Feels

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Ochako sentia-se bem perto de Katsuki, mas o que não mudava era a insegurança que sentia quanto aos sentimentos do loiro.

Era difícil entende-lo, mas ela escolheu dedicar-se a ele, então se esforçava para não dizer ou fazer algo idiota, enquanto tentava saber suas intenções.

Na maioria das vezes era mais do que complicado. Bakugou é alguém que precisa de cuidados, e muita, mas muita paciência. Uraraka sempre soube que seria assim, só não sabia como lidaria com isso.

O amor entre eles parecia recíproco, embora ele seja do tipo que não demonstra sentimentos de forma tão aberta. Ochako sabia bem que um “eu te amo” era raro e difícil pro maior. Mas a esperança é a última que morre, não é?

Ela pensava demais sobre isso. Estava ocupando muito sua cabeça ultimamente, e ela sentia uma pontada de culpa por duvidar de Katsuki, mas ao mesmo tempo sentia que devia.

Estranho de fato.

E dessa vez se pegou pensando nisso na presença dele. Os dois estavam na casa dela, estudando até então. As provas estavam chegando e, incrivelmente, Bakugou se ofereceu para ajudar Uraraka no que ela ainda tinha dificuldade.

Sentada na escrivaninha, com o cotovelo prensado na mesa e o rosto apoiado na mão, Ochako tentava livrar-se desses pensamentos. Estava voada, e mal percebeu que seu namorado a chamava.

— Ochako? — o tom de voz dele parecia cansado, mas, felizmente, nenhum pouco raivoso; ela até pode sentir pequenas indícios de gentileza em sua fala.

— O que? — ela respondeu ainda sem saber direito o que estava acontecendo, fazendo uma careta. Katsuki riu baixo do jeito de Ochako.

— Eu estou cansado de estudar, — ele disse enquanto jogava a cabeça para trás, encarando a morena — bem que podíamos parar um pouco, né?

Katsuki Bakugou pedindo permissão para algo? O mundo estava perdido de fato.

— C-claro — balbuciou pela fala passada de Katsuki, enquanto fechava seu caderno. Ela bem que precisava de um descanso.

Bakugou fez um sinal para que Ochako senta-se ao dele na cama. O silêncio predominava no local, mas era algo bom para os dois. Ficarem na presença um do outro já era ótimo.

Sem nenhum aviso, puxou-a pela cintura, aproximando-a mais, enquanto jogava o seu corpo para trás, fazendo assim Uraraka cair em cima de si, enquanto suas costas colidiam com a cama.

O susto foi inesperado. A morena soltou um gritinho e o loiro riu.

E eles ficaram daquele jeito. Sem falar absolutamente nada, até que Ochako quis tirar aquela dúvida que martelava em sua cabeça.

— Katsuki... você tem mesmo sentimentos por mim?

A única reação de Bakugou foi franzir o cenho, olhando para a manipuladora da gravidade de forma estranha.

— Porque pergunta isso? Não é óbvio?

Ochako se mostrou surpresa.

— Eu jamais ficaria com alguém que não gosto... — o loiro apertou um pouco a cintura da menor. — Suas amigas andam colocando minhoca na sua cabeça? Porque se for isso, esqueça.

A manipuladora da gravidade corou.

— N-não eu só...

— Está insegura? — ele completou e ela confirmou silenciosamente. — Olha, você sabe muito bem que eu gosto de você, e é por isso que te tenho como namorada, eu jamais brincaria com seus sentimentos, Ochako.

— Eu... Me desculpe. Eu fui uma idiota.

Escondeu seu rosto no peito do rapaz, que apenas começou a acariciar os cabelos da jovem.

— Só não pensa besteiras assim. Confie mais em mim a partir de hoje.













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