⌜⌞ Capítulo Quarenta e Seis ⌟⌝

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Zhong Chenle sentia-se o maior afortunado do mundo quando viu-se de frente ao teatro. Marcara às sete da noite, mas ainda era seis e meia e ele estava checando o relógio de um e um minuto à espera do seu canadense. Segurava o panfleto da peça nas mãos e abanava-se euforicamente, embora estivesse sentindo frio por conta daquela ventania toda. 

Sozinho naquela entrada, ia pensando quando é que Mark iria aparecer. Mas a resposta veio logo, sendo anunciada com um celular que vibrava sem parar. Gritou de susto e tirou o aparelho do bolso; quis gritar de tristeza quando checou a mensagem do Lee alegando que adoecera e que não podia ir.

Era uma mistura de raiva e tristeza, realmente. Chenle produziu-se demais para aquilo. Mas não era essa a questão, era muito maior. Mark dera esperanças para ele, então ele estava se sentindo muito mal por aquilo.

  — Chenle? — uma voz doce soou ao seu lado. Ele reconheceu-a instantaneamente.

Zhong virou-se para SungBee.

  — Você? O que faz aqui? Vai me dizer que tem bom gosto? — fungou para disfarçar as lágrimas que formaram em seus olhos. 

— Ahn... O que aconteceu? Você... Se esqueceu de mim? — Jisung concertou o gorro amarelo e aproximou-se mais do chinês.

  — Te esquecer? Você é da mesma classe que eu, Abelhudo! — Chenle revirou os olhos — E você não respondeu as minhas perguntas.

— Ah, desculpe. É que eu vim assistir uma peça. Sobre eu ter bom gosto... Bem, eu gosto de você — deu de ombros e sorriu.

Chenle ficou parado por alguns segundos, depois riu com uma falta de educação estrondosa.

  — Ah, para! Desce daí, querido, eu não acredito nisso, não! — continuava rindo.

Jisung não estava entendendo nada.

— Mas você esqueceu? — o sorriso de Melzinho sumiu.

  — Por acaso eu tenho cara de quem sofreu amnésia? Ficou louco, foi? Ah, quer saber? Estou triste o bastante e já me estressei demais, Abelhudo. Se quiser, pode vir assistir comigo, pois estou com muito frio e você falando me irrita!  — puxou-o para dentro do teatro.

Abelhinha não sabia se ficava feliz com o pedido ou triste com a forma rude com que Chenle se expressara. Sorriu quando sentiu-se puxado e animou-se com a peça. Tremeu durante a apresentação toda, pensando em qual seria o momento em que Chenle pararia de ignorar a sua presença e tomaria a sua mão para um carinho, como bem ele via nos dramas.

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora