Conto único

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Sempre a via quando voltava do trabalho, a mulher mais atraente que se pode imaginar não precisava de muito para chamar atenção pois ela já possuía tudo em artimanha .

A pele morena combinando perfeitamente com os olhos verdes esmeralda, o cabelo preso em uma trança ,os lábios bem desenhados e carnudos eram minha perdição.

A cigana sempre estava ali com uma idosa e um rapaz, ela varria a calçada distraidamente parecia sonhar enquanto fazia aquela tarefa. Sempre diminuía os passos para observa-la, imaginando o dia que falaria com ela ,coisa que nunca tive coragem de fazer.

Minha rotina era monótona, chegar em casa cuida do meu pai fazer a janta tomar banho, tomar um chá e ler um livro antes de dormi.

Tiro o óculos e coloco na prateleira, suspiro passando a mão por meus cabelos longos, meu pai abre a porta assustando-me.

— Laura, Boa noite até amanhã!
Sua doce voz acalma-me e tira a raiva que fiquei por ele entra sem bater.
Vou até o espelho e olho meu reflexo, meus olhos castanhos aparentam cansaço,  meus cabelos um pouco desgrenhado deixa-me sem graça por pensar que talvez eu conseguisse algo com a cigana.

Tento dormir , mesmo que meus sonhos sejam todos da cigana.
E mais um dia rotineiro em minha vida mostra o quanto estou cansada disso tudo, ando rápido pois de alguma forma me atrasei , trombo com alguém e paro repentinamente para me desculpar.

— Nossa desculpa, eu juro que não vi...

Sinto minhas bochechas corarem, quando noto quem é a pessoa que acidentalmente trombei quase perco o fôlego ao vislumbra-la.

A cigana sorri colocando a mão no ombro.

— Tudo bem eu acho que não deslocou. —Ela brinca debuxando-me sem graça —Eu acho que já vi você antes. — Ela diz semicerrando os olhos, deixando-me hipnotizada.

Sorrio sem graça,  não posso acredita que ela se lembre de mim.

— Eu trabalho por aqui, sempre passo por esse caminho... Eu... eu estou atrasada, eu realmente sinto muito.

A deixo olhando-me enquanto ando o mais rápido que posso , só o fato de falar com ela já era algo, talvez a encontrasse na volta.

Trabalho em um setor de produção onde grande parte do dia fico sozinha , então ocupo minha mente pensando em como me apresentar para ela, contudo nada me veem a mente, somente a insegurança infinita que tenho.

O dia acaba e não vejo a hora e fazer o trajeto somente para vê-la, penso nas milhares de forma para me apresenta , quando a vejo saindo da casa onde provavelmente ela atende as pessoas.

Um homem a acompanha enquanto saem da casa, ambos sorriem animados. Não quero ter que passa por lá no entanto é o único caminho.

A cigana olha para mim de relance e abre um enorme sorriso parando-me na calçada.

— Eu pensei que não fosse mais chega. — Ela diz pulando em meus braços .

Meu rosto queima quando ela deposita um beijo em minha bochechas. O homem parece ainda mais sem graça nos olhando inconformado.

— Bom Estela eu já vou indo, com sua licença.

O homem sai , enquanto a cigana permanece abraçada comigo sorrindo como se fôssemos velhas amiga. Quando ele se afasta nos entreolhamos, sinto que preciso me enfiar em algum buraco de tanta vergonha e calor , céus que mulher maravilhosa.

— Bom eu posso explicar, ele não entende quando uma mulher não está interessada, eu já não sabia mais o que fazer para dispensa-lo então você apareceu como prometido.

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⏰ Última atualização: May 27, 2018 ⏰

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