O Sargento Tatuado -- LIVRO DOIS (CONCLUÍDO)

Quinze: Um Novo Começo

As coisas estão indo bem, a diretoria da escola está sabendo do meu estado e estão todos cuidando bem de mim. Minha mãe e a minha amiga estão me acompanhando ao médico para meus primeiros dessa minha jornada, meus irmãos estão acostumando sempre fazem brincadeiras e discutem o sexo do bebê que ainda não dá pra saber.

Erick nunca mais me procurou desde nossa última conversa, que aconteceu faz exatamente um mês.

Tudo parece estar volta do ao normal, até ele aparecer.

Estou saindo de uma loja quando esbarro por acidente num cara de cabelos pretos lisos jogado pro lado e sorriso encantador, olhos azuis e um cheiro de menta bom.

- Me desculpa!

- Tudo bem.

Sorrio de volta agradecendo pela ajuda com as sacolas até meu carro, acho que esqueci de dizer que tirei há carteira faz uma semana e ganhei de presente dos meus pais um carro.

- Obrigada e novamente desculpa, a propósito me chamo Mary!

- Eu quem agradeço, muito prazer sou Henrique.

- Nunca te vi na cidade, se mudou faz pouco tempo? - pergunto depois de fechar o porta-malas.

- Exato, vim com meus amigos para um campeonato se natação. Mais vamos morar aqui permanentemente, estamos nos instalando ainda.

- Que legal, então sejam bem-vindos!

- Agradecido.

Trocamos nossos contatos depois vou para casa, tudo indo muito bem.

(.....)

O jantar estava pronto ajudo minha mãe colocar há mesa, também esqueci de contar que Mark e Mikaela assumiram um namoro o que era bem tarde. Todos gostaram da notícia nem houve muita implicância o que em parte foi bom, eles estão mais firmes que tudo e fico feliz pela minha melhor amiga.

Temos que ficar felizes pelo sucesso deles!

Quando a campainha toca vou para cozinha pegar os pratos e talheres, organizo tudo depois chamo todos. Minha mãe disse algo engraçado que começo a rir mais não dura muito e a risada morre ao ver Erick passar pela porta.

- O quê ele faz aqui? - há pergunta sai automaticamente enquanto encaro Oliver ao seu lado.

- Acabamos de voltar de um chamado e não vejo problema de o convidar para comer conosco.

O clima logo ficou tenso, eu não sabia mais o que dizer e optei então em me calar e continuar arrumando tudo. Sentei ao lado de Mikaela que me encarava e com seu olhar tentava dizer que tudo ficaria bem.

Fazia um tempo que não tinha notícias dele, Erick me parece muito bem e pela sua roupa tem malhado bastante que bom, digo para saúde dele manter-se em forma sempre.

- Que chamado foi esse?

- Um jovem estava mantendo a ex-namorada sobre a mira de uma arma, foi difícil pai.

- Todos estão bem?

- Felizmente sim, mais não para o atirador claro.

A voz de Erick parece dominar o ar ao meu redor e perco o jeito, alguns me encaram mais desviam os olhares para seus pratos. Estou inquieta e não gosto de me sentir assim.

- Como está indo as consultas?

Encaro Erick pois sua pergunta foi diretamente para mim, bebo um gole de água antes de conseguir responder.

- Não que isso seja da sua conta, mais foram boas e o "problema" está bem.

- Mary!

Minha mãe chama minha atenção mais as palavras tinham saído, peço licença me retirando da mesa. Não consegui fazer isso, por mais que tentasse eu não conseguia olhar para ele.

Subo até meu quarto onde me encosto na janela, olho o céu estrelado com uma mão na barriga.

- Desculpa bebê! - sussurro baixinho.

- Posso?

Dou um pulo com a voz dele ali, me viro para ver ele entrando fechando a porta. Cruzo os braços apenas o encarando furiosa e magoada ao mesmo tempo.

- Por favor, vá embora Erick!

- Eu sei que me odeia, se que quer me matar nesse instante mais me deixa explicar que o problema cuja qual eu tentava me referir não era esse bebê.

- Não? Devia ter pensado direito em quais palavras usar antes de abrir a boca.

Ele coça a nuca depois inspira fundo.

- Eu quero esse bebê do mesmo jeito que você, quero ser um bom pai e fazer o certo para vocês.

- Sabe que isso não vai ser fácil Erick!

- Mais preciso tentar pois não quero me arrepender de nem ao menos ter tentado, mas preciso que você me deixe fazer parte desde já da vida desse bebê.

Respiro fundo para segurar as lágrimas e vou me aproximando.

- Se você quer isso como eu, vai ter de se comprometer completamente.

- Eu prometo!

- Eu te ligo nas próximas consultas.

Um sorriso surge de seus lábios e aquilo desmonta tudo dentro de mim, aquela boca, sinto falta dela. Afasto os pensamentos forçando um sorriso.

- Desculpe!

- Não tão fácil assim.

Ele recua alguns passos mais não custa deixar ceder por essa noite, fecho o espaço entre nós e pego sua mão levando para minha barriga.

- Bebê esse é o seu pai!

- Oi!

Erick se ajoelha encarando minha barriga sorrindo, essa cena fica na minha cabeça até há hora que ele vai embora. Deitada na cama sorrio, talvez isso venha dar certo.

Que assim seja Deus!