne o que sinto por ela, porém me contenho, não quero que ela se afaste de mim, quero protege-la sempre. Enquanto caminhamos nós conversamos sobre o que está acontecendo.
Ela para em frente a lagoa e admirando as estrelas, começa a dizer como se senti ao meu lado.
– Sabe João tenho percebido que você anda meio triste e isso tem acabado comigo, eu não quero que se sinta assim, pelo que tem acontecido comigo, sei que vou conseguir desvendar esses sonhos e descobrir quem é esse homem que aparece neles. Sei que tem se preocupado e isso tem me deixado aflita pois não sei o que esta por fim.
Afinal você é bem mas que um primo para mim. – ela me diz e isso me da um pouco de esperança
– Como assim Anne ? – pergunto na intenção de saber se ela vai dizer que sente o mesmo que eu para que eu possa ne abrir para ela.
– Você  é  meu melhor amigo, tenho em você a minha base para continuar, sabe muito bem o quanto tenho sofrido com a morte da minha mãe, você tem me ajudado e muito desde que vim morar aqui com minha tia, apesar de Karina ser bem chata comigo e as vezes até me tirar do sério, é  você que me trás alegria nos momento em que eu mas preciso, você sempre esta ao meu lado. – meu coração acelerou na hora em que ela falou
– Ah Anne se você soubesse o quanto me deixa feliz ao saber disso. – digo abraçando-a e nesse momento posso sentir o seu perfume de jasmim que sempre me trás paz.
Ao nos afastarmos me pego olhando para ela com ternura, mas eu sei que esse sentimento não pode ser alimentado, tenho que somente aceitar um amor e carinho de amiga dela e isso já me basta.
Assim ficamos um bom tempo ali naquele lugar lindo comtemplando tudo a sua volta,  enquanto ela olhava o lago, eu a admirava.
E pensava comigo. – como ela pode ser tão linda assim. Seus cabelos tem um cheiro de baunilha que me inebria,  talvez seja coisa da minha cabeça,  mais eu não consigo tira-la dos meus pensamentos.
–João!!!  – escuto a sua voz me chamando
– Oi,  Anne!! – Digo em um sussurro.
– Podemos ir embora.? – ela pergunta com um sorriso.  Esse sorriso que faz o meu coração acelerar.
– Não antes de lhe dizer uma coisa. – digo a ela
– O que foi!!  Esta preocupado.
– Não,  eu só  preciso falar o que esta guardado aqui no meu peito.
Nesse momento começo a pensar se devo ou não  dizer o que sinto a ela,  mais também se eu não falar,  isso vai me consumir aos poucos.
– João. O que foi? estou ficando ansiosa.
– Anne eu não  sei como falar isso a você, mais se eu não  falar agora, tenho certeza que vou me arrepender depois, Então  lá vai.
– João fala logo.
– Anne,  eu estou apaixonado por você.  No instante em que eu digo,  procuro estudar sua expressão para achar algum indicio do que esta pensando.
– Nossa João,  eu não  sei o que dizer, vou me pegou desprevenida com essa revelação, eu preciso de um tempo para pensar. Mais eu fico lisonjeada pelo seu carinho.
– Anne,  independente do que você disser,  quero que saiba que sempre estarei do seu lado,  no que você  precisar.
– Ok.
Então caminhamos de volta ao carro, e abro a porta para que ela entre, em seguida entro no carro e dou a partida para que possamos voltar para casa, quando de repente ela me pergunta desde de quando estou apaixonado por ela, ali pude lhe dizer tudo.
– bom Anne, não sei bem ao certo, mais acredito que percebi naquele momento em que você me apresentou seu Amigo Andrew. Ali eu senti um ciúme que não conhecia, primeiro cheguei a pensar que era coisa da minha cabeça, que era só sentimento de primo, mais quando você falou lá em casa novamente o nome dele, eu me peguei novamente com ciúmes. Foi ai que entendi que não era um simples afeto de primo, e sim que eu estava apaixonado, sei que parece loucura, talvez você vai dizer que não podemos pelo fato de sermos primos e tudo. Mais eu não consigo esconder o que sinto precisava falar a você e ariscar saber o que iria me dizer.
– Bom João como eu disse tenho que assimilar tudo isso e colocar meus pensamentos em ordem. Depois nós podemos conversar novamente.
– ok. Anne não quero que se sinta pressionada por causa disso, é como falei independente da resposta, eu estarei com você.

O Despertar- O segredo ReveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora