10- O INÍCIO DO FIM

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Meus demônios encontraram um caminho até o reino dos Elfos Negros. Um deles encontrou o antigo local da batalha e não muito longe dali onde enterraram o Éter. Porém, quando chegamos lá havia uma mulher caída. Ajoelhei-me perto e passei de leve minha mão em seu braço. Suas veias se mostraram vermelhas.

-O Éter está dentro dela. Quem é essa mulher? Já a vi em algum lugar.

-Ela é a amada do Thor, minha rainha.

-Mesmo?! – Olhei para o meu demônio com um enorme sorriso nos lábios- Oh isso vai interessante! Se as lendas estiverem certas, Malekith está acordando.

-O que faremos com ela?

Senti que Heimdall a procurava. Tratei de esconder a mim, meus demônios (ele é único, além de mim, que consegue vê-los) e a ela também.

-Vamos leva-la de volta para Midgard.

-Por que, minha criança?

-Thor está em busca da mortal. Quando Heimdall disser que não a vê, ele ficará preocupado. Em Midgard retiro o véu que a está escondendo, o Deus do trovão a levará para Asgard e o Malekith irá atrás. A destruição da cidade começará.

Levamos a mortal de volta, observamos até ela acordar. Vi o Thor aparecer e usar a Bifrost;

-Hora de voltar a Svartafheim, meus queridos.

Malekith já estava no local com alguns dos seus... Conterrâneos. Aproximei-me; ele falava sobre seu legado e seu ódio por Asgard.

-Olá, Malekith.

Eles levaram um susto, pois não haviam notado minha aproximação.

-Quem é você?

-Eu sou Cristie de Centurion.

-Matem-na!

Alguns se aproximaram, mas os derrubei facilmente com minha energia. Então, fiz o Malekith e seus guardas ficarem paralisados.

-Não consigo me mexer! O que você fez comigo, bruxa?

-Eu sou filha do senhor dos dez reinos, acha mesmo que sou tão fraca quanto uma bruxa? – Cheguei bem perto dele. –Uma vez conseguindo entrar nas profundezas da mente de alguém, se consegue qualquer coisa do corpo dessa pessoa.

-Você não irá nos parar! Vamos destruir Asgard e pegar o Éter de volta.

Eu sorri.

-E quem disse que vim pará-lo? Oh Malekith! Eu odeio Odin e sua família até mais do que você. Quero vê Asgard em ruínas. Eu estou aqui para ajudá-lo.

Após uma promessa de me ouvirem até o fim, os libertei do meu controle mental. Fiz um resumo do que houve com o décimo reino, com minha família e comigo. Então começamos a negociação, nós falamos sobre o que eles querem; o que eu quero; o que eu ganho; o que ele ganhará. Malekith, é claro, ficará com o Éter e fará o que bem entender com ele. Já eu, bom, ver a destruição de Asgard já seria um bom ganho, porém gostaria de um algo a mais...

Demos início ao planejamento. Eu faria Heimdall não vê-los, pelo menos até certo ponto. Uma nave de distração para as outras entrarem. Enquanto isso, um dos monstros já teria se infiltrado nas masmorras mantendo o Deus do trovão ocupado por um tempo. Havia ainda o problema do escudo, mas com a garantia de esse monstro ser, praticamente, indestrutível. Informei o local onde se encontrava o núcleo que faria o castelo ficar vulnerável.

Malekith conseguia sentir o Éter, ele saberia o lugar em que a mortal estaria. Eu o alertei sobre ela ser a amada de Thor, portando a rainha tentaria mantê-la perto. Afirmei que não deveriam subestimá-la, Frigga é uma boa lutadora e tem grande poder de magia, no entanto ele já não me ouvia nessa parte, pois deu início ao seu ritual para a futura transformação do amigo.

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