Imperador: 1. Aquele que impera, reina, governa.
2. Soberano ou monarca supremo de um império.
Caos: Desordem, confusão e tudo aquilo que está em desequilíbrio.
Blarson é um sobrenome de peso, carrega muito valor e dinheiro, sem contar com to...
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Dylan Blarson
Me acorde Você não vai me acordar? Eu estou presa em pesadelo Presa em um pesadelo Bad Dream - Ruelle.
Esse é o recomeço após o fim de uma vida inteira, e eu odeio recomeços. Odeio todo o choro derramado, todo o medo irracional, toda a dor destrutiva, e, principalmente, odeio que nenhum recomeço é planejado.
Eu não planejei a morte dos meus pais, o sofrimento das minhas irmãs ou vir morar com minha tia. Não planejei sair da Grécia para entrar em uma cidade no fim do mundo, minúscula e que nunca havia ouvido falar. Não planejei ter minha vida embaralhada de uma hora para a outra. Se bem que nada para mim foi planejado.
Talvez seja uma espécie de carma, e eu esteja findado ao fracasso. Minha existência até poucas semanas atrás era boa. O aluno nota dez, o irmão carinhoso, filho responsável, um quase adulto confiável. Agora sou apenas mais uma pessoa despedaçada nesse mundo miserável e cruel.
Minha perspectiva de vida não é nada boa. Provavelmente vou começar a faculdade de administração para assumir os negócios da família. Seria algo bom se eu quisesse esse futuro para mim, mas o X da equação é exatamente esse, eu não quero. Definitivamente, sou um grande derrotado.
Há um bom tempo que quero morrer, simplesmente deixar de viver, parar de respirar, o coração não bater mais, meu cérebro não funcionar. Morrer. Não estou na posição de escolher como quero minha morte, natural, acidental ou assassinato. Eu posso me matar, tenho todos os requisitos para fazer tal e além do mais eu quero. Mas, eu não posso ser tão egoísta assim.
Tenho duas irmãs para cuidar, e isso é mais do que suficiente para desistir dessa ideia. E, agora, nossa tia também está com a gente. Elas não merecem perder mais alguém, são boas demais para isso.
Tia Olívia pode muito bem ser comparada com um anjo. Eu, realmente, não me recordo da última vez que havia recebido um abraço tão acolhedor, onde eu pudesse me deixar desmoronar, onde me sentisse seguro. Ela foi mais mãe em uma semana do que a minha havia sido em dezoito anos. Não que ela seja perfeita, longe disso, mas ela nos ama, e, por ora, isso é tudo o que precisamos.
BeaconHills, é para onde estamos indo, cerca de cem quilômetros do aeroporto do condado de Beacon, acho que estamos há uma hora na estrada, isso porque minha tia respeita todas as regras do trânsito e não pretende ultrapassar os sessenta quilômetros por hora. Não, nunca em minha vida havia ouvido falar dessa cidade. Olívia nos disse que é tranquila e agradável, e tudo o que eu preciso no momento é não ter mais com que me preocupar. Digamos que não é a coisa mais fácil do mundo lidar com a morte dos pais, eles sendo bons ou terrivelmente cruéis, como os meus.
— Querido? – A voz de minha tia me tirou de meus devaneios, olhei para ela, que parecia preocupada. No banco de trás, Skye e Maya dormiam apoiadas uma na outra, sorri minimamente com a cena.