único.

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Dependendo do rendimento, a oneshot pode virar uma fic com o que acontece depois daqui. Ok? Me dêem suas opiniões! :) All The Love.

Tessa. xoxo.

A vida era uma sequência de memórias, de coisas boas e ruins. Minha cabeça estava em chamas e eu pedia, internamente, pra poder esquecer. Mas eu me lembrava de cada pequeno detalhe. E era isso que estava me matando. Eu não queria lembrar.

Eu conseguia me lembrar do dia em que te conheci. Eu estava atrás do balcão de atendimento da livraria, comendo o meu almoço e pedindo para que ninguém aparecesse na próxima meia hora. O novato estava atrasado e eu não pude sair para o almoço.

Meu chefe me mataria se me visse comendo em cima de suas anotações.

E então você entrou. As roupas pretas e o capacete em mão. Eu soltei o pequeno prato e me levantei. Você colocou a mão atrás da nuca e sorriu com a língua entre os dentes. Puta merda, você era demais para a minha sanidade mental. Você é demais.

- Eu sou Zayn. E eu acho que vamos trabalhar juntos. - Sua voz. Eu senti arrepios por todo o meu corpo. - Eu sinto muito pelo atraso.

- Meu nome é Liam, eu vou ajudar você em sua semana de experiência. - Eu não me importava mais com seu atraso. Eu não importava com mais nada que não fosse você ali.

Nas próximas semanas eu aprendi a lidar com você. Você falava muito e sorria demais. Era terrível. Eu não conseguia acompanhar. Eu era um desastre, mas você não parecia ligar.

No aniversário da livraria, você estava lindo. Não usava preto e aquilo era um milagre, mas era tão lindo.

Você conquistou a todos. E eu quis te odiar um pouco. Você queria tomar um lugar que era meu e eu devia dizer a você para parar, mas não o fiz.

- Você não gosta de festas? - Você estava tão perto que eu podia sentir sua respiração em meu pescoço. - Você está tenso. E lindo, muito lindo.

- Você é um descarado, Zayn. Está muito perto. - Eu sorria. Era o efeito que você tinha em mim.

- Eu acho que você gosta. - E você tinha toda a razão. Mas não vai saber disso, não por mim.

Quando a noite acabou, era tarde. Mesmo sendo uma festa comemorativa, nós tínhamos vendido muito e eu suspeitava que era pelo seu charme. Estava escuro e eu caminhava pelas ruas da maneira mais calma que podia.

Quando escutei o barulho da moto, eu sabia que era você. Você era um exibido com aquela moto enorme.

- Você não pode andar tão tarde sozinho. - Eu ignorei. - Eu trouxe um capacete a mais. Tinha a esperança que acabasse cedo hoje.

- E o que uma coisa tem a ver com a outra? - Eu sorri escondido, sabendo que você não podia ver.

- Eu pretendia te dar uma carona e talvez levar você para ver as estrelas. - Ele não ia descer da moto?

- Você vai me levar para ver as estrelas? Eu estava mesmo convencido de que você era um descarado. - você riu alto e me entregou o capacete. Eu não tive muito o que dizer, aceitei o capacete e naquele momento, acho que foi ali que aceitei você.

Você realmente me levou para ver as estrelas. Em um ponto alto daquela pobre cidade. Onde os fios não podiam atrapalhar a cidade e onde eu não podia atrapalhar você de me beijar. E você o fez, tomando todo ar dos meus pulmões. Eu sentia que meus pés não tocavam o chão, era o efeito Malik em mim.

No final da noite, quando você me deixou em casa, eu fui prensado contra o portão e sorri contra a sua boca. Você prometeu que voltaria no dia seguinte e pela primeira vez, eu mal podia esperar para acordar no próximo dia.

Do you remember me? Onde histórias criam vida. Descubra agora