Parte 1.

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P.O.V  - Wendell.

Transa atrás de transa, essa foi a minha vida desde que instalei um vício chamado "Tinder" em meu celular, a mais ou menos um ano atrás, instalei depois de ter perdido minha mulher que estava grávida. Esse foi o pior baque em minha vida, que se não fosse esse aplicativo que um amigo me mostrou, eu tinha entrado em depressão e acabado com a minha própria vida.

Mulher atrás de mulher, sexos sem compromisso algum. Eu acabei de completar quarenta anos de idade, mas meu port é alto e eu passo por nada mais, nada menos que um jovem de apenas vinte e cinco anos de idade, modéstia à perte, não sou de jogar fora.

Depois de quase uma semana enfurnado dentro da sala de um hospital público, aonde eu trabalho desde que me formei. Abro esse meu vício particular novamente, olho as mensagem e matchs, mas nenhuma me interessa mais.

"x".. "x".. "x".. por fim um coração em minha tela de celular, recebi um match de volta de uma loira gostosa, que meu pau se interessou no momento em que ela apareceu. Ainda era de tarde, estava me organizando para ir embora, me trocar e ir encontrar com a loira. Em Goiânia estava um dia parcialmente nublado e frio, até poderia fazer como sempre faço com qualquer uma que encontro no Tinder, ir cheirando a hospital come-las. Resolvi fazer diferente, por mais que a foto em que ela me mostrava seus lindos seios fartos, digno de uma panicat gostosa, minha ereção tinha que me deixar em paz até então. Marquei com ela um pouquinho mais tarde para eu poder me trocar e ir beber com a loira como dois amigos e talvez, ou como sempre terminar em um sexo e somente isso. Mas como todas as outras, foi apenas sexo, cheguei no café que marcamos, pelo que percebi, por ela estávamos em um bar. Já que ela queria me dar, era isso que eu quero também, a todo tempo essa loira me tocava por baixo da mesa me deixando cada vez mais louco, sem mais nem menos ela me puxou para o banheiro e sentou para mim, por um instante quase esquecemos da camisinha, sai de lá satisfeito porém vazio. O perfume que usei para encontrá-la não valeu de nada.

- Bom dia, Jorge. - digo entrando na sala de meu colega de trabalho e fora dele, melhor amigo. Ja pela manhã do dia seguinte.

- bom dia Wendell.. - ele se virou teatralmente em sua cadeira para me cumprimentar. - pela sua cara, vejo que não foi boa a transa ontem! Estou certo?

- vai valer se, eu disser que ela me fez gozar? - me sento na cadeira dura na frente de sua mesa.

- essa é a intenção quando temos esses encontros. - ele diz e então bate a caneta na mesa.

- eu queria algo diferente, cansei de apenas sexos sem compromissos. - digo pensativo.

- vou dizer, e você sabe que..

- não vale a pena.. - dissemos juntos.

- eu vou ir pegar um café.. - me levanto. - na hora do almoço passa na minha sala.

- vai me comer também safado? - dei o dedo do meio à ele e bati a porta.

Ainda era muito cedo, nas sextas começamos o expediente mais cedo ainda, para ver se conseguimos escapar antes. Jorge, é o meu melhor amigo, mas como um conselheiro amoroso, ele é um excelente médico.

Sou formado em Medicina Cirúrgica, fiz faculdade no Brasil e pós nos Estados Unidos. Mas não adiantou praticamente, Nada! Eu achei que tendo uma experiência em hospital público, me levaria a hospitais particulares, meu sonho é trabalhar no maior hospital de Goiânia, mas a oportunidade nunca aparece, mas mesmo assim eu não posso reclamar do salário que ganho aqui, os plantões saem praticamente o dobro de um médico sem pós em um hospital pago.

Mas enfim. Vou em busca de um café amargo e quente para me manter acordado, já que está noite foi um desastre. Meus devaneios vão longe em cada gole que queimava e descia raspando minha garganta.

- Dr. Wendell. Dr. Wendell. - Cibelly, a minha assistente chamava. - a paciente que estava em coma, acordou e só aceita falar com o médico que fez a cirurgia dela.- Assinto, jogo o meu pequeno copo no lixo e seguimos para a ala de cirurgias.

- eu tenho algum risco? - a mulher ruiva, que estava deitada na cama e respirando por aparelhos perguntou receosa.

- Cibelly me trás a fixa dela. - peço sem tirar os olhos da mulher.

- sim Dr. - a assistente disse e saiu da sala, em questão de minutos a mulher entrou com a fixa.

- a sua cirurgia foi um sucesso. - digo ao mesmo tempo em que leio. - ainda não encontramos o motivo da senhora ter entrado em coma, mas seus batimentos cardíacos estão em ordem. Fiquem tranquilos. Sai da sala seguido por Cibelly que andava praticamente colada em mim, cheguei em minha sala e ela se sentou no lugar onde os pacientes costumam a sentar. Dou de ombros sem chamar atenção e volto a abrir o Tinder.

- doutor. - ela disse tímida.

- sim Cibelly. - continuo sem olha-lá.

- sabe que hoje é o meu último dia aqui, não sabe? - ela fala e eu a olho, ela estava cabisbaixa.

- putz.. - bati minha mão na testa mostrando desapontamento por ela ser uma ótima assistente. - ah droga..

- vai ter uma comemoração, pois irei cursar outra faculdade, e será lá no pub.. se estiver afim de ir.. - sua voz ainda soava com timidez.

- eu adoraria, mas não vai dar hoje.. eu já tenho algumas coisas marcadas para essa noite, mas muito obrigada pelo convite e por tudo, a próxima assistente que ficar no seu lugar, tenho certeza que não chegará aos seus pés. - falo a bajulando pela primeira vez, em todo esse tempo. Ela sai de minha sala e então reparo em todo o seu corpo, dos pés à cabeça.

Dei uma ronda em todos os setores, o hospital se encontrava um tanto quanto vazio, ao perceber que pela primeira vez estava tudo tranquilo, me dei um tempo, me guiei ao lado de fora e mais alguns "x's" foram dados no aplicativo que meu melhor amigo me viciou, enquanto tomava outro café.

Notas finais: eu espero que gosteeem, a "quem imaginava a gente junto" está para acabar, tenho planos para essa fanfic. Votem muito e comentem também. Agora vamos para Maraisa.. como será que ela está nessa nova fic??

Newness - MaDellOnde histórias criam vida. Descubra agora