PRÓLOGO

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Alycia sorriu, apoiando os cotovelos na barra de ferro do guarda-corpo do terraço e virou-se para Charles. Ele sorriu de volta, erguendo as sobrancelhas, dando um passo para o lado, encostando o braço no dela de forma íntima, porém quase despercebida.

Os cabelos negros de Alycia se espalhavam em volta do seu rosto e Charles notou o quanto os olhos dela pareciam mais escuros com a luz da lua. É, aquela nem de longe era a garota do colegial que costumava ser sua amiga, era uma mulher poderosa e cheia e si que sabia exatamente o que queria para sua vida. Ela era maravilhosa.

— Certo, senhorita Vanderbilt — Ele começou, cruzando os dedos depois de lhe entregar uma taça de champanhe que o garçom distribuía aos convidados. — Aos 30 e poucos — Ela revirou os olhos, mesmo com o sorriso no rosto. —, quais suas pretensões?

Alycia pigarreou e umedeceu os lábios, olhando para o horizonte luminoso de Nova York lá embaixo.

— Bem, senhor Heisenbolt, minhas pretensões são, um, começar a terceira faculdade, dois, parar de pintar o cabelo e — Ergueu um dedo, enumerando sua última ideia. — três, conseguir ficar um dia sem celular.

Charlie franziu o cenho e a olhou com uma careta.

— Para o resto da sua vida essas são suas pretensões? — Ele puxou sua mão, enfiando o nariz na taça em seus dedos. — O que você anda bebendo?

Alycia puxou a taça para longe e sorriu sugestiva.

— Se eu te contar, todos saberão o meu segredo. — Piscou e ele negou com a cabeça. — E sim, para o resto da vida essas são minhas pretensões. Se eu quiser ser surpreendida não posso colocar expectativa. A vida é feita de momentos impensáveis e até mesmo inimagináveis, e quanto mais eles acontecerem, mais felicidade você vai ter.

— Eu esperava que sua resposta fosse casamento e filhos, mas acho que prefiro essa versão. — Deu os ombros. Alycia respirou fundo e se virou, o encarando.

— E pra você, Charlie, quais são suas pretensões? — O empresário coçou a barba e se encolheu, quase envergonhado.

— Acho que posso tentar ficar um dia sem celular. — Respondeu e ela riu, jogando a cabeça para trás. Era um riso gracioso. — Me pareceu mais promissor vindo de alguém como você.

— Alguém como eu? — Subiu a sobrancelha, desafiadoramente. — O que quer dizer com "alguém como você"?

— Alguém que sabe exatamente o que está fazendo ou que finge muito bem. De toda forma, estou disposto a tentar. — Ela sorriu, se aproximando dele, batendo o ombro no seu.

— Vamos lá, Charlie, sabemos que é a segunda opção. — Bebericou em sua taça. — Mas se quiser tentar, sei ótimas coisas que poderão te ajudar nessa jornada.

— Sério? Por exemplo, quais? — Alycia se aproximou, colocando a mão ao lado da boca para fingir um sussurro.

— Se eu te contar, todos saberão o meu segredo. — Disse ao se afastar.

Charlie se virou, observando Alycia Vanderbilt se misturar por aquelas pessoas com destreza e mascarar com perfeição sua diabólica e pervertida personalidade, fazendo com que tudo que ele quisesse naquele momento fosse saber dos seus segredos. 

Nas mídias temos Alycia Vanderbilt e Charles Heisenbolt sorrindo para vocês e mostrando que são uns nenês

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Nas mídias temos Alycia Vanderbilt e Charles Heisenbolt sorrindo para vocês e mostrando que são uns nenês.

A30T estréia em breve e os comentários são sempre bem vindos, assim como as opiniões. Espero que gostem e se divirtam assim como eu estou me divertindo escrevendo essa história. Bem vindos e vamos que vamos!

Aos 30 e tantos (Desgutação | Em breve)Onde histórias criam vida. Descubra agora