⌜⌞ Capítulo Quarenta e Nove ⌟⌝

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— E então? Qual vai ser? — Chenle enfiou a colher dentro da boca e deleitou-se com o doce do chocolate e do morango — Vai me contar ou está difícil?

— Deixe, deixe — SungBee abanou as mãos, querendo afastar o assunto — Esqueça.

— Não mesmo! — exclamara o Zhong — Endoidou, foi? Meu nome está nessa merda aqui! Vocês me envolveram e agora você vai explicar.

SungBee suspirou.

— Eu tenho uma paixão por você — enfim, dissera — Quer dizer, eu nem sei mais se é tão real assim! Se Mark é quem escreve as cartas, significa que eu não gosto tanto assim de você, mas eu gosto de você e pensei que...

— Querido, meu processador é XP. Speak slowly, please — Chenle interrompeu-o.

— Eu estou envergonhado, hyung — abaixou a cabeça com cuidado, para então enterrá-la entre os dedos longos.

— Eu que to aqui estagnado, querido, de vergonha alheia. Agora me conte esse babado senão nois vai agora na casa do meu homem resolver esse negócio.

— Seu homem? — Jisung engoliu em seco — Vocês namoram?

Chenle pensou por um instante.

— Hm... Quase isso.

SungBee estava muito mal naquele momento, não sabia em que raios pensar primeiro. Saber que Mark esteve o tempo todo com o seu coração era angustiante, e saber que ele era tão próximo assim de Chenle fazia-o ter dor de barriga. Sentiu como se fosse pôr para fora toda a refeição consumida durante a noite. E de repente sentiu frio, uma tremenda vontade de chorar até que tudo se tornasse bem outra vez. Quando ele não tinha feito amizade com Mark.

— Já deu para mim — Jisung levantou-se rapidamente e deixou sobre a mesa o pouco de dinheiro que tinha para ajudar a pagar a conta — Boa noite, Chenle.

Apressado o loiro foi ao esticar as pernas para deixar o estabelecimento. No entanto, quando já encaminhando-se ao ponto de ônibus, Chenle viera correndo e gritando feito um louco para que conversassem direito. SungBee não queria conversa, não queria escutar mais coisa alguma.

— Eu te pago um Uber — Chenle estava agoniando-o daquela maneira, puxando a manga da sua roupa e repetindo as mesmas palavras.

— Chenle, por que você quer tanto saber disso? Não está na cara que Mark enganou a nós dois?

— Ele não me enganou! Quem foi o trouxa foi você, não eu.

— Ah, então quer dizer que você sabia que ele estava usando a sua assinatura? Estava se passando por você?

— Não!

— Então que seja essa a minha resposta para sua proposta de Uber. Eu prefiro ir de ônibus — virou-se.

— É sério, Abelhudo, eu só quero te ajudar! — Chenle nem se reconhecia naquele momento, mas talvez fosse a pena.

SungBee não conseguiu recusar, então apenas ficou quieto de braços cruzados esperando o motorista aparecer. Quando finalmente entraram no veículo, Chenle veio conversar:

— Ta, eu não entendi um pouco direito. Você gosta de mim, essa parte está ok. Agora, o que o Mark tem com isso?

— Hyung, o Mark pelo menos te mandou uma carta escrita por mim?

Chenle pensou e pensou. Finalmente recordou-se do abençoado dia em que Mark Lee trouxe uma carta e Chenle logo pôde saber de quem era. E então ele compreendeu tudo. Sim, a culpa era parcialmente sua.

— Ahn... Sim — hesitou ao contar a verdade.

E então Abelhinha sentiu-se pior ainda, principalmente ao saber que o Zhong havia recebido a sua carta e ignorado-o. Percebeu que estava muito machucado, mais do que pensou que estava. Chenle havia negado seu amor, Mark havia mentido por todo esse tempo e ele já nem sabia mais quem amava.

— Ai, quer saber, Chenle? A coisa mais idiota que fiz na minha vida foi ter inventado esse meu amor por você. Tudo estaria diferente se não fosse por isso.

O chinês apenas suspirou, concordando com o dito. Ele sentia pena.

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora