XXV - Surpresa

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Estou tão feliz por voltar para Seul! Mas durante a viagem inteira, NamJoon ficou calado. Isso me intriga.
Chegamos em casa. Lar doce lar depois de tanto tempo. Nem acredito. Entro em casa como uma criança.
NamJoon ficou no hall principal, falando no telefone. Enquanto fui cumprimentar alguns empregados que haviam voltado. Expliquei que meu pai ficou em Busan e eu ficarei aqui cuidando de tudo com NamJoon. Eles gostaram do meu retorno, significa que suas vidas voltariam a sua rotina normal.
Voltei para o hall. Alguns empregados levaram as malas para o quarto. Mas NamJoon estava ainda no telefone. Quando ele percebe que estou ali, ele finalmente desliga o telefone e fala comigo.
- Tá tudo bem, Clare?
- Sim. Você que não parece bem. Veio sério durante a viagem inteira, está no telefone até agora... O que houve?
- Resolvendo um assunto.
- Que assunto...
- É... Coisas que falei com seu pai?
- Voce é meu pai de novo com segredos, é?
- Nao é isso, Clare. Olha só, eu já volto. Vou resolver esse assunto e chego para começarmos a trabalhar. Ok?
- Se eu disser que não, tenho escolha?
- Ah... Acho que não... Prometo que não vou demorar, Clare.
- Ta bom, NamJoon! - eu disse já meio irritada.
Ele saiu parecendo que ia tirar alguém da forca. Isso tá muito esquisito.
Fui para o escritório do meu pai e vi que tudo estava do jeitinho que eu me lembro. Liguei o computador da mesa dele, comecei a revisar alguns arquivos de negociações lícitas (e ilícitas também). Peguei o telefone, liguei pro meu pai para começarmos logo a ficar a par de tudo.
- Ola, papai. Como está nossa casa em Busan?
- Está tudo entrando nos eixos. Aconteceu alguma coisa? Onde está NamJoon?
- Ele disse que ia resolver um assunto que tratou com o senhor.
- Ah sim, entendo.
- Voces dois estão estranhos. E ainda de segredinhos....
- Fique tranquila, querida. O que queria me falar?
- Papai, liguei o computador do escritório e comecei a revisar os arquivos mais recentes de negociações. Pode me atualizar?
- Ja trabalhando... Isso é ótimo, filha. Acho que tomei a melhor decisão em mandá-la de volta a Seul. Muito bem, olhe no cofre. Tem um pendrive lá. O mesmo que mandei para vocês em Tokyo pelo NamJoon. Você encontrará tudo lá. A propósito. Tem um carregamento para chegar amanhã de manhã em Seul. Certifique-se de tudo. Depois, você vai ao prédio da empresa para assinar a sociedade que teremos com a imprensa tecnológica. O advogado estará lá para auxiliar em tudo. O médico irá visitá-la no fim do dia para ver como você está.
- Mas eu estou bem, papai.
- So o médico irá dizer. Não seja teimosa.
- Teimosia é marca registrada dos Ryu, lembra?
Meu pai riu.
- É verdade, mas cuide bem de você. Não quero correr riscos de novo.
- Está bem, papai. Cuide-se também. Estarei aqui se precisar de mim.
- Precisarei, pode ter certeza. Amamos você.
- Tambem amo você.
Desligo o telefone, vou ao cofre e pego o pendrive que meu pai falou. Tudo estava lá. Até as fotos em que estou com Akira em Tokyo. Isso me deu arrepios.
Passou horas e de repente entra NamJoon.
- Sabia que estaria aqui.
- Alguem nessa casa tem que começar a revisar isso tudo.
- Ta certo. Pare um pouco. Vamos ao jardim.
- Pra que?
- Voce vai ficar trancada nesse escritório até quando? Será que não pode me dar um pouco de atenção.
Eu sorri e fui até ele.
- Está certo. Vamos. Mas o que você está aprontando?
- Eu? Nada...
Ele segurou minha mão e fomos andando até lá. Quando chegou na porta ele para.
- O que foi?
- Feche os olhos, não vale espiar.
- O que está aprontando, NamJoon? Eu sabia que estava aprontando!
- So feche os olhos.
Eu fecho os olhos e os cubro com minhas mãos. Ele me guia até lá e me faz parar perto do gramado. Eu escuto a voz dele atrás de mim:
- Pode olhar para o jardim agora.
Eu abro os olhos e olho para o jardim e... Nada!
- NamJoon, não tem nada de diferente aqui! O que quer dizer...
Eu me viro para trás e vejo NamJoon de joelhos, com uma caixinha aberta na mão, com uma aliança nela.
- NamJoon... - Meus olhos se enchem de lágrimas.
- Clare... Você sabe o quanto eu te amo... Quero fazer você a mulher mais feliz. Quero quero você seja a minha mulher... Você quer se casar comigo?
- NamJoon... Claro que aceito!
Eu me jogo sobre ele. Nós dois caímos no jardim.
- Espera, amor...
- O que foi?
- Eu tenho que por a aliança em você!
Levantamos e ele finalmente coloca a aliança no meu dedo... Eu comecei a chorar de felicidade. Ele enxuga minhas lágrimas com sua polegares e me beija docemente.
- Então, Senhorita Ryu, está pronta para ser a senhora Kim Ryu Clare? O nome da sua família deve ser mantido, né?
- Sim, senhor Kim. Serei a mulher mais feliz do mundo. Mas...
- "mas"...?
- Voce vai ter que falar pro senhor Ryu "ciumento de doer" Kwan.
- A melhor parte de tudo, é que ele já sabe. Se eu estou aqui te pedindo em casamento, significa que eu sobrevivi após contar.
- O que?! Mas que...
Quase dei uma de meu pai e xinguei até desmaiar.
- Exatamente isso que seu pai quis falar. É quase meu deu um tiro.
- Entao era isso que vocês dois estavam tramando!
- Era. Eu sai hoje em busca da aliança perfeita.
- E é perfeita. Te amo, NamJoon...
- Tambem te amo, Clare.
Ficamos abraçados por alguns estantes, até o telefone tocar e a empregada chamar.
- Senhorita Ryu. Telefone. É o senhor Kang.
- Bom, meu amor. De volta ao trabalho. - disse ele.
- Sim, meu futuro marido. De volta ao trabalho.

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