Encurralada

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Depois daquela tórrida noite de amor juntos, os dois levantaram-se para um banho revigorante.

—Você não quer tomar banho primeiro? –Pergunta ingênuo.

—Não, pode ir. –Responde sutilmente.

—Tá, não demoro. –Contesta seguindo para o banheiro de cueca e com a toalha no ombro.

Quando estava rente ao chuveiro sentiu as mãos femininas o abraçarem e percorrem delicadamente seu peitoral sarado e viril. Ele sorriu maroto e com um pequeno puxão de sua dona e senhora virou-se para encará-la. A água quente molhava ambos os corpos. Kate ainda estava com a roupa íntima posta e sentindo um leve arrepio pelo toque ta água, ousou apertá-lo contra si. Os dois se encararam por um instante como se houvesse ali uma falácia silenciosa, porém importante. Os olhos azuis cristalinos de Leonardo devoravam com furor a boca da figura feminina entrelaçada a ele.

O homem começou a soltar a alça do sutiã de forma sexy e passou a beijar os seios da loira, alternando as sugadas e ao mesmo tempo tirando o restante das peças íntimas. A atriz estava excitada, notando a umidade da mulher e seu esmorecimento diante de suas investidas e carícias, travesso, Leonardo partiu para o ataque, abusado e atrevido. A loura sentia as mãos percorrerem todo o seu corpo e aquela boca carnuda e maravilhosa, ora beijava a sua boca e outrora sorvia os seus peitos  como se fossem um delicioso capuccino, dessa maneira a levava a um êxtase total. Kate apertava e chegava a arranhar as costas do ator, tamanho seu desejo de ser possuída por ele.

Ele começou com as suas mãos a percorrer o corpo curvilíneo da mulher, até chegar à sua feminilidade. A água quente só aumentava o calor que emanava dos dois corpos, foi então que ele começou a acariciá-la e a arremeter o dedo ao fundo da intimidade da mulher, levando-a a soltar leves gemidos. Dicaprio então começou a beijá-lo e a enfiar a língua na feminilidade da caucasiana, de uma maneira louca, as pernas dela tremiam diante da ousada investida. O movimento de vai e vem dos dedos dele e a sua boca cálida tocando-lhe a pele, estava entorpecendo-a, fazendo ver estrelas. Era hora de retribuir.

Kate recuperou o fôlego e tomada por uma musa selvagem o lançou contra a parede, o olhou de maneira pícara e com a boca foi percorrendo o caminho do paraíso. Massageou com suas mãos suaves o membro do homem que estava se punha rijo e agora ereto, deu uma piscadela para ele que gemia de prazer e engolfou a intimidade do homem, passando a lambê-lo e mordiscá-lo de leve, deixando-o arfante diante de tamanha investida. Sem aguentar aquela tortura ele a puxou de volta para se igualar à sua altura e trocou de lugar, era ela quem estava contra a parede agora, trocando um beijo luxurioso e abarrotado de paixão, ele friccionou seu membro contra o da mulher que agora possuía.

O homem passou a dar estocadas, as primeiras leves seguidas por outras mais profundas, quase selvagens, iniciando um movimento de vai e vêm que levou a mulher à loucura. Não demorou muito para que ambos já sem fôlego, perdidos em seu mundinho chegassem ao orgasmo.

—Amo-te, sweetie! –Declara o homem sentindo o alento da sua amante.

—Eu te amo, minha vida. –Revela beijando-o.

Mesmo saciados os dois continuaram a se acariciar e a se beijar, para acabar de tomar o banho e depois saírem como haviam planejado. E já não havia nada que os separasse, o amor estava acontecendo, pleno e surpreendentemente mágico.

Uma hora depois e o casal saiu de fininho evitando qualquer contato com os curiosos ou paparazzis, aliás, esse era um dos pesadelos deles.  

—Tem certeza que quer que eu te deixe sozinha? –Pergunta o ator de Titanic um tanto inseguro.

—Continua sendo a minha casa. Eu preciso pegar as minhas coisas e trazer os meus filhos, honey. –Aclara decidida e escondendo o receio daquela visita.

—Eu vou ficar do lado de fora te esperando, promete que qualquer coisa você me liga? –Diz nostálgico e cuidadoso.

—Eu prometo, baby. –Afirma antes de depositar um beijo nele e descer do carro.

Seus passos eram firmes, embora seu interior estivesse em guerra assim como a sua mente. Leonardo, a fazia feliz, viajar por noites tranquilas e cheias de estrelas, era algo tão perfeito que temia que acabasse antes que pudesse piscar novamente os olhos. Ele tinha que esperá-la paciente dentro daquele carro para evitar novos escândalos ou transtornos, mas tinha em mente algo grandioso assim que sua amada retornasse, estava certo de que iria compartilhar sua vida com ela e que juntos amariam e educaram os seus “sobrinhos”, sim, ele sorriu ao lembrar-se das crianças chamando-o carinhosamente de “Tio”, mas queria ter os seus filhos também, estava perdido em seus pensamentos enquanto ela adentrava na cova do Leão. A alma daqueles dois pedia liberdade... Liberdade para amar, para agir, para ser e explorar novas jornadas, novos horizontes, emoções e sentimentos.

—Mamãe?!!! –Gritaram em uníssono as duas crianças e correram para abraçá-la.

—Meus amores, rsrs. –A mãe sorria de orelha à orelha diante daquele gesto de carinho dos dois, seu sorriso logo se desfez ao ver Richard surgir na sala e retirar as crianças de perto dela.

—Richard?! –Sorriu amigavelmente.

—Mãe, você vai nos levar para o cinema hoje? Você prometeu?! –Pergunta o garoto ansiado por uma resposta positiva.

—Mais tarde, querido. Podem subir um pouquinho? Preciso conversar com o pai de vocês.

—Mãe? –Protesta a menina, mais velha e muito parecida com ela.

—Suba com seu irmão agora, querida. –Responde impondo sua autoridade e a menina sobe emburrada. O casal ruma até o escritório da casa e uma vez sozinhos...

—Pensei em pegar as minhas coisas e os meus filhos, mas repensei e você é quem deve ir embora daqui. Você armou todo esse escândalo. Não pense que não sei das suas traições com a sua secretária ou das suas viagens fajutas, Richard! –Declara determinada.

—Não seja patética, Kate Elizabeth. Nunca tive nada com Isabelle. Além do mais, você não tem moral para criar os nossos filhos e/ou pra me recriminar! –Esbraveja enfurecido.

—Eu sou a MÃE deles, droga! –Alteia a voz fazendo com que ele vire um bicho diante de tamanha audácia da esposa.

—Hahahaha. Mas adivinha? Eu mexi os pauzinhos e diante das fotos comprometedoras e imorais suas e do seu amante, eu consegui a guarda provisória dos nossos filhos, meu amor.

—O que? –Titubeou e seu mundo caiu sob seus pés. Seu coração quase parou. Sua mão ficou trêmula e o suor brotou em sua testa.

Por instinto e tomada pela raiva, Elizabeth avançou encima do homem e o golpeou. Seus golpes sequer o faziam sair do lugar. Ele sorria ardiloso. Ela estava custando a assimilar e sua vontade de chorar a estava dominando. Não conseguia suportar, sua respiração a estava abandonando. Havia esperando tanto pela sua felicidade e mais uma vez ela lhe batia a porta na cara, mas antes disso, a desgramada lhe ousava dar um “adeus” e sorrir através do cafajeste que a enganara e a usara todos estes anos. E por mais que quisesse despertar de tamanho pesadelo, não podia, não conseguia... Tampouco queria abandonar o que fazia seu coração viver, pulsar. Paz era tudo o que tentava encontrar nos últimos dias.

—Se quiser ficar com os seus filhos, terá que permanecer ao meu lado. Está em suas mãos, meu bem. Se sair por aquela porta, esqueça-os até o tribunal decidir quando os verá e boa sorte com a sua guerra perdida, amor! –Diz segurando o queixo da mulher, olhando-a de maneira fria e vingativa nos olhos. A loira não conseguiu evitar que lágrimas resvalassem pelo seu rosto comprido e delicado. Bateu-lhe o desespero, uma vontade de ter ELE abraçando-a novamente... Kate sabia que a vida é feita de escolhas. Daquele velho “Sim” ou “não”.  Do “Tô Dentro!” ou “Tô fora dessa!”. Em cima ou embaixo do muro invisível. Uma vida baseada nas escolhas que importam. No amar ou odiar. Na tentativa de ser uma heroína ou uma covarde.  No lutar ou se entregar. No viver ou morrer. São tantas chances perdidas e às vezes aproveitadas. São tantas escolhas e nem sempre ela está em nossas mãos. Nem sempre o destino joga limpo. Nem sempre os finais felizes são efetivos, mas sempre há um novo amanhecer. Um novo renascer. Somos nós que escolhemos entre ter as 7 vidas de um gato ou a tornarmo-nos uma Phoenix. O que Kate Winslet escolherá diante do seu coração quebrantado? Diante da sua realidade divergente dos seus ideais e sonhos?

Amor InebrianteOnde histórias criam vida. Descubra agora