Amore primaverile

348 39 305
                                    

Capítulo único-

Maio

Estava uma manhã ensolarada, mas afora fazia um frio delicioso. O vento soprava contra as folhas das árvores, fazendo-as dançarem. A natureza cantava através do barulho das folhas, da brisa e da água de um riacho próximo dali, que se colidiam com as pedras e caíam fazendo uma cascata magnífica.

Noah acorda com o barulho incessante e fastidioso de seu despertador. Abriu e fechou seus olhos verdes para poder se acostumar com a claridade que o Sol irradiava e que se espalhava pelo quarto através das frestas de uma persiana azul.

Quando Noah finalmente tomou coragem para levantar da sua cama quentinha e macia, sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo, por conta do choque térmico entre o seu pé quente e o chão extremamente gelado.

Ele caminhou até a janela e viu como o dia estava belo. De fato, era um sábado típico para um passeio calmo. O encantamento do garoto era nítido em seus olhos que brilhavam por conta da paixão que ele tinha pela natureza. O céu estava com o tom de azul mais claro possível, haviam algumas nuvens tão brancas que Noah, automaticamente, comparou com o algodão doce que ganhara de Jack a um tempo atrás, no parque de diversões.

Suspirou. Um suspiro alegre e com saudades.

De repente, Noah se lembra de que não havia, sequer, escovado os dentes. Sua barriga fazia um barulho alto o suficiente para que o garoto percebesse que a fome havia aparecido para dizer oi.

Ele foi para o banheiro e, assim que terminou tudo o que precisava fazer, dirigiu-se às escadas e desceu contando os degraus. Neste instante ele tomou ciência de que, todos os dias, ele subia e descia onze degraus.

Sua mãe já havia preparado o café da manhã: pão com queijo branco e um copo de leite com café. A mesa estava farta, como todos os dias, dessa forma os quatro integrantes daquela casa, denominada de "Família Schnapp", podiam desfrutar de uma grande variedade de alimentos.

Quando Noah sentou-se à mesa, falou bom dia para a sua família com um sorriso enorme no rosto. Eles comiam e conversavam, estavam todos com um bom humor invejável. E era quase sempre assim - porque todos temos dias ruins -, a família Schnapp era extremamente unida e amorosa. Eles não guardavam segredos uns dos outros, não por muito tempo.

Nada podia estragar esse dia, pensou Noah.

Depois do café maravilhoso, o garoto teve a ideia de ir ao parque aproveitar este magnífico dia que lhe foi proporcionado pela primavera. A sua estação do ano favorita.

Subiu aqueles onze degraus com pressa, sentindo um frio na barriga e o coração acelerado por conta do que faria a seguir. Chegou em seu quarto novamente e pegou seu celular rapidamente.

"Oi, bom dia! Você quer ir ao parque comigo? O dia está lindo hoje..."

... assim como os seus olhos, completou Noah mentalmente e enviou a mensagem à Jack. Ele sentia-se ansioso.

♥♥♥♥♥

Em uma rua mais à frente, encontrava-se um garoto completamente entediado e com uma carranca - adorável, de acordo com Noah - estampada em seu rosto. Ele queria sair, mas não sabia para onde e nem com quem.

Jack não havia aberto as janelas. Para ele, continuar a dormir era a única atividade que, supostamente, ele poderia fazer neste sábado entediante. O garoto de cachos encarava o teto de seu quarto enquanto se lembrava de vários momentos com uma certa pessoa. E a sua carranca de antes, tornara-se um sorriso bobo que exalava carinho e saudade.

Amor de primavera • JoahOnde histórias criam vida. Descubra agora