Lembranças

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O pôr do sol deixava o céu avermelhado em perfeita harmonia com Denise, ou Vermelha como é conhecida pelos amigos por causa de seus cabelos incandescentes, sua pele rosada em brasa, seu olhos num fulgor de mel e os lábios com o habitual batom vermelho inspirador de pecado, parecia que era um pedaço daquele céu que havia descido para adoração dos mortais.

Tranquila como as águas serenas de um riacho, desfilava pela rua apreciando o olhar desejoso e ou invejoso de seus observadores, isso, além de fazer muito bem pro seu ego, recarregava sua energia após um dia cansativo de trabalho, era cabeleireira e depiladora em seu salão, apesar do desgaste que sofria em alguns dias, ela adorava aquele ambiente, as conversas reveladoras e às vezes íntimas, a dança ao redor do cliente para cortar os cabelos e que a possibilitava se esfregar nos ombros ou pernas para um mero deleite ou provocação, e a sua parte favorita, o toque na pele nua, que em suas mãos, ficava lisinha na depilação, a possibilidade de apreciar e acariciar o corpo de outras pessoas sem um compromisso, isso a excitava.

Denise!

Ela olhou na direção de onde veio a voz que interrompia seu ritual, mas não reconheceu ninguém num primeiro momento, percebeu então que um jovem muito bonito se aproximava:

Oi! Lembra de mim? Sou o Guilherme! Frequentavamos a mesma igreja quando crianças.

Sim! Gui! Claro q me lembro de você, quanto tempo!

Esta um gato, quando criança era tão feinho, o tempo fez muito bem pra ele. Pensou ela, e enquanto conversavam lembrou da paixão que ele tinha por ela, mas ela só brincava o dando esperança, sem nunca sequer ter imaginado ter algo com ele, nessa época ela estava mais afim de garotos mais velhos, e seu pensamento voou…

‘Seus pais trabalhavam num órgão do governo na prevenção de epidemias, isso fazia eles viajarem no mínimo quatro dias por semana, o que a deixava sozinha com seu irmão e irmã mais velhos. Lembrou que com nove anos flagrou pela primeira vez o irmão vendo um pornô, levou um susto e se trancou no quarto chorando. O tempo passou e quando sua irmã se casou, esses filmes se tornaram mais comuns, seu irmão se sentiu o dono da casa e volta e meia ela o pegava assistindo a um vídeo de sacanagem. No início eles se assustavam e ficaram inibidos, mas aos pouco foram perdendo a vergonha e até fazendo comentários engraçados ou picantes sobre algumas cenas.

Um dia o irmão apareceu com uns amigos e umas cervejas e ela resolveu beber, afinal já tinha quatorze anos, e queria parecer mais madura para os amigos do irmão, principalmente pro Cássio, um moreno alto por quem ela era apaixonada desde a primeira vez que o viu.

A bebida foi subindo e quando ela percebeu, estava nos braços do Cássio dando um beijo de deixar puritanos escandalizados. Entre um beijo e outro, sentio sua mão sendo guiada para dentro das calças do rapaz e ao tocar aquela coisa dura e quente acabou percebendo que estavam sozinhos num canto da cozinha, puxou a mão um pouco sem saber o que fazer, então ouviu vozes na sala e falou:

Vamos ali ver um filme com eles?

E se arrependeu em seguida pensando que estava indo tudo tão bem até ela se assustar e ter uma atitude infantil. A surpresa foi ainda maior quando percebeu que o irmão tinha colocado um filme de sacanagem pra eles assistirem, agora não tinha mais volta, ou ia parecer muito criança.

Sentou num sofá duplo, ao lado de Cássio, tentando passar naturalidade, deitou no seu ombro e nos momentos mais quentes do filme, dava uns beijinhos no ombro ou no pescoço dele. Percebeu que seu irmão e outro amigo estavam com almofadas no colo e com uma mão por baixo faziam um movimento que não era totalmente estranho para quem já tinha assistido muitos filmes eróticos, ela sabia o que estava acontecendo ali e isso a deixou excitada. Querendo amenizar a atitude que teve na cozinha, colocou uma almofada no colo do Cássio e enfiou a mão por debaixo, abriu o botão da calça e baixou o zíper, ele a olhou um pouco surpreso, mas ela sorriu e o acalmou dando um beijo na boca, pegando com firmeza o membro dele e começando um movimento suave e constante. Não demorou muito e sentiu um pulsar diferente e então um líquido quente e pegajoso escorreu em sua mão, percebeu que seu parceiro esboçava um sorriso de satisfação, ficou massageando mais um pouco aquele membro, enquanto ia amolecendo e diminuindo, logo depois ele pediu licença e foi ao banheiro. Ela deitou no sofá e ficou cheirando e lambendo a mão disfarçadamente, queria saber o máximo possível sobre aquele novo elemento com que teve contato. Quando ele voltou, ela deixou ele sentar e apoiou sua cabeça no colo dele, não demorou muito e sentiu algo pulsando e cutucando sua cabeça, aproveitou para deitar de lado e, sempre que podia, esfregava o rosto com força e suavidade no membro pulsante.

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⏰ Última atualização: May 11, 2018 ⏰

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Vermelha - A cor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora