III - O novo trabalho

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Vim até a casa do senhor Ryu, como combinado. Toquei a campainha e uma das empregadas abriu a porta.
- Bom dia, senhora. Sou Kim NamJoon e o senhor Ryu está me aguardando.
- Pode entrar, senhor Kim.
Ela me levou até o escritório e lá estava o senhor Ryu me esperando.
- Que bom que chegou, NamJoon. Como está o meu amigo Hyung?
- Ele está se adaptando a nova vida, senhor. Mas está se cuidando.
- Imagino a dificuldade. Sente-se. Precisamos conversar.
Eu me sento na cadeira a frente de sua grande mesa.
- Bom, NamJoon, suponho que seu tio contou tudo que aconteceu.
- Sim, senhor.
- Temo que possa acontecer algo assim com minha família. Ontem eu dobrei a segurança para casa e para minha mulher. Pedi para que viesse hoje pois você cuidará da minha filha. Custe o que custar... Afinal, ela é minha herdeira e, na minha ausência, os negócios estarão em suas mãos. Ela pode parecer uma menina boba, mas é inteligente. Enfim, por ela ser um dos meus dois pontos fracos (o outro é a a minha mulher), tanto uma quanto a outra podem ser os próximos alvos. Não quero nem pensar em algo assim.
- Entendo, senhor.
- Voce estará aqui 24 horas por dia, ou seja, viverá aqui. Cuidará de Clare todo o tempo, em casa, no quarto... Enfim... Seu quarto será o de hóspedes ao lado do dela. Já pedi para que pegassem suas coisas e alojassem tudo lá. Claro que você dormirá a noite, os seguranças da casa estarão vigiando todo o perímetro. E...

Escutamos um barulho na porta. O senhor Ryu se levanta e vai abrir a porta.
- Clare, o que está fazendo aqui na porta parada?! - disse ele.
- Nada, papai. Eu ia bater na porta pra perguntar se queria comer algo.
- Está certo. Comerei daqui a pouco. Já resolvi sobre os seguranças da sua mãe e acabo de resolver sobre seu segurança pessoal.
- Como assim?
- Entre aqui.
Ela entrou no escritório e o senhor Ryu fecha a porta. Caminha até a sua mesa, indo em direção a sua cadeira atrás dela.
Já sentado, ele fala:
- Este é Kim NamJoon e ele será seu segurança tempo integral.
Eu me levanto da cadeira, me viro, olho diretamente para ela e falo:
- Olá, sou Kim NamJoon.
Eu a cumprimento, curvando-me.
- Sou Ryu Clare. - ela responde ao cumprimento, curvando-se também.
Eu acho que estou encarando a senhorita demais. Acho até que estou sorrindo. O que está havendo comigo? Ela não aparenta ser coreana, mas ela é linda.
- Como conversamos antes, Clare, NamJoon trabalhará aqui. Só que ele estará constantemente com você. - disse o senhor Ryu, já enterro moendo.
- o que? - ela disse.
- Muito bem, NamJoon, você começa imediatamente. Lembre-se das instruções: nem no quarto, nem em casa, nem em lugar nenhum, minha filha pode ficar sozinha. Entendido?
- Como é, pai?! Isso já não é demais?! Ele vai ficar no meu quarto também?! É meu lugar pessoal!
- Sim, Sr Ryu. Obrigado pela oportunidade. - disse eu, com as mãos cruzadas na frente do corpo e me curvando.
- De nada, rapaz. Agradeça ao seu tio. - disse ele olhando em meus olhos, mas de repente volta pra ela e fala:
- Clare! Comportar-se!
- Mas, pai... Até no banheiro?
Não acredito que ela falou isso. Eu logo fico corado e baixo a cabeça. Senhor Ryu bate forte na mesa e fala num tom mais alto com ela. Isso até me assustou um pouco:
- Clare, já basta! NamJoom sabe o que fazer! Tem sua arma?
- Sim, Sr. Ryu.
- Então já podem ir. Preciso fazer alguns contatos e preciso de privacidade.
- E eu não, papai?
- Clare!!!!
Ele bate na mesa novamente. Agora mais irritado.
- Eu estou preservando você e sua mãe. Vocês são quem eu mais amo e não quero que corram perigo! E tenho dito!
- Está bem. Também amo o senhor, papai...
- Muito bem... Podem ir.
A partir daquele momento, a minha vida iria mudar. Eu cuidarei dela custe o que custar. É meu trabalho e vou cumprir.

Meu segurança - A visão de Kim NamJoon Onde histórias criam vida. Descubra agora