cap.9 o despertar

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Aurora

   O sol começava a se exibir lá fora, já era 6 da manha e estava deitada ao lado da Alessandra. Já tinha duas horas que não preguei o olho. Quando Alessandra chegou nos braços do Bruno, fiquei muito aflita. Assim que o Bruno saiu ela só chorava. Entre soluços e mas soluços ela adormeceu. Liguei para o Bruno mas ele não atendeu. Imaginei que tinha voltado a dormir.

  Afaguei os cabelos da Ale. E dei lhe um beijo terno no topo da cabeça. Fui em direção ao banheiro, precisava tomar um banho, já que estava sem sono.
Depois de colocar uma roupa confortável desci as escadas e fui preparar um café.

  Era folga da cozinheira e como uma boa chefe de cozinha, não me preocupava com isso. Preparei uma mesa farta. Dois tipos de suco, uva verde e pêssego, claro.
Quando terminei de preparar o banquete matutino ouvi a companhia tocar. Antes de abrir a Alê desceu as escadas. Ela usava uma calça moletom cinza e um casaco que usava na noite passada, creio eu que seria do Bruno.

__ Me atrevi a pegar uma roupa sua. Espero que não tenha problema.__ Alessandra apontou para a calça e encaminhou ate a janela. Mas antes ela me cumprimentou com um bom dia.

  Sua voz estava fraca e ela estava abatida. Fiquei pensando oque ouve para ela chegar naquele estado na noite passada, mas por hora eu teria que atender a porta.
__ Bom dia Alê, espero que esteja melhor. __ Ela só respondeu com um hunrum e continuou com seu olhar fixo em um ponto morto lá fora. A companhia tocou novamente e sai apressada para atender.

__Bom dia como ela esta? __ Era o Bruno, sua expressão era de cansado, seus olhos revelou um brilho diferente, senti  preocupação da parte dele.

__ Bom dia, não sei te explicar. Mas vamos tomar café e descobrir. __falei dando passagem para o Bruno que não fez cerimonia e adentrou direto para a cozinha.

   Alessandra que outrora estava na janela, já se encontrava na cozinha se servindo de um suco de uva. Assim que viu a presença do Bruno, senti seus músculos enrijecer e ela mudar sua postura. Ela ficou cabisbaixa. Isso não estava me cheirando bem.

__ Alê por favor preciso saber o que aconteceu. __ Falei me aproximando dela e afagando seus cabelos úmidos. Bruno também se sentou e ao contrario de mim, permaneceu calado.

__Tudo bem Aurora, quero pedir desculpa por te deixar no escuro esse tempo todo. __ Começou seu relato e eu e Bruno só observava.

Alessandra contou o que aconteceu, os pais dela teve uma discursão horrível ,  a mãe ameaçou sair de casa e ele levantou a mão para bater nela, mas Alessandra se colocou na frente e o soco pegou de cheio no olho dela.
   assim que as duas saíram de casa o pai dela se suicidou. Já era meia noite quando ela e mãe receberam a notícia, as duas estava no sitio da tia da Alê. O pai de Alê tomou todos os remédios da casa e como já havia ingerido bebida alcóolica ele teve uma overdose, mas antes disso ele colocou fogo na casa. Nao sobrou nada do corpo, virou cinza. Tudo virou cinza. Alessandra queria ser forte pela a mãe que estava internada sobre antidepressivos. Ela disse que me ligou por mas de umas dez vezes e só dava caixa postal. Por isso ligou para o Bruno que na noite anterior haviam trocados os números.

  Bruno foi buscar ela no hospital onde a mãe estava dormindo e não teria hora para acordar. Alessandra quando chegou no apartamento do Bruno só chorava e tremia. Ele acabou dando um remédio para ela dormir um pouco, e surtiu efeito após ela chegar na minha casa.

_ Perdoa amiga, por não esta ao seu lado no momento mas difícil que você passou._ segurei sua mão que estava sobre a mesa. A mão dela estava gélida. Seus olhos estava em um tom avermelhado, ela havia chorado durante todo relato. Bruno só ficou calado durante todo o tempo. Mas quando falou, suas palavras não aquietou só Alessandra, mas a mim também. A forma que ele falava era libertador, e sentíamos uma paz inexplicável. Eu queria saber mas.

DESTINO:  CHAMAS DO PASSADO.Onde histórias criam vida. Descubra agora