Capítulo 29

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(Leonardo)

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(Leonardo)

37 dias depois

5 de agosto de 2042

Ítalo finalmente assumiu o namoro com a Safira. É a notícia do século.

Há um mês ela recebeu alta e, duas semanas depois, quando Cauã marcou um almoço com toda a família e amigos mais próximos, eles anunciaram a "excelente" notícia. É claro que as frases mais escutadas durante aquele dia e as semanas seguintes foram "eu já sabia", "demoraram assumir", "formam um lindo casal" e outras do tipo.

No fundo, bem lá no fundo, chegando às regiões abissais do meu ser, eu senti um pouco de ciúmes. Porque a Safira representou muito pra mim um dia, já fomos namorados e eu já fui completamente apaixonado por ela. Podem dizer o contrário, mas eu sei que foi amor. Eu a amei como nunca amei nenhuma outra garota.

Porém, como dizem por aí: o mundo dá voltas, e Deus sempre tem suas surpresas guardadas para nós. A questão é que, com o passar dos dias desde que dei carta branca ao Ítalo, eu fui me esforçando ao máximo para fechar os olhos para a Safira e tocar a bola, virar a página, olhar adiante e essas outras expressões afins.

Confesso que não foi fácil esquecê-la, ou melhor, superá-la, porque esquecer mesmo... Acho que nunca vou. Até porque nem tem como, já que ela faz parte da minha família agora e que, vale ressaltar, vai estar presente nos passeios e almoços que marcarmos.

Eu fui aceitando que meu irmão a ama e que pode cuidar dela muito melhor que eu. Enquanto isso, eu precisava seguir em frente, me concentrar na minha vida e em sarar meu coração com a ajuda de Deus. E foi então que Ele me mandou uma pessoa especial para auxiliar nesse processo também.

A amizade com a Sama foi se intensificando de maneira tão natural que acabamos nem percebendo que já estávamos tão próximos. De melhor amiga da garota que eu amava, ela virou minha melhor amiga, prima da namorada do meu irmão. É, muita confusão pra cabeça de quem não acompanhou nossa história, mas a questão é que ela me ajudou a prosseguir. Virou a amiga, confidente e parceira que me acompanhava nas programações de folgas e feriados e estava sempre do outro lado do telefone quando eu precisava desabafar.

Quando fui me encantando por nossa relação fui me tornando, automaticamente, um amigo melhor: percebi que, sempre que ela precisava de mim, eu estava lá, mas isso acabou gerando sentimentos confusos. Nossos apoio e carinho mútuos mexeram demais com nossas mentes, ou melhor, com nossos corações.

Em junho, antes da cirurgia da Safira, acabei beijando a Samantha. Eu não sei especificamente por qual motivo fiz aquilo. Estávamos falando da Safira, depois ela deu um ataque de ciúmes e eu achei sua atitude tão boba que queria mostrar a ela que não tinha motivos pra sentir ciúme. Talvez porque sua prima estava apenas no passado, e agora ela estava no presente comigo. Ou talvez porque elas simplesmente ocupavam posições diferentes na minha vida e não teria como comparar uma à outra.

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