Capítulo cinquenta e cinco.

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Nicolas 🔞

Escutei o tiro ser disparado e meu pivete cair no chão com a outra menor, minha mulher gritou e vi que a Ana tava paralisada, Camila foi a única que teve reação, ela se ajoelhei do lado dele pegando a Naty no colo que chorava entregando pra Lay.

Cams: Olha, respira devagar, beleza? - Falou pegando o pulso dele, os tiros foram aumentando e eu só conseguia olhar pro meu filho no chão sangrando.

Bruno: Caralho, se liga.- Bateu na minha cabeça.- São os vidigal, atividade.

Olhei pra ele e depois pra Luana que chorava com a Naty no colo.

Ana Luísa saiu correndo com apenas uma glock na mão, Kauã foi atrás dela e fomos saindo todos.

Nicolas: Se liga nelas.-Segurei Leo e Gustavo.

Eles assentiram e eu sai correndo com Bruno, a boca era perto e então fomos correndo, a chuva de tiros era imensa e minha cabeça só passava no Thiago.

Entramos na boca e a Analu e o Kauã estavam lá, os dois de coletes e armados até os dentes.

Nicolas: Fica aqui, Ana.- Falei colocando o colete.

Analu: Eu amo tu, coroa.- Piscou e saiu correndo com o fuzil na mão.

Saímos todos armados e protegidos, tudo que se mexia eu atirava, tava descontando a raiva da covardia que fizeram com o Thiago. Bruno tava colado comigo, eu na frente e ele atrás, um dando cobertura pro outro.

Tão saindo, tão saindo.

Meu rádio apitou.

Manda um carro pra pizzaria da dona marta, urgente caralho.

Falei atirando nos cuzão, estávamos chegando perto da barreira quando eu pude ver uma pessoa conhecida correndo, o Pedro.

Atirei no seu joelho e ele caiu, Bruno me olhou e eu sorri de lado, ele tava gritando de dor e os caras dele recuando, os fogos foram soltos mais uma vez comemorando a vitória.

Nicolas: Leva pra tortura.- Falei com o Bruno e meti o pé.

Sai correndo pro pontinho, ainda tinha alguns cuzões do vidigal vivo e eu só atirava matando, até sentir uma dor e o gosto de ferro na minha boca, atirei de volta e olhei pra minha coxa sangrando.

Ignorei a dor e continuei em direção ao posto, lá estava minha mulher, Camila e Leo.

Lua assim que me viu veio correndo me abraçar, gemi de dor quando ela praticamente pulou no meu colo e ela me olhou depois olhou pra minha perna.

Lua: Tua perna... Amor..- Falou nervosa.

Nicolas: Tô bem, suave, cadê o Thiago? - Perguntei me sentando.

Lua:Ele...- Chorou mais.- A bala foi no estômago, as chances são poucas.

Me senti fraco, com tudo que envolve minha família eu sou fraco, chorei e soquei a parede, ela chorou mais e me abraçou.

Vi uma movimentação na porta do postinho e Gustavo entrou correndo com a Ana no colo, desmaiada.

Lua: Ah meu Deus...- Colocou a mão no rosto.

Nicolas: Se liga,minha morena. Vai ficar tudo bem.- Beijei a bochecha dela tentando passar a confiança que nem eu tinha.- Agora eu vou tirar essa bala que tá doendo pra caralho.

Ela sorriu de lado e eu fui até a mesma sala de sempre pra tirar a bala, o tio tirou e me costurou lá, mesmo proceder de sempre.

Voltei pra sala de espera e o tava a família toda lá, minha patroa me olhava preocupada.

Lua: Analu só desmaiou por nervosismo, a bala foi retirada mas não temos informações de como ele está, cadê o Kauã?

Olhei em volta e não vi ele, mais uma desgraça não, cadê meu menor?





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