Incendeia-me | taekook

Chamas

Espero que gostem e boa leitura!
história revisada 8/1/23

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- Taehyung, ande logo e vá se arrumar! - Irene, sua mãe, exclamou de dentro do quarto enquanto organizava as madeixas negras e longas em um penteado.

- Não entendo porque você insiste em querer ir nesses encontros familiares. A família de Hyungsik nem gosta de você e deixam isso claro - Taehyung resmungou enquanto passava os canais de TV com pressa, se espreguiçando ainda mais no sofá. - Uma besteira.

- Se não formos, aí é que eles não vão gostar de mim, querido - sua mãe disse baixo, saindo do quarto e parando na frente do mais novo. - Agora vá se arrumar.

- Tá, tá - o Kim falou vencido, indo até o próprio quarto e tomando um bom banho. Assim que saiu com a toalha na cintura do banheiro, não deixou de sorrir ao retirar as peças do guarda-roupa e jogá-las sobre a cama. Roupas pretas e largadas, era exatamente isso que tinha e usava.

Buscou uma calça preta e uma regata cinza - nada muito novo -, sorrindo prepotente. Aquilo seria adequado para um encontro familiar? Não que ligasse, afinal, a família de seu pai de nada o ajudava a construir sua própria vida.

Colocou os sapatos, ajeitou as madeixas vermelhas e passou um bom perfume antes de buscar um blaze preto e usá-lo, saindo do quarto logo em seguida.

- Estou pronto - Taehyung falou baixo, vendo sua mãe terminar de passar o batom vermelho e chamativo.

- Certo... - Irene guardou o batom e o espelho que usava na bolsa que pendia em seu braço, suspirando antes de levantar do sofá. - Vamos lá.

Taehyung não deixou de reclamar quando entraram no carro e Irene deu a partida. Aqueles encontros continuavam cada vez mais presentes e era irritante saber que sua mãe sempre era convidada, mesmo que a família de seu pai, em especial a sua avó, não gostasse dela.

O motivo?

Queriam uma esposa tradicional, que só ficasse em casa e cuidasse das coisas sem reclamar. E bem, de nada Irene tinha disso, mostrando bem como era independente e conseguia as coisas por mérito próprio. Talvez tivesse sido exatamente aquilo que fizera seu pai e ele próprio se encantar com ela, o modo como sua mãe criava as próprias regras e derrubava as ordens impostas pela sociedade. Não estava nem um pouco afim de ir naqueles encontros, mas não deixaria sua progenitora sozinha naquele covil de lobos.

- Preciso que se comporte. Nada de se envolver com a empregada da casa, Taehyung - sua mãe falou assim que parou o carro na casa dos seus avós, onde ocorreria o encontro.

- Aquilo foi um deslize, já falei - tentou conter o sorriso antes de sair do carro e se encostar na porta fechada.

Assim que todo aquele pessoal passou a se aproximar para dar as boas falsas vindas, Taehyung mordeu o lábio inferior e suspirou fundo para aguentar mais um dia naquilo.

- Hey, garotão! Já está um homem feito - seu tio bateu em seu ombro de leve, sorrindo grande. É, até que gostava um pouquinho dele. - Já viu o Jeongguk?

Ah, sim, o filho adotivo do seu tio. Jeon Jeongguk era um garoto organizado e responsável. E, para Taehyung, era tudo o que ele reprovava. Essa era mais uma das coisas que não entendia. O motivo de seus parentes desejarem tanto que fosse próximo daquele garoto. Talvez tivessem a falha esperança de que ele conseguisse fazê-lo se tornar um garoto comportado.

Tão iludidos.

Drenou qualquer força que tinha apenas para não revirar os olhos, sorrindo grande e até mesmo fazendo sua mãe acreditar que tudo estava bem quando respondeu: