Prólogo

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Em revisão

A vida é feita de escolhas, porém, elas cobram um preço. E, não importa qual você escolherá. Mais cedo ou mais tarde, ela cobra a conta...

— Não sei Silvy, não me parece certo! Não tenho nada contra, só acho que não consigo. Olhe bem para mim. — Falo para Silvy - minha tia postiça - como ela mesma faz questão de lembrar.

— Não seja boba, Cristine. Eu só preciso lhe passar algumas dicas, e essa sua cara de virgem fará o resto. Sem falar que ele irá te pagar uma nota preta por tirar a sua virgindade!

—Silvy! — A repreendo, sentindo a bile subir a garganta.

— Abra os olhos Cris! Se olhe no espelho! Você possui uma beleza que poucas pessoas têm, uma beleza exótica

— Eu ainda não sei... ― E não sabia mesmo, era apenas eu ali, a menina magricela de cabelos claros sem graça e rosto quadrado, sem nenhum atrativo a não ser os olhos.

— Pelo amor de Deus! Eu garanto que Maurício é um homem rico, lindo e cheiroso. Ele me prometeu que será gentil com você. ― Bufo com a fala, como se isso importasse no fim das contas... ― Eu sinto muito por isso Cris, sinto muito mesmo. Meu coração está apertado aqui, menina, mas essa é a saída mas rápida. ― Apenas aceno, ela pode ter razão...

Estamos no quarto dela conversando, pois, depois de muito tentar me convencer, estou prestes a aceitar a coisa mais absurda que já cogitei fazer em minha vida.

— Eu sempre imaginei que seria diferente, sabe? ― Falo a ela como um desabafo para mim mesma, sentindo está perdendo algo especial que parecia guardar apenas para mim. ― Achei que seria com alguém que eu realmente amasse. Um namorado, algo assim!

— Ah, meu bem! Estes sonhos, e quem você é neste momento, não podem mais coexistir. Não faz mais parte de você. A vida lhe derrubou cedo demais meu amor, e quando isto acontece, a gente não pode mais sonhar. Não tem mais espaço para isto. Agora é a vida real, Cristine.

Sinto meus olhos encherem de lágrimas!

— Meu Deus! Há alguns dias eu era só uma garota que tinha passado no vestibular de medicina... ― Me levanto, sentindo o desespero de dias atrás, agora voltar a se apossar de mim.

— Tá ou não tá precisando de dinheiro, garota? — Ela parece enfim se cansar de tentar me convencer.

— Sabe que mais do que qualquer coisa no mundo...

— Sendo assim, meu bem, posso te garantir que, trabalhando meio período na biblioteca, não dará! A não ser que você tenha um plano para assaltar um banco ou ganhar na mega sena, porque se não tiver... esta é a melhor saída. Se depois você não quiser mais, tudo bem. Você para! ― Seus olhos estão em mim, apreensivos, pesarosos...

Respiro fundo, ainda tentando aceitar o que estou prestes a dizer:

— Tudo bem, irei fazer! — Silvy arregala os olhos, estalando a língua em concordância.

— Ótimo! Não deve se preocupar com nada, ele irá saber exatamente o que fazer. Você só precisa relaxar. Se na hora você quiser desistir, lembre-se de Cate!

— Certo. — Falo sem muita certeza, me sentindo vazia!

— Agora temos que encontrar um nome de trabalho para você. Acredite: ter um nome de trabalho, ajuda muito! — Ela fala e olha para cima, parecendo pensar em algo, e depois olha para mim.

— Melhora essa cara, garota. Sexo não é ruim! Ainda mais quando se recebe um cheque gordo no final. E o seu, meu bem, será obeso! Acredite em mim. ― É ridículo, eu sei. Mas que escolha eu tenho? Acredite, nenhuma.

— Hagatha?! — Falo rápido.

— Como é? — Ela me olha sem entender.

Silvy já é uma senhora na casa dos 50 anos, baixa e de cabelos vermelhos escuros, pintados é claro. Tenho nela uma segunda mãe, pois a conheço e convivi com ela desde que nasci. Apesar da idade, ela aparenta ser mais jovem, pois é vaidosa e sempre anda bem arrumada.

— O nome, quero Hagatha. ― Falo mais uma vez e dessa vez, com mais certeza.

— Certo! Você quem decide. Maurício virá te pegar às oito da noite e faz questão de passar a noite toda com você. Fique tranquila, não é um bicho de sete cabeças, menina. ― Ela afaga meus cabelos. ― Ele irá fazer praticamente tudo, e estará falando o que quer que você faça. Vai gostar dele!

Dou um suspiro cansado, não querendo acreditar nisso, como dúvidas se estou fazendo o certo!

— Silvy, e se eu não conseguir fazer? O que irei fazer?

— Vai conseguir. Acredite em si mesma! ― Respiro fundo, tentando ter a mesma fé, que ela aparenta ter em mim.

— Vou tentar...

Eu não estava certa do que estava prestes a fazer, mas não me julguem por favor. Eu preciso muito da grana e se esse é o preço, eu pago. Preciso fazer escolhas à partir de agora, e elas podem não ser nada ortodoxas, mas é preciso.

Depois desta conversa, Silvy me ajuda a me arrumar e às 19:50h, eu estou pronta. Claro que muito nervosa, por sinal. Sentia minhas pernas tremerem e duvidei que irão me obedecer quando for a hora.

Tentei pensar que isso seria passageiro e que o quanto antes, eu iria me livrar de toda esta droga. Claro que, eu ainda não sabia o que a vida me reservava, mas, posso lhe adiantar que não foi bem o que eu planejei. Eu achava que a maior desgraça da minha vida já havia passado. Doce ilusão a minha! Naquela altura do campeonato, tinha mal começado!

 Doce ilusão a minha! Naquela altura do campeonato, tinha mal começado!

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Olá tudo bem? Espero muito que sim!

Esse é o primeiro capítulo da história de amor entre Cristine e Augusto.... Teremos muitos segredos, drama e paixão. A trama virá carregada de grandes emoções, que promete te surpreender... Teremos postagem toda semana, aos sábados. Espero imenso que gostem!

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Irei adorar tê-los por lá.❤️

Beijinhos de luz à todos e até o próximo capítulo....😘😘😘

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