CAPITULO 3º

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3º Capitulo

Fernando estava pensativo enquanto Eduardo falava da última garota que tinha ficado na casa de praia de sua família, no último final de semana.

 – Fazia cerca de uma semana que ele tinha visto a menina mais atraente que já vira em toda a sua vida, ela estudava na sua escola, no entanto ele não sabia nem seu nome.Ah por que ela não saia de sala no intervalo?!

 – Enquanto Eduardo contava suas glórias a Fernando e mais dois colegas. Fernando escutava o que seu amigo falava, vez por outra sorria, mas seus olhos estavam atentos ao redor procurando por ela.Ansiava vê-la novamente. Na verdade, ele não havia pensado em outra coisa durante toda a semana a não ser reencontrar aquela linda garota. O que ele faria quando isso acontecesse? Como ele se comportaria dessa vez? Ele estava odiando essa falta de sentido em seus pensamentos, o simples fato de ela existir tinha sido o suficiente para ele tomar a decisão de acabar com um namoro de 01 ano com Paty, só para ficar solteiro caso houvesse a possibilidade daquela garota misteriosa dar uma chance de conhecê-la...

–É ela! – Ela quem Nandinho? – Perguntou Dudú fazendo um gesto com as mãos espalmadas sem entender – Nada não! Vou comprar um suco – Informou Fernando sem dar maiores explicações observando a garota linda que ele nem sabia o nome, na fila da lanchonete.

 – Ela estava de cabelos presos em um enorme rabo de cavalo que descia até sua cintura, mesmo por traz daquela enorme camisa cobrindo sua calça jeans, dava para ver que ela tinha um corpo lindo! Celeste tinha um estilo discreto no vestir, suas roupas não marcavam muito o seu corpo, diferente da maioria das garotas que só faltavam andar nuas.

– Fernando foi para a fila e se posicionou duas pessoas atrás dela enquanto observava o seu pescoço, há como ele queria descer beijos sobre aquela nuca branquinha.

Celeste olhava de lado parecia procurar por algo, ele observou que ela olhava para o mesmo lugar em que ele a havia abordado semana passada, seu rosto era absurdamente lindo, de uma beleza tão angelical que não precisava de maquiagem e nem enfeite, seus lábios eram cheios e vermelhos, seu perfil era delicado, Fernando observava com atenção a todos os traços de rosto – Como ele queria beijá-la ali mesmo! Ela era ainda mais linda do que ele lembrava, mas, ele queria vela de frente, olhar novamente dentro de seus lindos olhos verdes, para isso precisava vencer a fila de espera. – A atendente anotou o pedido dela e ela se posicionou na lateral do balcão enquanto olhava para esquerda e para a direita com suavidade, novamente deteve seus olhos no local em que semana passada cruzou o olhar com o de Fernando pela primeira vez – Celeste sentia um calafrio, uma sensação diferente, parecia que estava sendo observada, um calor palpável, uma eletricidade estranha, algo que não conseguia explicar, no entanto lhe fazia lembrar do dia em que aquele prepotente rapaz a abordou descaradamente lhe pedindo um beijo em troca de liberar sua passagem para a lanchonete. Desde então, Celeste não havia conseguido tirar o olhar desafiador dele de sua cabeça, precisava vê–lo novamente. Ela tentou fugir não saindo da sala na hora do intervalo, mas depois de uma semana não aguentava mais evitar o que estava sentindo. Surgiu então uma súbita vontade de vê-lo e desafiá-lo uma vez mais.

– Ela não parava de olhar para o local e reviver a cena, na verdade já havia revivido aquela cena em sua cabeça dezenas de vezes durante a semana... – Cadê ele? Aqueles lá são seus amigos, onde será que ele está? – Um suco de laranja, por favor? - Celeste pediu ao moço do balcão estendendo a mão entregando sua nota – Na verdade Zé, são dois sucos – Fernando estendeu a sua nota entregando o papel na mão de Zé que logo virou – se para a espremedora para preparar os sucos. - Eles estavam lado a lado, ombro com ombro os dois queriam virar e olhar o outro, seus corações estavam acelerados, a proximidade deles desencadeava uma certa tensão, o coração de Celeste parecia ter parado, ela não conseguia mexer nenhum músculo, suas mão ficaram geladas e suas pernas tremiam – Fernando inclinando um pouco o corpo para o lado dela disse: – Oi! – O barulho era grande de forma que Celeste não respondeu, pensou ter imaginado que ele havia falado com ela. - Nesse momento, Zé colocou os dois copos no balcão em frente a Fernando e gritou: – Próximo. – Fernando segurou os dois copos de suco, tocou no ombro de Celeste e fez sinal com as mãos para ela seguir em frente. – Vamos ali para o canto para dar espaço para as pessoas serem atendidas. – Celeste obedeceu, caminhou até a outra ponta do balcão em frente a ele. – Fernando ainda não havia conseguido contado visual, ele precisava disso, precisava olhar aquela menina linda de frente, estava ansiando por esse momento há uma semana, mas, ao chegar do outro lado ela virou – se de lado esticando o braço para pegar o seu copo. – Obrigada! – Celeste estava em pânico, não conseguia olhar para ele, a única coisa que pensara era sair dali o mais rápido possível, ela estava sentindo algo que nunca sentira antes e essa sensação a estava assustando, não sabia como controlar – Fernando rapidamente segurou o copo dela passando a mão por sobre a dela, imediatamente sentiram uma eletricidade vibrante naquele toque.  - Você pode devolver meu suco? – Fernando manteve a mão sobre a dela e olhou fixamente para o seu rosto – Celeste não conseguia erguer os olhos, seu coração estava disparado e suas pernas pareciam estar travadas – Não! – Fernando ergueu os dois copos e andou em direção a uma bancada no canto da lanchonete, o lugar era mais tranquilo e menos barulhento – Celeste indignada com a audácia daquele rapaz, colocou suas mãos na cintura virou – se em direção onde ele estava não acreditando. Caminhou lentamente até ele. – Fernando descansando os copos na bancada, colocou um braço apoiado na lateral pegou um canudo e sem olhar para Celeste começou a tomar o liquido. – Como você se atreve? – Hã... – Fernando riu sem que ela notasse, adorando o efeito que tinha causado nela. - Celeste Parou em frente a ele respirou fundo ainda sem olhar em seus olhos – Me devolva! – Olhe para mim! – Fernando pediu – Me devolva! – Sim vou devolver, mas só se me pedir olhando em meus olhos. – Fernando continuou calmamente a sugar o seu liquido, - Celeste levantando o seu rosto em direção a Fernando – Por favor, me devolva o suco o intervalo já vai acabar e tenho que lanchar para voltar à sala, não gosto dessas brincadeiras!

 – Sim. Ele olhou nos olhos dela, sim eles eram ainda mais lindos do que a última vez que Fernando os viu, Ela estava de frente para a claridade de forma que o verde de seus olhos eram como águas cristalinas, mas não eram a cor dos olhos que mais chamavam a atenção de Fernando, era algo mais, algo que ele não sabia explicar, ao olhar para os olhos daquela linda garota, era como se ele pudesse sentir-se mais vivo! – Fernando a encarou, levantou uma de suas sobrancelhas largou o canudo e riu – Linda! – Hã!

- Você é linda! – Celeste corou, mas não desfez a cara de chateada... – Estou esperando, já olhei em seus olhos, agora cumpra seu acordo – Claro!  Mas antes me fale qual o seu nome. Preciso saber teu nome?

- Para que você precisa saber o meu nome?

– Para quando estiver pensando em você. - Fernando ergueu as duas sobrancelhas e sorriu - Quero saber em quem estou pensando.

- Pensando em mim!? – Celeste mal podia acreditar no que acabara de ouvir. Ele realmente pensava nela? Não era possível.

- Uma semana... – Falou Fernando a encarando com um olhar terno.

- Como?! – Celeste perguntou, sem entender o que ele havia dito.

 – Faz uma semana que não consigo tirar você da minha cabeça.  – Fernando a encarou baixando sua cabeça em direção do rosto de Celeste – Celeste tremeu – Por favor, me devolva o suco! – Ela não sabia o que falar, estava perdida, não queria ter ninguém em sua vida por pelo menos 8 anos e aquele rapaz estava mexendo muito com sua cabeça... – tocou, tenho que ir e estou com fome! – Claro! Tome não quero que passe mal por minha causa. – Fernando sussurrou em seu ouvido... – Por favor, me fale seu nome – Celeste tomou o suco rapidamente, largando o copo sobre o balcão...

– Celeste. Chamo - me Celeste. – e correu para a sala.

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