⌜⌞ Capítulo Quarenta e Quatro ⌟⌝

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A pior parte daquele dia era que não parecia ter fim. Se não bastasse o fato de Mark ser uma bela de uma vela, ter de aturar os seus amigos recebendo mil e uma cartinhas era totalmente constrangedor. Na verdade, não era que Mark não havia ganhado carta alguma, mas dentre aquelas dezenas de cartas sobre a sua carteira, só algumas vieram, de fato, de algum (a) admirador (a) secreto (a). O resto, infelizmente, foram todas escritas por Chenle. 

Quem dera que fosse Jisung o verdadeiro emissor daquelas mensagens...

  — Mark Lee — era o segundo nome mais chamado pela professora, pois o primeiro era Zhong Chenle.

 Renjun riu baixinho quando viu o mais velho levantar-se da sua carteira e encaminhar-se para a mesa da professora, onde lá estava uma caixa com todas as cartas mandadas para a sua classe. Ele pegou a sua nova carta e, sem interesse algum, rompeu a figurinha de ursinho — que ele bem sabia pertencer ao caderno do chinês — e leu o conteúdo.


"Markitos,

You look so beautiful today! Ainda espero a sua resposta sobre o meu convite, pois estou muito ansioso! Sabe... Já que você tanto gosta do Abelhudo, o que acha de eu usar amarelo e preto? Será um prazer te acompanhar! Só preciso que você me note, apenas!

Ass: ur favorite chinese"


Mark respirou fundo e caminhou para a mesa de Chenle, aproveitando que ficava no meio do caminho para a sua. Como o Zhong estava prestando atenção na próxima pessoa chamada pela professora, teve de sobressaltar-se ao sentir uma mão macia alcançar o seu queixo e erguer a sua cabeça na direção do rosto daquele alguém. 

  — Eu aceito — sussurrou Mark, logo em seguida retirando a sua mão daquele rostinho chinês.

Zhong virou-se para Renjun quando viu Mark afastar-se, sacudindo as mãos e dramatizando um tiro no peito, insinuando o quão estava acelerado o seu coração.

  — Quem é Lee Jong Suk ao lado de Chenle? — foi o que Renjun falou, revirando os olhos e continuando a lixar as unhas.

  — Huang Hanjun! — a professora chamou seu nome.

— Meu Deus, esse chorume nunca acerta o meu nome! — Renjun revirou os olhos — Vai lá, Haechan, pegar o meu negócio!

Haechan respirou fundo e levantou-se para pegar a carta do chinês, aproveitando para esclarecer para a professora a verdadeira e correta pronúncia de Renjun. Enquanto isso, Chenle ia comentando sobre o modo que Renjun tratava Donghyuck.

  — Pelo menos eu tenho mais chances de pegar Haechan, do que você pegar Mark — riu feliz, o Huang.

Chenle soltou um palavrão.

— Para a sua informação, projetinho de bosta, eu vou sair com ele essa semana! — deu de ombros.

  — Virei hétero! — Renjun ergue as mãos e balançou-as, como se estivesse comemorando.

— Aqui, Jun Jun — Haechan apareceu ao seu lado e entregou-o a carta que Renjun recebera.

 Chenle revirou os olhos e imitou, fazendo uma vozinha infantil e irritante:

  — Aqui, Jun Jun! Aqui, Jun Jun! Aqui, fucking Jun Jun! Aqui, caralhos de Jun Jun! Aqui, porra o caralho da tua carta, Jun Jun. Aqui a merda do meu dedo do meio, Jun Jun! — Chenle, por debaixo da mesa, ergueu o seu dedo do meio para o outro.

Renjun pôs a mão no peito e fingiu uma surpresa.

  — Ownt, que lindo...  Viu isso, Chan Chan? — cutucou Haechan com o dedo.

Respirou fundo o chinês Zhong e revirou os olhos.

  — É sério, eu vou sair com Mark, Renjun. E nós vamos assistir alguma coisa... — suspirou apaixonado. 

  — Na minha opinião, Mark está só te usando, Chenle. Não está claro para você? Mark nem gosta de ti, garoto, como é que do nada ele aceita sair contigo? E, também na minha opinião, você é um belo de um trouxa, viu? Ficar por aí correndo atrás de macho que não te quer... — Renjun fez uma cara feia e abanou a cabeça —Aliás, Chenle, às vezes você é mais escroto que eu, então eu entendo o fato de Mark não te querer. Por que ele namoraria com alguém que se joga do último degrau da arquibancada só por conta de um paramédico oppinha?

Chenle simplesmente mordeu o lábio inferior enquanto escutava aquelas palavras e, quando viu-o concluir o discurso desnecessário, cuspiu:

  — Acha que a sua opinião é bunda para querer me dar? — levantou-se — Enfia a sua opinião no meio do teu cu!

A sala ficou em silêncio logo naquele segundo e, Jisung, que estava na frente da sala pegando a sua única carta recebida, virou-se para o seu supremo amor e, atônito, segurou todas as palavras que gostaria de soltar. E algumas delas era: Isso foi pesado...


NOTAS

Boas novas, galeris, como vcs ficaram tão sads no cap anterior, venho aqui dizer q, talvez, cheguemos até  o cap 55 ent temos uns 11 vindo por aí. N fiquem tristes, plz. E sorry pela última fala do Chenle nesse capítulo, preciso realmente me desculpar. Bye, babies! Comam e durmam bem! <3 <3 <3

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora