I could never run from him

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Kylie’s P.O.V

Olho para minha direita e sinto o vento pela janela do carro, meus dedos congelam pela noite que se passa, só consigo ver os borrões passando pela cidade. Ele não diminui a velocidade, e nem quero que faça, eu só quero sentir a adrenalina nas minhas veias enquanto posso.

Apenas lembro de uma frase que li em algum lugar uma vez -"Se um dia a velocidade me matar, não chore, saiba que morri sorrindo." - descrevia ele perfeitamente, é disso que ele gostava, do desconhecido, de saber que a qualquer instante poderia estar morto, ou ganhando milhões de dólares de alguns panacas por aí.

Talvez se eu tivesse fugido dele naquele tempo... não, eu nunca conseguiria. É intenso demais, louco demais, o que temos é real. Pelo menos para mim.

Olhei novamente para a pista em nossa frente e ele era rápido, deveríamos chegar em alguns minutos ao nosso destino, ele é bom. Talvez mais do que eu deveria achar.

Justin parece descontraído enquanto dirige pelas ruas de Atlanta, como se ele fosse o rei do mundo, e se perguntassem a ele: "Eu sou o dono disso tudo, minha querida, e nada pode me parar".

Me desliguei de tais pensamentos quando percebi o carro balançar e sabia que estávamos perto do destino, eu só queria que tudo desse certo, pelo bem dele... e meu.

Desci do carro e logo vi os garotos mais a frente, todos com uma arma em punho. E é nessas horas que eu odiava quando Justin me envolvia em seu mundo.

-Parker, é um prazer ter você de volta doidinha. Sabia que ele ia te buscar novamente.

-Oi, Ryan. Oi, meninos! - respondi recebendo um retorno em uníssom. Era bom estar perto deles, eles entendiam o que eu passava para aturar Justin, e quando fui embora, entenderam que era necessário. Mas é como dizem, o mundo pode até dar algumas voltas, mas você sempre vai voltar para onde pertence. Karma é mesmo uma vadia.

E por mais que eu ame esses meninos, e muito mais um certo ser de olhos cor de mel, esse era o fim do poço para mim, e eu gostaria de conseguir sair daqui.

-Chega de papo, mãos ao trabalho. Siga me, doutura. - falando em karma.

Andando por aquele lugar eu sentia arrepios, já estive ali antes e nunca pareceu tão sombrio quanto agora.

Subimos dois lances de escada e pude ver em uma sala que estava com a porta aberta, Somers, ele estava com um cara amarrado na cadeira. Tortura. Aquilo me deu nojo, por mais que eu gostasse de Chaz, me sentia irritada. E depois foram-se mais cinco lances até o topo.

Muitos nessa situação poderiam sentir medo, mas eu apenas sentia angústia, pois eu sabia o que viria a seguir. O lugar era alto, e aqueles tanques não pareciam ser coisa boa. Medo do Justin? Não! Medo do Bizzle? Sempre que ele aparecia.

-Pode me dizer o motivo de ter me trago aqui?

-Uma pergunta, você... morreria por mim?

E quando ele aparecia...

-Sim! – por Justin, infelizmente, eu era capaz de tudo. Matar ou morrer.

-Não, não. Muito Fácil! - Bizzle era insano e imprevisível. Mas eu sabia jogar seus joguinhos. - Você...viveria por mim? Cuidado! Não diga algo sem pensar.

-Sim.

-Você realmente quer isso? Diga, diga, diga.

-Por favor!

-OH MEU DEUS! Você é tão... boa.

Eu sabia o que ele queria, e eu me considerava, além de tudo, estúpida por estar caminhando até a minha morte, por estar fazendo mais uma vez o que ele queria. Eu amava Justin, e era loucamente apaixonada por Bizzle. Eu sentia que uma parte de mim era tão louca quanto ele - se não pior - e era exatamente essa parte que me fez ir até a beira do muro quebrado sem a proteção, olhando em seus olhos, com muito insanidade, fazer o que ele me pedia silenciosamente. Ele queria lealdade. Não, ele queria submissão.

Eu me joguei e confiei em que tudo ficaria bem, só ele poderia me proteger, e se não ficasse?! Bom, eu já estava morta de qualquer jeito.

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⏰ Última atualização: May 11, 2018 ⏰

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