t r i n t a & s e i s

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Através dos corredores pintados em cor única, ultrapassava o lado vermelho da cidade Manchester, com uivos e gritos em meio a euforia da comemoração. - And the reds go marching on, on, on -os jogadores cantarolam um clássico de sua torcida em meio a gritaria que desencadeiam no estádio do time perdedor da noite.
Eles sabiam que tinham de estar no vestiário nessa altura, banhando-se para irem embora; mas tamanha felicidade resultou nisso. Os familiares, os próximos, a comissão, todos estavam unidos num só sentimento. De alívio. Felicidade.

Em meio ao dia de felino que agarra e dissipa qualquer ameaça, não deu para Oblak. Diante de tantos chutes absurdamente defendidos, no fim ele não conseguiu. Não bastou apenas um felino para deter um Ander Herrera completamente empolgado.
Foi ele. Mesmo fora de sua função, o meu irmão recebeu um passe lindo de Marcus Rashford e colocou pra dentro decretando o fim do tormento.

Manchester United classificado.

E o Atlético de Madrid eliminado.

Enquanto todos brincavam um pouco mais a frente, me distancio em meio a uma conversa superficial com Evalina. - ...E foi assim que ele tomou coragem para pedir o meu número. -ela narra, empolgada, o dia em que conheceu Juan Mata. Eu sorrio e aceno com a cabeça vês ou outra, mas estou devastada interiormente. Preciso me desapegar dos momentos anteriores... Não consigo.

- Vocês já marcaram a data? -questiono, sabendo que após aquilo ela ia triplicar o assunto sobre casamentos. Eu preferia ouvir sobre seus fascínios do que mudar o rumo da conversa para mim. Eva era doce e super simpática, o que fazia com que escuta-la torna-se num entretenimento não-tediante.

No minuto seguinte tudo acontece meio rápido e confuso. Juan -que estava no meio da farra- chama por Eva e ela me pede para espera-la. Eu digo que sim, mas conforme vou andando mexendo no celular mau vejo que uma das portas dali foram abertas, só dou conta quando sou puxada para dentro de uma delas e pressionada contra a parede.

- Baby..

É ele, Antoine, que me beija violentamente.

Mas eu não o quero. Estou cansada.

Mesmo com o meu coração batendo feito uma britadeira e o meu corpo demonstrando o poder que eu tem sobre mim, eu não posso fazer isso comigo mesma. Não depois do que ele fez no jogo de hoje. Toda aquela humilhação e desgaste emocional.

Eu mordo o seu lábio com força e o empurro. Ele se afasta, tocando o lábio sujo de cor .carmesim.

- Por quê você não me deixa em paz? -eu grito. A voz rouca e os olhos já marejados. Com os pulmões quase explodindo contra minha pele. - Toda vez é a mesma coisa. Eu não aguento mais, Antoine!

Choro. Mesmo sabendo o quão fútil eu estava sendo por aquilo. É como se a gravidez me deixasse sensível a qualquer coisa, pois sou atingida rapidamente pelo mar de lágrimas salgadas.

STRIPPER [GRIEZMANN] ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora