Helena Carter, 17 anos, mora com os pais e os irmãos em New York. Sempre foi uma garota com personalidade forte, não tem uma relação muito boa com a família, mas acredita que com os amigos e o namorado pode recompensar a ausência da mãe.
Quando tud...
Na segunda-feira me levantei antes do despertador tocar, tomei um banho e cantarolei trechos de Sorry Not Sorry da Demi Lovato. Estava feliz e isso era estranho. Vesti uma calça jeans clara, um moletom vermelho, e calcei um all star branco de cano médio, passei uma base no rosto, rímel que realçou meus olhos verdes e também um batom vermelho. Peguei minha mochila e desci para a cozinha.
— Bom dia!— digo sorridente.
— Espera aí, isso é um sorriso?— John pergunta rindo.
— Idiota!— falo e como uma torrada com geleia de morango.
Meu pai levou eu e John para a escola, entramos e algumas pessoas me cumprimentava e me elogiava quando passávamos pelo corredor.
— O que está acontecendo?— pergunto ao John.
— A Rainha do Baile se assumiu para o colégio todo mostrando como realmente é, você não está mais se escondendo por trás de uma touca.
— Isso é bom?— perguntei sorrindo.
— Com certeza!— John diz. Fomos até Alice, Henrique e Noah que estavam perto do meu armário.
— Olá, terráqueos!
— Olá, Rainha do Baile!— Noah diz.
— Adorei esse batom, amiga!— Alice diz. O sinal tocou e fomos para a sala. Durante a aula Noah me mandava fazer uma pose legal que faria um desenho meu, e claro ficou lindo.
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•••
Depois da aula, Henrique deixou eu e Alice no hospital e foi para o trabalho. Fomos para o refeitório e compramos sanduíches e suco de laranja, nos sentamos e comemos enquanto esperávamos minha mãe, eu tinha uma consulta e mais uma sessão de quimioterapia hoje.
— Aquele ali não é o Isaac?— Alice diz e meu coração dispara só de ouvir o nome dele, me virei para a entrada do refeitório e lá estava ele me olhando também. Aquele era a primeira vez que nos vimos desde que terminamos, isso só tem duas semanas. Não sabia o que fazer, se continuava o olhado, se fingia que nunca o vi, ou se o cumprimentava. Isaac pareceu ter a mesma dúvida, sua boca se abriu como se ele quisesse sorri em cumprimento, mas ele mordeu o lábio e caminhou até o balcão. Quando ele passou pela mesa que eu e Alice estava, ele murmurou um "Oi".
— Oi, Isaac!— Alice respondeu.
— Tudo bem?— ele perguntou e desviou o olhar para mim.
— Tudo, e você?
— Também, a Lily saiu da UTI.
— Não sabia, vou passar no quarto dela.— falo.
— Vai sim, ela vai gostar de ver você!— ficamos em silêncio por uns segundos.— Bom, até mais!
