O vento frio se espalhava por toda a cidade, como nas outras noites frias e chuvosas. O ômega loiro e dono de íris azuis, que vagava pela a calçada encolhido em seu casaco de pouca espessura, poderia prontamente pegar um resfriado, no entanto necessitava trabalhar para poder sustentar-se. Não havia escolha.
Jimin operava em uma lanchonete onde seu cargo era servir os clientes. Recebia pouco para uma pessoa que não possuía hora certa de ir para casa. Para dificultar o respectivo emprego, seu chefe era um velho alfa, carrancudo e mandão que articulava de forma grosseira e cuspindo ao mesmo tempo. Ele não lhe dava medo, mas era nojoso.
Naquela noite, havia largado mais tarde pois tivera que lavar a louça de uma festa que havia tido no local. Estava exausto, não tinha como negar, mas precisava do dinheiro, afinal, o mundo gira em torno do mesmo. Sorte que seu apartamento era apenas seu, já que sua tia antes de falecer, lhe deixou esse presente.
De uns dias para cá, não havia recebido ligações de seus pais que moravam em uma localidade bastante afastada de onde se encontra vivendo agora. E também tinha o fato de sentir como se estivesse sendo observado vinte e quatro horas por dia. Alegou ser o cansaço lhe afetando mais até o ponto de sentir coisas inexistentes.
Viu ao longe, o prédio no qual morava. Sentiu-se feliz por fim estar perto de sua casa. Portando, apressou os passos enquanto suas mãos se encontravam dentro dos bolsos de seu casaco preto, seu preferido e único em boa forma até então.
Com os passos acelerados, finalmente chegou ao prédio, onde a porta foi aberta pelo o porteiro, este sorriu para o ômega que retribuiu em seguida de um boa noite que foi correspondido de modo simpático pelo ancião. Andou até o elevador e adentrou no mesmo onde apertou o botão que era seu andar. Escorou as costas na parede metálica e fechou os olhos sentindo a exaustão lhe quase dominar. Sentia que poderia até mesmo dormir ali se as portas não tivessem acabado de abrir para seu andar, lhe mostrando o corredor com suas paredes pintadas de um vermelho forte.
Moveu-se para fora de maneira preguiçosa, quase arrastando os pés pelo assoalho. Dirigiu-se até a porta de seu apartamento. Assim que chegou em frente a mesma, levou a chave até a fechadura, porém a mesma já encontrava-se aberta. Jimin, confuso, resolveu ignorar alegando não ter a trancado corretamente pela manhã. As luzes de sua sala também estavam acesas, mas ignorou, adentrando em sua residência e se virando para a porta novamente onde iria trancar, mas já havia outra chave em sua fechadura. Estava ficando louco ao ponto de deixar a chave extra de sua casa na porta?
— Sabe, Jimin, você deveria mudar o esconderijo de sua chave extra. Debaixo do tapete não é uma boa ideia — uma segunda voz surgiu no ambiente, fazendo com que o ômega e seu corpo paralisasse. — Se vire, ômega, quero ver seu lindo rostinho.
Ok, havia um alfa em sua casa e o cheiro desse não lhe convém.
E Jimin virou em direção a voz, assustado e curioso para saber quem era o invasor. Assim levando seus olhos até o moreno que se acomodava no seu sofá enquanto tinha um semblante de divertimento.
Era Jungkook, um alfa simpático e risonho que sempre ia lhe visitar na lanchonete. Até mesmo lhe comprava algumas tortas já que alegou que não gostava de comer em serviço. Sentia que poderia facilmente apaixonar-se pelo o mesmo, no entanto o mesmo vestia trajes que lhe pareciam tão caros e finos que era impossível ter algo com o alfa.
No entanto mesmo quando conversavam, não possuíam uma certa intimidade para que Jungkook aparecesse em sua casa e acomodado em seu sofá. Afinal... como ele sabia onde morava? Pelo o que se recordava, não havia nunca informado seu endereço.
O cheiro que vinha de Jungkook naquele instante lhe parecia tão estranhos. Não era o mesmo suave e doce que emanava. Era forte, levando sua cabeça a doer e seu lobo se acanhar dentro de si.
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Blue Essence | jjk+Pjm
Fanfiction[Reescrevendo] Jimin possuia uma vida que ele julgava normal. Morava em um pequeno, porém confortável apartamento na cidade de Busan e trabalhava em uma pequena lanchonete onde servia os fregueses e limpava o lugar. Era um trabalho pesado para a qua...