Diário de um psicopata

Capítulo 1

Eram 23:00 horas quando tudo aconteceu.

Bebi demais em um bar perto da casa dela. Acho que a bebida me ajudou a ter coragem de ir encontrá-la.

Toquei a campainha duas vezes, mas não ouvira som algum, provavelmente ela estaria dormindo. Resolvi tentar mais uma vez antes de ir embora, então vi que a luz acendeu-se , e uma suave voz pediu-me para esperar.

Ela abriu a porta com os olhos ainda semiabertos, o que comprovava a demora para chegar até mim. Eu a acordei.

Pude sentir o seu perfume. Estava com os cabelos presos de uma maneira que a deixava ainda mais linda. Seu olhar sonolento transformou-se em espanto. Vidrados em mim, tudo o que conseguira dizer foi;

-Oi. E sorriu. Conhecia bem aquele sorriso. Estava incomodada com a minha presença, talvez sentisse medo.

-Olá querida. Disse a ela.

Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, a empurrei, e , segurando- a pelo pescoço, empunhei a faca que guardava no bolso em seu peito.

A dor repentina que surgira em seus olhos me fizera entrar em êxtase. E então, lá estava ela, deitada novamente em meus braços. Olhando para mim, sua face não possuía expressão alguma, apenas mostrava seus traços suaves.

-Durma bem querida.

                                                                               ***

                                                                              

Me chamo John Smith, tenho 42 anos e moro na agitada e barulhenta cidade de Nova York.

Trabalhava como chefe de cozinha há pelo menos oito anos. Já havia conquistado o meu tão sonhado restaurante, o Smith's Gourmet.

Popular, sempre frequentava as baladas, e viajava para diversos países.

Nem me lembro com quantas garotas já dormi. Tudo isso parece bem distante agora.

Hoje, passo as 24 horas do dia e da minha vida em uma penitenciária de Segurança Máxima, esperando o grande dia. Fui condenado à pena de morte.

Divido a cela com Marcos, Alex, André e Vitor. Todos condenados por crimes tão macabros quanto os meus.