2. Destino

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N/A: Antes de tudo, O HEXA VEM.
Agora sim, aproveitem o capítulo. 

[...]

Dinah Jauregui POV

Faz dois dias desde que Lauren apareceu na quadra do rio para me dizer aquelas coisas que ela julga ser verdade. Eu deveria me importar com a sua quase ameaça ou então aceitar o seu desafio? Eu não preciso e não me acho melhor que ninguém, isso não vai me provar nada. Mas tenho certeza que ela não vai me deixar em paz. Hoje é sábado, não temos aula em Tree Hill, então eu e Camila aproveitamos para dar uma volta na pequena cidade esta manhã.

— Cara, sério que a Lauren desafiou você? E você vai topar?

— Eu não sei, eu não preciso provar nada.

— É, eu sei, mas não tem vontade de mostrar pra ela... — Ela continuaria falando se não fosse seu jeito atrapalhado gritando por pombos vindo em sua direção. — Droga, o que é isso??? Um bando de pombo me atacou na semana passada. — Começo a rir dela até ela me dar um tapa. — EU TO FALANDO SÉRIO DINAH. — Me bate novamente.

— Olha, se não me engano isso é assassinato. — Ela me pergunta o que e eu continuo. — Mais de um pombo, isso é assassinato.

— Eu não to entendendo o que você tá falando. — Fala divertida.

— Corujas e assembleia, cotovias e euforias. Pombos e assassinato.

— Viu, é por isso que as pessoas te acham esquisita... — Fala e nós duas rimos.

— Olha, bem que eu queria mostrar para ele o erro que cometeu.

— O Mike? — Pergunta duvidosa e eu concordo com a cabeça.

— Mais pela minha mãe e um pouco por mim também.

— Humm, e vem cá, os corvos são o que? Quer dizer, mais de um corvo? — Pergunta se referindo ao significado de pombos que eu havia dado minutos atrás.

— Grosseria. — Respondo e logo adentramos a lanchonete de minha mãe para deixar Camila lá e seguir para oficina de carros de meu tio.

Quando tenho tempo livre e não estou jogando basquete, provavelmente que estarei na oficina junto de Gordon, ajudando ou conversando, não importa, gosto de passar tempo na presença dele. Temos uma boa relação, o considero como o pai que nunca tive e ele não é diferente. Sempre quando precisei ele esteve aqui para mim, não senti falta de uma figura paterna, porque eu tive, Gordon Jauregui.

— Não quer jogar por quê? — Me pergunta assim que chego na local dele.

— Eu jogo, toda noite.

— Não é a mesma coisa.

— Por que? Não tem valor se as pessoas não te vêem jogar?

— Vou dizer o porquê. — Dá uma pausa largando o pano que tinha em mãos antes de continuar. — Eu era criança e meu pai me levou ao United Center para ver Michael Jordan jogar. Com nove anos eu não dava a mínima para o basquete, mas quando Jordan entrou na quadra... Era tão jovem, tão rápido e tão ágil que eu fiquei hipnotizado. Eu não conseguia tirar os olhos dele até o fim do jogo e aí eu olhei para o meu pai, e ele estava chorando. Quarenta mil estranhos e o meu pai chorando. — Gordon diz parecendo se perder em lembranças. — Mais tarde eu entendia o porquê dele está chorando, porque Michael Jordan, ele era o máximo, jogava parecendo poesia e a gente se sentia parte daquilo... Você tem um dom Dinah, é um crime não deixar que vejam, esconder no parque. — Termina de dizer e logo o telefone da oficina toca. — É uma grande pena, esse é o porquê. — Diz enquanto sai para atender o telefone que continua a tocar.

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