Louca, louca, louca!

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Gente, babado! Fiquei super bêbada na festa. Vou te contar tudo o que lembro. Ainda bem que consigo lembrar da maioria das coisas, porque existem umas pessoas que esquecem completamente.

Bom, quando chegamos, tivemos que ficar em uma pequena fila. Na entrada, o cara da portaria pediu minha identidade e fo-deu, pois nem passou pela minha cabeça em leva-la. Disse a Rodrigo e parecendo impaciente, esbravejou no meu ouvido: - Como você vem para uma boate e não trás documento?

Sorri cínica, olhando-o com cara de coitadinha. Ele então falou algo para o segurança que acabou me deixando entrar. Com isso, segurou minha mão, me levando para dentro. A sua mão estava quente e sorri no meu íntimo. Daquele jeito, iam pensar que éramos namorados. Ai, quem dera!

Nos sentamos em uma mesa e o ambiente tocava uma música atual e agitada. Quase ninguém ainda dançava na pista, bem por ainda ser cedo. Ele cutucou meu braço e me tornei para ele. Aquela luz tênue o deixava ainda mais sexy:

- Você quer beber algo?

- Sim, algo forte e gostoso.

Ele sorriu, levantando-se e indo em direção ao bar. Com isso, fiquei olhando o ambiente, para me habituar a situação. Logo ele voltou, sentando-se na minha frente, trazendo uma bebida de cor amarela. Eu dei um grande gole e fiz uma careta, ao olhar divertido dele. Aquilo era cachaça batida com alguma coisa doce. O sabor era viciante.

- Vai com calma, princesa.

Olhei para ele e sorri, apontando para o seu copo: - O que está bebendo?

- Altas doses de frutose.

- Refrigerante?

- Suco. – me corrigiu, falando um pouco mais alto por conta do som que ecoava naquele lugar – Não posso beber. Estou pilotando.

Fiz uma cara de "Ah, tá! ", dando um outro gole na minha bebida deliciosa. Vendo isso, ele sorriu.

-Sabia que ia gostar. As garotas gostam bastante. Só não exagere!

Ao ouvir aquilo, apertei os olhos para ele, querendo saber: - Já deu essa bebida para quantas mulheres?

- Milhares! Por conta do sabor doce, ficam bêbadas bem rápido.

Fiquei séria, vendo-o gargalhar. Possivelmente as embebedava para leva-las para cama. Será que faria o mesmo comigo? Sonho!

- Estou brincando! O barman me disse que era a mais pedida pelas mulheres.

Espero que não tenha notado a frustração na minha cara. Queria ser levada para cama... Fail!

Então ficamos ali, conversando sobre coisas aleatórias. Me contou sobre algumas coisas que havia feito quando criança e na outra cidade onde morou, seu período na faculdade. Contei-lhe algumas coisas também, sobre minha mãe, minha rotina escolar... Quis saber até se eu tinha namorado. Respondi que estava na pista e ele sorriu daquilo. De fato, ter saído com ele acabou nos aproximando um pouquinho mais. Quando percebi que as pessoas já começavam a se levantar para dançar, o convidei:

- Vamos dançar um pouco?

- Não, mas ficarei aqui de olho em você.

Entortei a boca, mas não quis insistir, distanciando-me. Já estava um pouco altinha, levemente tonta, mas mesmo assim, queria beber mais. Fui até o bar e pedi uma bebida qualquer. O cara me entregou e quando provei, não era a mesma que o tio havia me dado. Mas mesmo assim a bebi e quando menos esperava, estava no meio da pista, descalça, praticamente descendo até o chão. Alguns rapazes vieram até mim, querendo me beijar, mas recusei a todos.

IRMÃO DO MEU PAIOnde histórias criam vida. Descubra agora