Meio, começo e fim

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Sinto que já estive aqui - diz ele observando a janela da sala, e em seguida tateando o velho quadro na parede.
- E a que se deve este sentimento?
- Hm... - disse, parando por alguns segundos para pensar a respeito. - suas fotografias! Claro! A foto na janela, e a foto do quadro.
- Não sabia que tinha um fã tão assíduo do meu trabalho.
- Trabalho? O que você faz é puramente arte, não sinto que haja qualquer obrigação sobre isso de você, vejo uma necessidade de fazer os outros enxergarem pelos seus olhos, e um grande êxito nisso - ele termina com um amigável sorriso.
- Uau, a que devo tantos elogios? Aceita uma bebida?
- Sim por favor.
Ele se senta confortavelmente sobre a poltrona, enquanto nos sirvo um pouco de Chardonnay. Como eu havia acabado com aquele estranho simpático na sala da minha casa? Tudo começou com algumas poucas conversas pela tela de um computador e uma "entediante" exposição de arte. Seu nome era John, e assim como muitas outras pessoas, tinha vindo para a famosa exposição da cidade. Claro que eu também estaria lá, como uma grande apreciadora da arte. Estava impecável, com meus cabelos ruivos presos de lado, e um vestido branco longo que me varria os pés. Olhava distraída uma das obras, quando ouvi meu nome.
- Caroline?...

CarolineOnde histórias criam vida. Descubra agora