Acordo abrindo meus olhos lentamente e fechando-os algumas vezes por conta da claridade. Olho em volta e percebo que estou em meu antigo quarto três lados da parede é de cor branco e apenas uma, que está em minha frente e vinho com alguns quadros que não consegui decifrar o que realmente era. Olho para meu lado esquerdo e me dou conta que Cara está ao meu lado, sentada em uma poltrona com a mesma cor da parede que está em minha frente, ela está dormindo toda torta com o celular em um dos braços da poltrona. Decidi me levantar da cama sem tentar fazer muito barulho para não acordar Cara, mas foi totalmente em vão. Ela abre os olhos rapidamente e se levanta, reviro os olhos e suspiro.
"Que diabos eu estava fazendo?'-Pergunto quebrando o silêncio que estava.
"Dormindo."-Ela solta uma risada pelo nariz e eu respiro fundo. Não estou com paciência e ela percebeu e acabou contando logo.- "Você ficou bem bêbada, e depois do que o Damon contou você subiu para a cozinha e bebeu muito mais e acabou se cortando com uma taça que você deixou cair também.
Fiquei procurando os cortes e olhei para minha perna, estava com uma faixa meio branca com fita prendendo a mesma, nem tinha percebido essa belezinha aí.
"Mas o que o Damon contou?"-Perguntei e deixei uma risada escapar, já que eu não lembrava.
"Você não lembra de nada? Tipo nadinha?"-Ela disse, fazendo uma pergunta mais obvia.
"Não, Delavingne."-Falei puxando o ar de meus pulmões.
Quando ela estava prestes a contar alguém entra no quarto sem bater na porta ou nada, entra com muita pressa e quando olho para trás me dou conta que é Hailee.
"O que foi, Hailee?"-Pergunto me virando por inteira.-"Ela ia me contar um negócio, meu, entra outra hora."
"Hmmm! Também quero saber."-Ela diz o que me faz bufar.
"Você já sabe, tonta."-Cara diz.
Eu sou uma risada baixa e me viro para Cara rapidamente e espero ela dizer em silêncio com meus braços cruzados.
"Mark."-Ela diz.
"Eu lembro dessa parte, bobinha."-Suspiro.
"Me deixa terminar, meu Deus."-Ela diz com as mãos em forma de rendição. Assinto e a permito continuar.- "Nos descobrimos que foi ele que matou sua mãe junto com uns caras que demos um "pequena" lição quando você estava fora, Mark não está mais em Arizona, nos estamos tentando conseguir a localização, já que a PWR está por quase todo os Estados Unidos a gente ta a procura dele e a gente ta achando que o povo dele que ta por aqui vai nos atacar a qualquer momento, até mesmo no jato e eu ainda acho melhor a gente ficar por aqui por pelo menos uns dois dias ainda, vai que ele faz alguma coisa nos bagulhos do avião eu não duvido nada."
Ela enfim termina e a única coisa que consigo dizer é um "Okay" e saio do quarto. Vingança é o pensamento que domina minha cabeça mas nenhum plano vem a minha cabeça e aposto que se eles souberem que quero fazer algo contra o Mark eles vão tentar me parar, mas não dessa vez. Eu não estou triste mais pela morte de minha mãe mas por ter sido morta pelo Mark, os negócios era do Mark e do meu pai até meu Mark ter feito meu pai de gato e sapato e como meu pai não é nenhum otário nem nada, saiu de lá antes que piorasse mais e olha só no que deu, só piorou a porra toda. Não demorou dez anos para minha mãe ser morta provavelmente por isso, por meu pai não ter aceitado e ter construído seu próprio negócio longe de Mark, longe de problemas e olha, que grande merda.
Nunca mexa com uma Blackburn, Mark. Filho de uma grande puta.
"May, May. Calma."-Escutei a voz das meninas depois de um tempo e me dei conta que fui para na sala.
"Calma, eu to suave."-Fingi uma risada e escondi toda a dor que estava sentindo.
"Não você não está, eu sei."-Cara disse e me abraçou.
Cara é uma das poucas pessoas que realmente me conhecem, que sempre me entendem e que sempre me ajuda. Ela é realmente a minha amiga, somos amigas desde que me entendo por gente, nossas mães sempre foram muito amigas desde bem pequeninas assim como a gente. A mãe dela a criou sozinha com todo esforço do mundo e quando viu que realmente não ia dar conta de cuidar dela sozinha, entrou para o mundo do crime com ajuda da minha mãe, por sorte ou sei lá... Destino, ela ainda está viva e e deve estar com o resto do pessoal em outro país.
Então abracei Cara, não pude conter as lágrimas e apenas as soltei , soltei como senão houvesse amanhã. A blusa dela deveria estar toda suja do resto de maquiagem que ainda restava em meu rosto. Eu era incrivelmente forte no passado, eu não sei o que me aconteceu, a morte da minha mãe ainda mexe tanto comigo. Será que vai mais quantos anos e eu ainda vou continuar assim? Quantas décadas vão se passar e por quanto tempo essa dor ainda vai continuar?
"Você é forte, estrelinha."-Ela diz em meu ouvido e me faz chorar cada vez mais.
"Não sou, eu não sou mais."-Falo com um som abafado por estar com meu rosto apoiado em seu peito.
Ela não diz mais nada, apenas me abraça cada vez mais forte. Quem diria, o cara que no passado (bem passado, por sinal.) mataria a mulher que era amiga. Certo que ele não se batia muito com meu pai, mais que caralhas minha mãe tinha haver com essa putaria desses cretinos? Eu nem sei o que é certo sentir nesse momento.
"Estrelinha?"-Ela me chama.
Era o apelido que minha mãe me deu desde quando nasci e acabou pegando, a maioria das pessoas me chamam assim. Minha mãe dizia que estrelas brilham muito e que eu ainda iria brilhar de mais, e colocou no diminutivo por eu ser bem pequena.
"Oi?"-Falei após um longo suspiro.
"Você é forte sim. Você já viveu 100% dos seus piores dias. Você já aguentou tanta coisa, ainda aguenta né? Se eu tivesse no seu lugar nem sei se estaria viva ainda, chorar é normal, May. É a dor, ela faz isso com a gente. E eu quero que você saiba que eu sempre vou estar contigo, sempre."-Ela diz e me deixa um beijo em minha testa.
Limpo meu rosto e me afasto dela, do nada. Observo em volta e percebo que Lee não estava mais ali e depois de encarar a expressão confusa dela eu digo.
"Eu acho que tenho um plano."-Falo baixo e abro um sorriso em meio a algumas lágrimas que mesmo assim, escorriam em meu rosto.
CONTINUA...
Gostaraaaaaaaaaaaaaaam? Bem chorona skjaakdj, bem minha cara.
Deixa a estrelinha, plis <3
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On my way
Teen Fiction"Ashley Blackburn era minha mãe. Uma mãe incrível que fazia de tudo para me proteger, e dia 14 de dezembro de 2012 perto de um dos melhores dias do ano para a maioria das pessoa que para mim foi um inferno. E hoje, depois de cinco anos que minha mãe...