HELENA CARTER— Vamos nos atrasar, Lena!— John diz, estávamos indo para a escola.
— Não consigo te acompanhar, pode ir na frente!
— Não vou deixar minha curupira pra trás, me dá sua mochila, eu levo.
John foi andando comigo em passos lentos, quando chegamos na escola o sinal já havia tocado, John me leva até a sala e acaba discutindo com o professor que brigou comigo por chegar atrasada.
— Obrigada!— sussurrei para John que saiu rindo da sala, vou para meu lugar e me sento.
— Por que não me pediu carona?— Henrique disse.
— Pode ligar pra gente, Helena!— Noah fala.
— Não queria atrapalhar!
— Não atrapalha!— Alice diz.
Bateu o sino para o intervalo, saímos e andávamos em direção ao refeitório, quando chegamos percebi a atenção de todos em cima de mim. Olhei para a Alice e em sussurro perguntei o que estava acontecendo.
— Eu não sei!
— O que estão olhando? Perderam alguma coisa aqui?— Henrique diz.
— Quando vai tirar essa touca, Lena?— Lívia pergunta se posicionando na minha frente.
— Do que está falando?
— Do seu eu novo corte de cabelo, mostra para nós!— ela diz.
— Para de gracinhas, Lívia, deixe Helena em paz!— Noah diz e Lívia ri.
— Vai lá, Helena!—nem fração de segundos ela tirou a touca da minha cabeça e um O se formou na boca de todos ali presentes, parece até que Lívia ficou surpresa ao ver minha cabeça raspada.— Quando Marcos me contou pensei que estivesse mentindo...
Lágrimas se formaram em meus olhos, eu estava me sentindo humilhada e feia, talvez fosse isso que todos estivessem pensando. Pela primeira vez fiquei sem resposta.
— Vadia, desgraçada...— Alice ia partir pra cima de Lívia, mesmo que eu quisesse que Lívia levasse belos tapas na cara, não queria que Alice nem o bebê se machucassem.
— Não, Alice. Pode prejudicar.. você!— falei olhando discretamente para sua barriga ainda pequena escondida por um moletom grande.
Alice excitou antes de recuar e deixar a raiva cessar. Peguei a touca na mão de Lívia e sai correndo do refeitório com as lágrimas descendo por minhas bochechas. Não aguentei correr até o portão para sair de vez daquela escola, o máximo que consegui foi chegar no banheiro, me apoiei na pia e chorei baixinho, ouvi alguém chegando e lavei o rosto.
— Lena?—nAlice me abraça.— Devia ter deixado eu dar pelo menos um tapa na cara dela, depois me segurava.
Eu ri.
— Vou ligar para minha mãe vim me buscar!—digo.— Não quero continuar aqui.
— Deveria voltar lá e jogar bem na cara deles que não é tão fácil assim te derrubar.— ela limpa minhas lágrimas com o polegar.
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Para Sempre Ao Seu Lado
RomantikHelena Carter, 17 anos, mora com os pais e os irmãos em New York. Sempre foi uma garota com personalidade forte, não tem uma relação muito boa com a família, mas acredita que com os amigos e o namorado pode recompensar a ausência da mãe. Quando tud...