A palavra Vodu deriva do Vodun = adeus, espírito ou objeto sagrado, no idioma Fon da África Ocidental. O termo designa principalmente crenças e práticas que ocorrem no Haiti, onde a maioria da população descende de escravos negros. Mas, por extensão, na forma internacional Voodoo, a palavra se aplica tanto à macumba brasileira, quanto às práticas similares só Caribe e Sul dos EUA (Estados Unidos da América).
A idéia é de magia negra, superstição rude, procedimentos sinistros e malignos como o de crivar bonecas de alfinetes, acender velas negras ao Baron Samedi ("Barão Sábado" Senhor do subterráneo).
Na Jamaica, essas atividades são conhecidas como obeah, e os haitianos também sabem disso.
Entretanto, o Vodu não se limita a isso. Ele compreende também uma religião sistemática, na qual os deuses baixam e possuem os fiéis, enquanto espíritos ancestrais são invocados para pronunciar oráculos e influir no lar.
Esses dois aspectos distintos do Vodu --- superstição livre , doutrina disciplinada --- poucas vezes se distinguem nitidamente entre si. Desde cedo, as crianças são ensinadas a ser Boas e temer o sobrenatural, o que lhes deixa uma marca indelével mesmo ao longo de uma vida adulta educada e refinada.
Acredita-se no Vodu, por exemplo, que as crianças não devem deixar os cabelos molhados: A água é um solvente e além disso é um ímã para espíritos. Como a cabeça é tida como a sede do espírito da pessoa, cabeça molhada é um evidente perigo, sobretudo quando quando umedecida pelo sereno, pois a noite vive povoada de duendes capazes de horrendos malefícios.
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A religião do medo: O Vodu
SpiritualSeus adeptos têm medo das sombras. Mas vão aos cemitérios e conversam com os mortos.