Capítulo 41 - Um Despertar

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Música: Skrillex & Diplo - Mind ft. Kai

Allyson
No hotel...

- Toma aqui Allyson. - Maddy me dá um copo de água.
- Valeu - agradeço desanimadamente, e porquê? Eu não sei...
  Segundos se passam na minha mente ao me lembrar de Peter, e sobre o "Eu não sei " dele.
  Antes de vim para o quarto, Peter me deixou na porta do hotel muito depois dos alunos já terem entrado, de noite, e antes dele ir, o próprio tinha se abaixado para ficar na minha altura - embora eu ficasse um pouco mais 'alta' - e tocado levemente com a ponta dos dedos em meu rosto. Fecho o olhos por um segundo e ao abrir ele já não se encontrava mais ali, aquilo havia me intrigado um pouco, primeiro porque não tínhamos falado absolutamente nada, fui apenas me lembrar de dar tchau quando eu ja não o via mais ali na minha frente.
- Tchau. - apenas senti uma leve brisa, e segundo, pelo toque sedoso e gélido dele, por mais que tivesse sido rápido, mas consegui gravar em minha pele.
  E aqui estou, com minhas duas melhores amigas com quem vou dividir o quarto. Preferi me recolher logo, porque ao amanhecer esperaria ele passar por aqui. Fiquei pensando um pouco, eu estava confiando nele, mas a verdade é que eu queria que ele confiasse em mim, e ainda quero, pra que ele me ajude sem desconfianças e também pra ele não achar que sou uma menininha que chora pelos cantos por causa dos pais ou do ex-amigo. Eu sofro sim, choro sim, só que por dentro; vou fazer 15 anos, sei me decidir, e minha decisão é essa: quando for amanhã, pedirei a Peter algum lugar pra ficar antes de eu ir pro Texas novamente. Não quero voltar, nunca mais, já chega de tanto desamor e lástima, quero viver, vou morar aqui, arranjar um emprego por aqui e viver o resto da minha vida aqui em Forks, eu sei que eu preciso disso.

No outro dia...

  Levantei mais cedo.
  O legal de Forks é que o sol não aparece do nada na cara, e não faz que questão de aparecer pra te acordar antes das 6:00 horas. Dormi em um das camas, aliás o quarto era pra três pessoas, nem tão grande, nem tão pequeno, com um clima bem frio e nebuloso, quem nem o da própria cidade. Me dirijo até até a janela, me sento na cômoda que ficava ali e abro um pouco a cortina, se bem que reparando, o dia não estava nebuloso, estava até meio claro, porém creio que nem todo dia e assim aqui. Saio dali de cima, pego minha mochila retirando logo um body preto e uma calça jeans da mesma cor rasgada apenas nos joelhos. Entro no banheiro ainda de pijama, e olho pra minha juba arrepiada, molho um pouco ela mas não adianta muito coisa, volto novamente pro quarto e de repente me bate uma ideia meio louca na cabeça, então pego a tesoura que eu sabia que Stephanie tinha trago na mochila dela, e nem me pergunte o porquê ela trás uma tesoura de ponta na mochila que nem eu mesma vou saber responder; pego dois prendedores e entro rapidamente no banheiro. Na frente do espelho reparto meu cabelo no meio, o molho bastante com água antes, os prendo e começo o trabalho. Corto diagonalmente as duas mechas com a intenção que meu cabelo fique bem channel. Depois de cortado, enfim o solto, faço alguns ajustes e pronto! Cabelo novo.
  Me senti até mais leve, já que não existia mais aquela juba enorme.
  Já trocada de roupa, visto os meus tênis branco que trouxe comigo se caso houvesse a ocasião em que botas de cowboy não combinassem. Passo apenas rímel nos olhos apenas pra não parecer com cara de sono. Confiro mais uma vez o resultado no espelho e saio do quarto sem fazer barulho, sem antes ter deixado um bilhete falando onde eu iria e com quem eu iria.
  Aproveito que desço pra ir tomar café pra dar uma averiguada no lugar e esperar por Peter.
  Já no andar de baixo, muitos olhares se voltam pra mim, alguns me dam bom dia e outros não.
  Entro na parte da piscina e lá estão quase todos os alunos reunidos aqui, e sem olhar pra ninguém, passo por entre eles que eu sei que me olham com surpresa. Parece que eu parei o trânsito, ou melhor, a festa. Me sento em uma mesa afastada de todos, logo o garçom vêem e peço um suco e um pedaço de bolo de chocolate com morango. Amo essa combinação.
  Me arrisco uma olhada pro povo curioso que é o do meu colégio, e lá estavam eles, alguns me olhando e cochichando, outros com certas intenções, e uns apenas me olhando.
  Volto minha cabeça onde estava, e claro que foi inevitável não pensar em Peter, naquele ser preocupado comigo, mas admito que quem está mais preocupada sou eu, até agora ele ainda não apareceu e sei lá, eu até gosto da presença dele, por mais pouca que ela foi, queria que ele estivesse aqui agora só pra saber um pouco mais sobre ele, jogar conversa fora e secar aqueles olhos castanhos parcialmente angelicais.
- O que está acontecendo com você Sam? - me pergunto ao sussurro. Saio de meus devaneios quando o garçom trás o meu pedido. Eu não precisaria pagar nada porquê a taxa com tudo incluso já foi paga pelos meus pais.
  Me ponho a comer logo, não queria passar o resto do dia sem nada no estômago.
  Depois de ter terminado, me levanto dali, mas alguém me parou.
- Sam.
  Olho e vejo quem era. Nicholas.
- O que você quer? - pergunto séria, sem nenhum tipo de estresse, na verdade eu não tava afim de me estressar por nada, aliás teria o resto do dia com alguém mais interessante que ele.
- Você cortou o cabelo. - ele sorri.
- Sim, e o quê que tem?
- Nada é que, eu sabia que você era bonita, só não sabia o quanto.
- Não sabia porque não quis. - me retiro dali. Mas antes de ir pra longe me virei e disse:
- Aliás, eu sempre fui bonita, eu só não valorizei a pessoa certa, que era eu. - me virei de costas novamente e segui rumo adentro do hotel, percebo mais uma vez os olhares e escuto cochichos, porém de elogios. Abaixo a cabeça e rio até que eu escuto alguém gritando "Deusa!", era meu amigo gay Denny e todos começam a fazer o mesmo com os elogios e a aplaudir. Fui sendo cortejada antes mesmo de entrar no hotel, até de longe eu ver a figura que eu mais esperava. Peter. Ando um pouco mais rápido, indo na direção onde ele estava.
- Oi - digo ao chegar perto.
- Pensei que não ia te encontrar em lugar nenhum aqui dentro. - ele sorri. Meu Deus que sorriso.
- (Risos) não é que eu fui tomar meu café da manhã.
- (Risos) cortou o cabelo - ele alarga mais o sorriso.
- Sim - sorrio sem graça.
- Tá linda - ele diz admirado e toca no meu cabelo e isso me faz ficar como nunca fiquei antes, corada, mas me ponho a admira-lo também.
- É... Vamos? - pergunto. Já havia muitos olhares desconfiados em nossa direção, e ele percebe.
- Com certeza, vem.
  Se passou alguns minutos andando até a saída e resolvo perguntar.
- Então, Peter, pra onde vamos?
- Vamos até o centro de Forks, vai adorar conhecer os estabelecimentos por lá, não são muito agitados, mas dá pra passar o tempo.
- Ok.
- Vamos.

A Saga Crepúsculo - ForeverOnde histórias criam vida. Descubra agora