— Talvez essa seja a única atitude prudente que viria de Red. — afirmou Michael — Acabar com esse assassino desgraçado seria realmente algo poderia até me fazer gostar dessa criatura demoníaca que divide esta sala conosco.
O quê? Michael realmente estava concordando com Red? Era isso mesmo? Ele queria que Red, o cara que ele sempre repudiou por ter sido o assassino mais frio que conhecemos, matasse o assassino das mulheres? O assassino de Anabelle Balakirev e das outras? Era realmente essa a moral de Michael? Esse era o senso de justiça que o agente Michael tinha? Matar uma pessoa para manter a ordem e a justiça?
Red sorriu novamente, era obvio que estava satisfeito com a resposta de Michael. Era tudo o que ele esperava ouvir. Alguém que apoiasse o homicídio de uma pessoa pela justiça.
— Como eu disse Mike! — começou Red — Não somos tão diferentes. Apenas justificamos nossos atos por vias divergentes. Você faz por “justiça” e eu apenas por diversão, no fim das contas somos todos monstros sedentos por um belo cálice de sangue em nossas mesas.
— Não sou como você! — exclamou Michael visivelmente incomodado.
— É o que você afirma Mike! Mas coloque-se em prova e o seu monstro interior será revelado.
— Já chega! — interrompi — Não estamos aqui para discutir condutas, precisamos capturar esse assassino e prendê-lo!
Tanto Red como Michael olharam pra mim em silêncio, era quase possível ouvir os pensamentos dos dois mediante a situação. Claro que agora o que mais me importava era os meus pensamentos ao invés do que se passava na cabeça do psicopata criminoso e do psicopata justiceiro.
Séria e sem deixar que os dois usassem suas táticas de testosterona para dominar a situação tomei as rédeas da sala para explicar meu plano para verificar a ligação das moças com a Cia de balé Maximinoff.
— Vamos ao Treasure Island e vamos interrogar um a um da Cia de Maximinoff! — Exclamei — Incluindo Audrius!
Houve mais um momento de silêncio antes de Red soltar sua gargalhada zombando de minha decisão. Era quase que humilhante ouvir um assassino que sequer tinha um motivo para ser criminoso rir da minha cara como se fosse um superior em frente à burrice de seu estagiário.
Aquilo me incomodava me dava nojo, ânsia. Mas ao mesmo tempo me mostrava o quanto eu tinha a aprender sobre os indivíduos que iriam para trás das grades.
— Claro Rach… — iniciou Red — podemos adentrar o Treasure Island, nos sentarmos em uma mesa com Audrius Maximinoff, que por acaso é só o mais respeitado coreógrafo em serviço de Vegas e perguntar: Com licença, por acaso o senhor não andou matando algumas moças por aí?
Notei meu rosto ficando vermelho e corado de vergonha da minha ideia. Realmente Red estava certo, não poderíamos ser tão invasivos, e também não poderíamos interrogar toda a Cia Maximinoff, que era composta por centenas de pessoas. Realmente precisaríamos de um plano muito melhor, algo realmente possível. Mas o quê? E como?
— Por que não buscamos por pessoas chave? — sugeriu Red.
— Pessoas chave? — questionei.
Red parecia até mesmo um detetive falando. Será que ele entendia algum padrão naqueles assassinatos que eu e Michael não entendíamos? Se realmente existia algo que destacava pessoas chave o que era? E como Joseph Red Bennington conseguiria entender esse padrão sem ter qualquer ligação com o caso antes de ser contatado pelo FBI para nos auxiliar? Realmente eu me esquecia de que Red estava acima de nossas expectativas.
Nos minutos seguintes Red nos explicou o plano que tinha em mente como se fosse um agente experiente do FBI. Era fantástico como ele tinha estratégias extremamente plausíveis para se colocar em prática e hipóteses sobre suspeitos e razões para os crimes de deixar o CSI mais experiente de queixo caído.
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RED
Mystery / ThrillerUm cadáver encontrado em um hotel de beira de estrada. Um crime misterioso e sem resolução. Quando tudo parece acabado a única esperança pode estar no assassino mais perigoso que o FBI já conheceu.